ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

JESUS, A PLENITUDE DE DEUS



I. INTRODUÇÃO


Mais de dois mil anos se passaram e a figura extraordinária de Jesus continua exercendo grande influência na vida de centenas de milhares de pessoas de todas as nações. O que dEle se pode saber está nas Escrituras Sagradas, na Bíblia. Não obstante a torrente de postulações apresentadas pela crítica neotestamentária (não poucas dignas de crédito), a Bíblia, que resistiu a séculos, continua sendo a fonte principal e indispensável. 


Quem dizia ser por Ele mesmo: 1) "Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo." João 4:26; 2) "Eu sou o pão da vida." João 6:48; 3"E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo." João 8:23; 4) Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou." João 8:58; 5) "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo." João 9:56) Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas", João 10:7 7) "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido." João 10:14; 8) "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; João 11:25; 9) Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. João 13:1311); 10)"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6; 12) "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador." João 15:1; 13) "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro." Apocalipse 22:13. 

TRANSIÇÃO 

Apenas nestas 13 citações (todas registradas pelo discípulo amado, João, em fins do primeiro século), Jesus afirma ser não apenas um guia religioso com autoridade de profeta situado no contexto de Israel, mas o "Mestre e Senhor", que é ao mesmo tempo a "ressurreição e a vida". Mas, tudo poderia se resumir no plano terreal, se ele não tivesse abalado o mundo de então com a declaração de que "não é deste mundo" e que "antes do grande Patriarca Abraão" existisse, ele já existia.

II DESDOBRAMENTOS DAS AFIRMAÇÕES


"[...] para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" João 20:31

2.1 O MESSIAS. Em João, no 4º capítulo, Jesus acalma o espírito cansado e aflito de uma mulher samaritana afirmando que o momento chegará em que os adoradores adoração ao Pai em espírito e em verdade [...] Mas ao ouvir a mulher lhe dizer: "Eu sei que o Messias que se chama o Cristo, vem... Jesus afirmou: "Eu o sou, eu que falo contigo!" (Cf.: João 4. 24-26). As implicações decorrentes dessa afirmação produzirão grandes abalos para a liderança judaica.

A palavra hebraica para messias é meshiha que quer dizer "ungido", lembrando o dito pelo profeta Isaías: "E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor", Isaías 11:2; "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado. E edificarão os lugares antigamente assolados, e restaurarão os anteriormente destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração", Isaías 61:1-4;

2.2 O PÃO DA VIDA. A fome é o sinal de que o corpo precisa atender uma necessidade essencial à vida: a saciação. Na hierarquia das necessidades essenciais, não há como deixar de se alimentar. Os filhos de Jacó, ouvindo que no Egito havia alimento partiram em busca, porque "a fome era gravíssima na terra" (Gênesis 43:1); os quatro leprosos foram forçados por esta necessidade, entre morrer de fome e ousar entrar na cidade ele tomaram uma decisão (2 Reis 7. 3-4). A fome no Antigo Testamento poderia ser encarada de diversas maneiras, porém, sempre relacionadas à mão de Deus. As inúmeras lições nas quais o povo de Deus tem sido partícipe, demonstraram que esse tipo de privação é um dos mais implacável. "Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos. E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho", (1 Reis 17:10-13).
"Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR", (Amós 8:11).

"Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos", (Jeremias 15:16).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BÍBLIA SAGRADA. Versão Almeida Revisada Corrigida Fiel. Disponível em http://www.bibliaonline.com.br/  Consultada em 21/01; 07/03/2014.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

HABACUQUE - A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES


Do próprio Habacuque nada se sabe, exceto o que se pode deduzir deste livro que leva o seu nome. Ele é chamado de "o profeta", sendo possível, portanto, que além de possuir o dom da profecia fosse também membro do grupo de profetas profissionais. Algumas observações musicais feitas ao salmo contido no capítulo dão a idéia de que ele tenha profetizado no Templo, como os homens que foram mencionados em I Cr. 25:1.

Coisa precária é dizermos algo sobre o caráter do profeta com base na sua obra. Seu nome parece derivar de uma raiz hebraica que significa "abraçar". Jerônimo (quinto século d.C.) declarou que o profeta era chamado "O Abraçador", por causa do seu amor a Deus ou porque lutou com Deus.

Muitos pronunciamentos proféticos são descritos como "sentença", particularmente quando há denúncia de caráter sinistro ou ameaçador. Aqui o profeta deplora a iminente subjugação e devastação do seu próprio povo, de modo que há um aspecto agourento no que se lhe refere. Ao mesmo tempo a sentença é contra os orgulhosos caldeus, cuja força está no seu deus (1:11).

Revelada. A palavra hazâ, "ver", um termo mais ou menos técnico, indica que esta é uma revelação. O Espírito de Deus imprime a mensagem no âmago da consciência dos profetas com tanta força e clareza como se tivessem visto algo com os olhos físicos. Em I Reis 22:17 Micaías diz: "Eu vi todo Israel disperso..."
II. O Profeta se Queixa de Violência Incontrolada em Judá. 1:2-4.

2. Até quando. Ao que parece, o profeta se angustiava por causa da situação reinante em Judá. Pela experiência constatara que o povo parecia não ter consciência e sem dúvida já tinha pedido a Deus que corrigisse tal impiedade, pois ele declara que clamou ao Senhor. Tu não me escutarás. 

Não devemos presumir que o profeta duvidasse de que o Senhor não tivesse ouvido o seu clamor (no sentido de tomar conhecimento). Ele tinha por certo que se Deus ouvisse, também responderia. Como se a sua oração fosse infrutífera (cons. Sl. 22:1, 2). Violência. A referência é à perversidade violenta e cruel. A pergunta é: Quem é o responsável? Presume-se aqui que seja a dolência dos judeus. 

Há os que crêem que, tendo sido usada a mesma palavra em 2:8 e 2:17 para descrever os caldeus, a violência da qual o profeta se queixa era a dos caldeus. Contudo, considerando que seriam o instrumento do castigo que logo seria suscitado, não podiam ser considerados os perpetradores da violência. 

Ela também não pode se referir ao senhor assírio que já controlava Judá há algum tempo, uma vez que parte da queixa do profeta se prende ao fato da lei ter sido afrouxada e a justiça pervertida (v. 4). Estas duas palavras costumam se referir no V.T. ao código mosaico, e parece, portanto, que a dolência consistia nos atos de crueldade e injustiça que permeavam a vida pública e privada de Judá.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR

TEXTO ÁUREO: I Pe. 3.1  
"Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher." (Versão NVI)

LEITURA BÍBLICA: I Co. 7.12-16

I. INTRODUÇÃO

O ideal Bíblico é que o lar seja integralmente composto por membros comunicantes da mesma fé, da comunhão em Cristo Jesus. Como membro da Igreja, poderia suavizar essa exposição afirmando que o lar cristão é um céu aqui na terra; mas, como psicólogo, assumo o risco de fugir dessa tendência para destacar que tanto o lar do não-crente como o lar do crente, os problemas de relacionamento sempre existirão. Estresse, contas à pagar, filhos para educar, trabalhos para administrar, e a relação conjugal para se conduzir com muito cuidado.

É claro que, no transcurso de nossa trajetória, nós construímos o tipo de cama na qual vamos dormir e o tamanho do lençol com o qual iremos nos cobrir (Isaías 28.20). Isto me referindo as escolhas que fazemos. Se alguém resolve se envolver com uma pessoa incrédula, estreitam-se os laços e se casam ou vivem maritalmente, conhecendo a palavra de Deus, o resultado dessa relação tende a convergir para incompatibilidades penosas, duras de suportar muitas vezes; mas essa pessoa, achegando-se Deus para Serví-lo com integridade de coração, deve suporta toda essa situação. Não apenas isso, mas conquistar o (a) cônjuge pregando "sem palavras" (I Pedro 3.1), através de um procedimento fiel.

Posturas no lar não condizentes com a palavra de Deus: 1) contrariar o marido crente ou incrédulo sob pretexto de colocar Deus em primeiro lugar. É um engano recorrente. A Bíblia diz: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor..." (Efésios 5.22); 2) cultivar um ambiente de intensas discussões. A Bíblia põe a mulher cristã como exemplo para servir de modelo: "Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos" (Tito 2.4); 3) convém a mulher se conduzir com prudência num lar dividido entre crentes e não-crentes. "A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente." (Provérbios 19.14).

Observei num culto repleto de pessoas, um casal bastante jovem sentado num dos bancos próximos da área central da igreja; ele não cessava de beijar-lhe as mãos a cada minuto que passava. Uma conduta que, a vista dos menos experientes denotava amor. Puro engano. Amor é um sentimento profundo, terno, respeitável, de entranhável afeto, algo que não se traduz em - como diria um sertanejo - "pantim" e jogos de encenação. Já conheci casais que na Igreja se tratam por "môzim" e "filhinho", "filhinha", mas que fora daquele contexto se digladiam, agridem-se mutuamente. Deus abomina uma vida de encenação. Mas ama a sinceridade, a verdade.

A Bíblia nunca se preocupou em apresentar lares cristãos acima de qualquer suspeita, pelo contrário, ela pinta sem retoques lares de homens e mulheres de Deus marcados por conflitos familiares, mas que, na dependência de Deus essas imperfeições são combustíveis para manter acesa a chama do amor. 

Valorize sua família, não se permita jamais desprezá-la, conduza-a ao Senhor em demonstração de obediência a palavra de Deus e você descobrirá um tesouro inestimável.


CONCLUSÃO

O lar cristão, cheio de imperfeições representa o ambiente perfeito para exercitar o amor de Cristo derramado em nossos corações. Não podemos alimentar uma vida de fingimentos e encenações como se o nosso lar fosse o modelo de perfeição. Capa pessoa é um universo, cada mente é um poço profundo, precisamos administrar nossos sentimentos e emoções, desenvolver a misericórdia através da tolerância, da aceitação incondicional.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O ÚNICO DEUS

TEXTO: Deuteronômio 6.4: "Ouve Israel; o Senhor Nosso Deus é único Senhor"

INTRODUÇÃO

Essa sentença pronunciada no versículo quarto do capítulo sexto do Código Deuteronômico era usada pelos judeus de todas as idades em ocasiões solenes; o velho, o jovem e a criança diziam em voz alta: "-Ouvi ó Israel, Jeová é Um!", o que na Teologia se destaca o principal atributo de Deus a 'unitas singularitatis', isto é, não há deus antes, não há depois e nunca haverá Deus como o Altíssimo.

Essencialmente, Deus na Sua singularidade é Um. É único, benevolente, amoroso, presente, imanente, transcedente, invisível, real e oniponte. Deus é tão grande, mas apesar de Sua grandeza, habita no coração do simples. Ele é tão amoroso que enviou Seu Filho, num gesto de infinito amor e compaixão para cumprir nEle o propósito da salvação.

A sorte de Israel estava no ouvir a Deus, ao único Deus. A desgraça, estava em ouvidá-lo. A distancia de Deus empobrece, a proximidade, enriquece, humaniza. A plenitude de Deus é o céu, a excassez de Deus é o inferno. Sendo que, estando com Deus e Ele estando conosco até o inferno se transforma em paraíso e a mais tenebrosa das tempestades se converte em bonança.

Estando com Deus, as muitas águas não conseguem nos submergir, nem as chamas do fogo têm poder para destruir, nem os espinhos, sufocar. Deus é o diferencial. Mas não qualquer um Deus, o Único Deus! Não o deus das conveniências, o deus imediatista, ou o deus desse século que tem segado o entendimento dos incrédulos.

O Deus Único, pelo Sua singularidade, não quer se relacionar apenas momentaneamente com as pessoas, mas, sim, ter um relacionamente concreto, próximo e real com as pessoas, com Seus adoradores. Nesse caso, sim, o Único Deus pode se revelar da forma mais especial possível em nossas vidas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O VERBO DE DEUS

Texto: João 1.1-3: "No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez."

Introdução

O verbo em si, analisando pelo prisma filosófico, fora em algum tempo, considerado como princípio ativo, ou razão de todas as coisas, o logos que pôs ordem ao caos. O apóstolo João, vivendo num ambiente grego cuja cultura respirava ora o misticismo pré-socrático ora a filosófia dos sofistas entre outras, achou por bem realçar a figura do logos em termos cristocêntrico, não aquele logos concebido pela filosófia, mas o Logo personificado na pessoa santa de Cristo Jesus, o galileu que morreu em Jerusalém e que ressucitou vindo a ser a causa da salvação eterna ("e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem", Hebreus 5.9).

O texto do capítulo primeiro de João no versículo 1º começa afirmando que "no princípio era o Verbo...", considerando que o profeta Isaías afirmou em relação ao Messias que ele é "Deus Forte, Pai da Eternidade" (Isaías 9.6) nos levando a inferir que Jesus é preexistente com o Pai, além de ser Ele mesmo o que deu origem a própria eternidade e que num dado intervado de tempo criou todas as coisas. ("Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam principados, seja potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele, Ele é antes de todas as coisas e sem Ele nada do que foi feito se fez", Colossenses 1. 15-17).

No livro de Hebreus, no capítulo primeiro e versículos 1-3 lê-se: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas, nestes últimos dias falou-nos pelo Filho, a quem constitui herdeiro de todas as coisas e por quem também fez o mundo; sendo Ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder...".

Pelo que se observa textualmente, Jesus é incriado, pré-encarnado, préexistente, coexiste com Deus e Ele mesmo é Deus. E essa doutrina tornara-se mais acessível na extensão de sua compreensibilidade para qualquer grego justamente pela abordagem, o Verbo de Deus que ao mesmo tempo era Deus. O mais surpreendente de tudo é que esse mesmo Jesus, excelso, sublime, soberano e grande em força e poder, quando de sua encarnação, "e o Verbo se fez carne", deixou a mais alta lição de humanidade, de amor, de compaixa. E isso Ele provou morrendo num madeiro, assumido no seu corpo a maldição de todos nós, tornando acessível a salvação como o bem mais precioso que alguém pode desejar.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

MAIS PROFUNDO QUE O MAR




'The Mariana Trench' (A Fenda Mariana), localizada entre os mares do Japão e Filipinas, no Oceano Pacífico é o lugar mais profundo do planeta, medindo aproximadamente 2550 km por 69 km de largura! Haveria alguma maneira de uma pessoa chegar ao fundo desse abismo sinistro?

Bem, existe um ponto em algum lugar dessas profundezas chamada de profundidade Challenger a 36.000 pés, o equivalente a 11 quilômetros de profundidade, muito menos que isso, um corpo humano não resistiria à pressão intensa comprimindo seu corpo e estourando seus órgãos internos começando pelos pulmões!

Mas o impressionante de tudo isso é que a Bíblia Sagrada afirma que "nas tuas mãos [Deus] estão as profundezas da terra" (Salmos 95.4). Isso nos move a refletir quão profundo é o próprio Deus a ponto de conter em suas mãos as profundezas da terra.

Outra associação que podemos fazer é que as profundezas desse mar é lugar de esquecimento, sepultamento, quem adentrou jamais voltou, o que caiu ali nunca mais fora resgatado, por representar uma viagem sem retorno. No plano espiritual, a nossa situação diante de Deus é esta: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23). Ser destituído é privar alguém de uma condição anterior. Ou seja, o Homem Adão tinha no Éden plena comunhão com o Criador, sendo participante da glória de Deus.

A honra e o privilégio eram tais que ele ouvia e se comunicava abertamente com Deus, "a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia" (Gêneses 3.8). Por haver ele desobedecido ao Criador, toda a humanidade ficou privada dessa glória, que seria restabelecida com o Messias, mediante o sacrifício por todos nós na cruz do Calvário.

A existência inteira clama por essa glória, porque existe, num lugar onde habitava a plenitude da comunhão com o Pai, um vazio tão profundo, frio, denso e escuro, os recônditos da alma, profundos como a Fenda Mariana, e inexplorável, a não ser que a pessoa abra essa coração para Deus e permita Sua visitação. "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3.20).

É por essa razão que mesmo com todos os carnavais do mundo, bebidas fortes, drogas, promiscuidades, sempre haverá um desejo maior por uma sensação de plenitude que nunca atinge seu clímax. Há pessoas que dizem que já provou de tudo e voltou a estaca zero. Não há mais novidade até surgir uma droga mais forte e devastadora para se entrar num novo ciclo destruidor. Porque a plenitude de toda satisfação real está em Deus, essa lacuna só Deus, por meio do Filho Jesus, pode preencher satisfatoriamente! "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (João 10.10); "E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça" (João 1.16).

Quando nos volvemos para Ele, desarmados de quaisquer empecilhos ideológicos, nos entregamos de coração Ele transporta-nos das trevas do abismo existencial para o Reino do Filho de seu amor, lugar de luz. Então toda a nossa vida passa a ser iluminada, irradiando brilho por onde quer que andarmos. Mas o melhor de tudo: o que retorna para as profundezas mesmo são os nossos pecados! "Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar." (Miquéias 7:18-19).

Psicólogo e Evangelista João B Nunes.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

NADA ALÉM DE UMA BOTIJA DE AZEITE




TEXTO: 1 Reis 4.1-2

"E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos. E Elizeu lhe disse: que te hei de fazer? Dize-me o que é que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite".

INTRODUÇÃO

Qual é o maior tesouro de uma mãe? Os filhos. Por eles era é capaz de fazer o inacreditável. Numa terra marcada pela escassez e a fome era comum os credores levarem como paga das dívidas além dos bens, os filhos. Existem casos em que a família inteira era levada como escravos para saldar as dívidas. No Novo Testamento temos um exemplo: "E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse." (Mateus 18:25).

I - UM DEUS GRANDE PARA UM PROBLEMA DIFÍCIL

A mulher era viúva, desprovida de bens materiais, nada tinha senão uma botija de azeite. Seus dois filhos eram seu único tesouro. Seu mundo estava prestes a desmoronar, os credores estavam à porta e iriam levar seus filhos. Não consigo imaginar quão amargo não seria para aquela mulher. Mas ela não baixou a cabeça diante daquela tribulação. Ela não se isolou ou se pôs a amaudiçoar a vida. Ela teve atitudes positivas: 1) Buscou comunicar sua tribulação com pessoas espirituais, o homem de Deus, chamado Elizeu. 2) Ela tinha a referência de seu marido. Vivo, ele era dos filhos dos profetas. Era também homem de Deus. 3) O marido falecido podia não ter conta na terra, mas no céu ele tinha: "Tu sabes que meu marido temia ao Senhor! (v.1)."

Para um problema tão difícil, só buscando a intervenção do Deus grande!
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.

Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.

Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia.

E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
2 Reis 4:2-6
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.

Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.

Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia.

E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
2 Reis 4:2-6
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
2 Reis 4:2

II - COMO POSSO AJUDÁ-LA?

A Nova Versão Internacional traduz essa indagação do profeta Elizeu desta forma: "Como posso ajudá-la?". Diante daquela triste situação aquela mulher precisava de ajuda urgente. Ela sabia que o lugar da milagre estava em Deus! Não sabia como, mas que algo Deus iria fazer! "Vós, os que temeis ao SENHOR, confiai no SENHOR; ele é o seu auxílio [amparo] e o seu escudo".
(Salmos 115:11); "E disse: Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz" (Jonas 2:2).


III - O QUE VOCÊ TEM EM SUA CASA?

Uma lição que aprendo: o milagre de Deus poderia ser ordenado alí, naquele exato momento. Afinal, o profeta Elizeu, como homem de Deus poderia declarar a vitória ali mesmo. Mas ele pergunta: "Dize-me o que é que tens em casa" (cf. v. 1-2).

A casa é nosso lugar secreto. Lugar de intimidade. A Constituição brasileira diz que é lugar inviolável! A lugar de encontro da pessoa com Deus. No silêncio do quarto, em secreto com Àquele que tem poder para ordenar à bravesa do mar e ele lhe abedecer!

Ele diz que não tem absolutamente nada em casa! Para não zerar no todo, ela diz que tem apenas uma botija de azeite. Uma vazilha apenas! Um objeto que perde sua utilidade diante de uma escassez como a daqueles dias! Mas ela tinha alguma coisa!

O milagre acontece a partir daquilo que temos e não do que não temos! Eu tenho fé. Ótimo! "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe [Deus]; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Mas a fé em si, isolada, sozinha, é inoperante! É preciso ter atitude! "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tiago 2:26).

As atitudes da mulher: 1) Ela identificou o problema: era grande, urgente, inadiável. 2) Ela se mobilizou para o enfrentamento do problema. Crise não se deve guardar, nem se ficar postergando, é preciso agir. 3) Ela buscou ajuda de pessoas certas. Pessoas realmente espirituais são habilitadas por Deus para ajudar efetivamente aos que a eles se achegam. Quem focaliza o problema é fuxiqueiro e inápto. Profeta Elizeu, sem pestanejar perguntou: "Em que posso ajudá-la? O que você tem em casa?" E pronto! Homens e mulheres de Deus agem assim.

IV - DEUS CONVERTE O NADA EM TUDO!

O profeta Elizeu mandou que ela agisse conforme o que se tinha: "Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas". (2 Reis 4:3). Acredito que a vizinhança naturalmente começou a achar estranho aquele comportamento. Num tempo de escassez, de fome, a mulher saiu pedindo emprestado vasos vazios! Em grande quantidade! Uma santa loucura! "Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (1 Coríntios 1:25).

"Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia"(2 Reis 4:4). Ela vez axatamente o que o profeta de Deus havia de ordenado.

Veja como se dá o processo de encontro com o milagre! No âmbito do lar. "Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos". Depois que eles, reunidos dentro da casa, foram postas todas as vasilhas agrupadas num canto da casa e a mulher começou a encher casa vasilha com uma única botija de azeite! Um dos elementos decisivos da fé é a obediência, o outro é a fé! O volume de azeite saído de um único recipiente quebrou a lei da física das capacidades volumétricas! Ora, se Àquele que ordenou ao mar e o vento para que se calassem e se aquietassem não tem poder para operar milagrosamente na vida dos que O buscam?


CONCLUSÃO

Recetemente presenciei a aflição de uma mãe que recebera um telefonema anônimo no qual a pessoa se dizia ter raptado sua filha. Toda a assistência das pessoas próximas não puderam acalmar seu coração. Ele tremia convulsivamente clamando a Deus pela sua filha. Depois de alguns minutos que pareciam durar uma eternidade, constatou-se que tudo não passava de uma tentativa de extorsão mediante um falso sequestro! A filha estava sã e salva na sala de aula junto com seus colegas de escola.

Imagine a mãe viver a expectativa de nunca mais ver seus dois filhos, ela já sendo viúva! Não consigo imaginar num problema tão complexo e difícil com este dessa mãe. Mas a palavra de Deus diz: "Porque para Deus nada é impossível" (Lucas 1.37). "Pela opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei agora, diz o SENHOR; porei a salvo aquele para quem eles assopram." (Salmos 12:5).

"E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou". Note a expressão: "o azeite parou", diferente de "o azeite acabou". (2 Reis 4:6).

A ordem foi para que a mulher negociasse e adminitrasse bem o azeite, o milagre de Deus!

Deus está desejoso para fazer milagres em nossa vida em qualquer tempo, em todo o lugar. Mas é preciso nos aproximarmos dEle, confiarmos nEle para que algo extraordinário possa fluir do céu ao nosso encontro. Não importa se seu problema é de ordem física, espiritual, material, afetiva. Se é financeiro como o era o desta mulher da narrativa, não importa!

Deus quer fazer um milagre! Algo que fique marcado! Para que o Seu nome seja sempre glorificado em nossas vidas! Confie e busque o milagre de Deus, os céus estão cheios da graça e do poder para o nosso bem.
E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
2 Reis 4:2-3

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O QUE HÁ PARA VER NUM DESERTO?




TEXTO: Êxodo 3. 1
"Moisés pastoreava o rebanho de seu sogro Jetro, que era sacerdote de Midiã. Um dia levou o rebanho para o outro lado do deserto e chegou a Horebe, o monte de Deus." (Versão NVI).

INTRODUÇÃO

Se esbarrarmos apenas nesse texto de Êxodo 3.1, iremos nos deparar com um homem barbudo, aparentemente de feições rudes, com um cajado na mão e um grande rebanho de ovelhas pertencentes a seu sogro. Seu nome era Moisés. Moisés, como todas as pessoas, tinha um passado que alí, naquele deserto parecia está longínquo na proporção que o tempo passava. E, no relato de Estevão (Atos 7.30) esse senhor já havia estacionado naquele deserto durante 40 anos!

Talvez ele pensasse que sua vida se resumiria naquela rotina, deslocando ovelhas em busca de lugares menos áridos e de pastagens. Quando a vida se torna uma rotina nós tendemos a limitar o campo de nossa visão. Isso pode gerar dentro de nós um sentimento de autoanulação, de impotência, de coisas que nos impedem de acessar potenciais que o tempo sublimou. Pois, aquele sujeito barbudo havia não era qualquer um: "Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras" (Atos 7:22); ele um dia foi alguém que estava cotado para ser príncipe do Egito! (Confira: Hebreus 11.23-24).

A vida é assim. Somos hábeis avaliadores e julgadores de pessoas pelo que nos mostram as aparências. Jesus já advertia seus discípulos a esse respeito dizendo: "Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos" (João 7:24) .

Moisés, num dia desses qualquer, deslocou o rebanho para a parte mais ocidental do deserto, para o outro lado, defronte ao Monte Horebe, no Sinal, naquela cadeia de montanhas cujo pico mais alto chegava a 2 461,54 m. Foi nesse monte que Moisés teve uma surpresa que mudou radicalmente sua vida.

I. O que há para ver num deserto?

Jesus ao testemunhar a respeito de João falou: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?" (Mateus 11:7). Esse ilustração serve para mostrar que o deserto não é lugar para ver coisas interessantes.

Moisés sabia disso claramente, afinal, 40 anos são uma eternidade para quem todos os dias se punha a fazer a mesma coisa. De dia, um calor extasiante, um suor sufocante, uma poeira constante. Um som estranho provocado pelos galhos secos afastados pelo bafo quente isento de água. Isso é deserto! De noite, um frio gélido e seco.

No deserto não há muito para se ver além de extensões infindáveis de terras arenosas, de vegetação pobre e minguada, sem vida.

Desertos podem servir de ilustração em relação a nossa própria vida. Ou mesmo que se prestem a servir de exemplo para uma situação nacional, local, uma realidade difícil de um povo, uma particularidade emocional, ou escarces de condições, não importa se é deserto, está ligado a vida dura, pouco produtiva, sem expressão, sem colorido, mas o Deus que nós servimos é poderoso para transformar realidades marcadas pela esterilidade em mananciais de água! "O deserto e a terra ressequida se regozijarão; o ermo exultará e florescerá como a tulipa" (Isaías 35.1); "Águas irromperão no ermo e riachos no deserto" (Isaías 35.6); "Abrirei rios nas colinas estéreis, e fontes nos vales. Transformarei o deserto num lago, e o chão ressequido em mananciais." (Isaías 41.18); "Àquele que conduziu seu povo pelo deserto, O seu amor dura para sempre!" (Salmos 136:16).

II. É no deserto que coisas pequenas se tornam grandes!

Algo chamou a atenção de Moisés. Ele poderia dizer que já havia visto de tudo ao longo desses 40 anos naquele ambiente, mas o que aquele dia tinha reservado para ele era simplesmente inexplicável! "Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés viu que, embora a sarça estivesse em chamas, esta não era consumida pelo fogo." (Êxodo 3:2).

Primeiro, Moisés se vê contrariado diante de tudo que aprendeu com a ciência dos egípcios, e olha que não era coisa pouca, porque além de ter sido o Egito centro de saberes universais, lugar onde primeiro se desenvolveram técnicas na área da astronomia, matemática, geometria, medicina, ele é descrito na Bíblia como alguém que "havia se tornado poderoso em palavras e obras!".

Ele viu, sem embaraço algum, o Anjo do Senhor falando diretamente com ele, numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça! A sarça, "Seneh" em hebraico para designar um arbusto de regiões secas, de galhos resistentes, porém, pequeno, de feições insignificantes! Como o conjunto de tudo aquilo que se tem num deserto que não há nada para ver.

2.1 O Deus Todo-Poderoso transforma realidades

Aonde está a presença de Deus, mesmo nos lugares secos e vazios, a glória de Deus os transforma na maior e melhor novidade de todos os tempos! A disposição físico-mental que antes só enxergava deserto, começa, com a presença de Deus, a ver novos prismas, novas perspectivas, e a vida ganhando alegria e brilho. "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2 Coríntios 5:17). "Ele os guiará às fontes de água viva." (Apocalipse 7.17).

2.2 A presença de Deus torna as coisas insignificantes em especiais

A sarça que era capaz de passar despercebida por qualquer um que passasse por aquele mesmo local, de repente foi o centro de total atenção de Moisés, pois a presença de Deus transformou algo insignificante num receptáculo do poder de Deus na forma de um fogo abrasador, mas que não consumia! E a voz que saia daquele fogo bradava de maneira inconfundível, chamando pelo seu nome: "Moisés, Moisés! " (Êxodo 3:4). Era como que dizendo, tu estás pensando que vais terminar a vida nessa mesmice de sempre! Eu tenho planos sobremodo excelentes para tua vida! Ao que lhe respondeu: "Eis-me aqui" (Êxodo 3:4).

A partir desse encontro, Moisés começou a se apropriar do conhecimento de sua missão, ele que viria a ser o guia do povo de Deus, o legislador de Israel, profeta e juiz!

No deserto da vida, Moisés foi rejeitado por muitos de seus irmãos, perseguido, ignorado, esquecido. Mas Deus transformou radicalmente a vida dele, dizendo: "Dou-lhe a minha autoridade perante o faraó..." (Êxodo 7.1). Mesmo depois de sua partida, podia de ouvir falar a seu respeito: "Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face. Pois ninguém jamais mostrou tamanho poder como Moisés nem executou os feitos temíveis que Moisés realizou aos olhos de todo o Israel." (Deuteronômio 34:10,12).

Conclusão

Quando estamos no deserto parece que, de fato, não há nada para ver. Tudo parece está dominado pelo tédio, pela rotina. E nós nos sentimos desmotivados, pouco producentes, apáticos até. Mas quando entramos em sintonia com a glória de Deus, coisas insignificantes ganham brilho, a vida se enche de cores e prazer, e nós começamos a ver sob novas perspectivas. Nesse momento, não temos outra saída a não ser adorarmos ao Senhor que encheu nossa boca de rizo e o nosso coração de contentamento!

domingo, 13 de novembro de 2011

ARREPENDIMENTO E FÉ

Por Daniel B. Pecota

O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma “virada contra” (o arrependimento) e uma “virada para” (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (“virar para trás”, “voltar”) e nicham (“arrepender-se”, “consolar”). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus (Jr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez 18.24,26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; 3.19), isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas palavras transmitem a ideia do arrependimento.

O Novo Testamento emprega epistrephô no sentido de “voltar-se” para Deus (At 15.19); 2 Co 3.16) e metanoeô/metanoia para a ideia de “arrependimento” (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeô para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.

Embora o arrependimento por si só não possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus “anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era “Arrependei-vos!” Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23).

Embora o arrependimento envolva as emoções e o intelecto, é a vontade que está profundamente envolvida. Quanto a isso, basta citarmos como exemplos os dois Herodes. O evangelho de Marcos apresenta o enigma de Herodes Antipas, um déspota imoral que encarcerou João Batista por ter este denunciado o casamento com a esposa de seu irmão Filipe, mas ao mesmo tempo “Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo” (Mc 6.20). Segundo parece, Herodes acreditava em algum tipo de ressurreição (6.16). Portanto, possuía algum entendimento teológico. Dificilmente poderíamos imaginar que João Batista não lhe tenha proporcionado uma oportunidade de se arrepender.

Paulo confrontou Herodes Agripa II com a própria crença do rei nas declarações proféticas a respeito do Messias, mas o rei não quis ser persuadido a tornar-se cristão (At 26.28). Não quis arrepender-se, embora não negasse a veracidade do que Paulo lhe dizia a respeito de Cristo. Todos nós precisamos dizer, assim como o filho pródigo: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai” (Lc 15.18). A conversão subentende “voltar-se contra” o pecado, mas igualmente “voltar-se para” Deus. Embora não devamos sugerir uma dicotomia absoluta entre duas ações (pois só quem confia em Deus dá o passo do arrependimento), não está fora de propósito uma distinção. Quando cremos em Deus e confiamos totalmente nEle, voltamo-nos para Ele.
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Fonte: sitio da CPAD Escola Dominical: Texto extraído da obra: “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD.