ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

Lição 9

TEXTO ÁUREO: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1.8).

TEXTO BÍBLICO: Atos 2. 1-4, 14-17.

INTRODUÇÃO

O movimento é sempre uma dinâmica social mobilizadora que une pessoas em torno de uma bandeira, de um ideal. Nesse sentido, o movimento pentecostal é experiência única, fundamentada na palavra de Deus.

No dia de pentecostes, em At. 2, ao serem cheios do Espírito Santo, os discípulos de Jesus falaram em línguas. Na casa de Cornélio, os gentios falaram em línguas e glorificaram a Deus (At. 10.46). Posteriormente, o próprio Pedro reconheceu a legitimidade daquele evento, afirmando que Deus havia derramado o Espírito santo sobre os gentios na casa daquele centurião romano (At. 11.15). Em Éfeso, os crentes foram batizados e tanto falavam em línguas como profetizavam (At. 19.1-6).

Ao longo da história, vários irmãos experimentaram a glossolalia, isto é, o falar em línguas. Por isso, a repetibilidade dessa experiência, ao longo do tempo, e nos dias atuais, não é mero emocionalismo, antes se trata de uma realidade fundamentada na Sagrada Escritura.

A análise histórica nos demonstra que homens e mulheres de fé, embasados pela Palavra de Deus, defendiam e testemunhavam o sobrenatural do Espírito, ressaltando sua evidencialidade, dentre eles destacamos: Justino Mártir (100-165), Irineu de Lyon (115-202), Teófilo de Antioquia (?-181), Tertuliano (160-220), Orígenes (180-254), Eusébio de Cesaréia (260-340), João Crisóstomo (304-407), Agostinho (354-430), Gregório o Grande (540-604), Simeão, o Novo Teólogo (949-1022), Hildegard de Bingen (1098-1179), Gregório Palamas (1296-1359), Francisco de Assis (1182-1226), Inácio de Loyola (1491-1556), Martinho Lutero (1483-1546), Jonathan Edwards (1703-1758) e John Wesley (1703-1791)

sábado, 21 de maio de 2011

O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL

Lição 8 de 22 de maio de 2011.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 14:26-33,39-40.

TEXTO ÁUREO

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).

VERDADE PRÁTICA

O genuíno culto pentecostal é marcado pela reverência, ordem e profundo temor a DEUS, propiciando, assim, o contínuo derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre a Igreja de CRISTO.

INTRODUÇÃO

Culto, vem de cultuar. Cultuar é próprio da natureza humana. O Homem, gênero, se inclina, reverencia, adora aquilo que é - para ele ou ela - seu objeto de veneração. Nesse sentido, um fenômeno da natureza pode ser objeto de adoração, como por exemplo, a água, as plantas, o sol, a lua, os astros cósmicos etc. Cultuar é revestir algo ou alguém de sentido afetivo e místico. Adora-se o rei do Rock, o rei da música romântica, o pregador do lenço ungido, o cantor gospel fashion e por aí em diante. A marca do cultuar está na reverência e devoção.

Mas, quando tratamos especificamente sobre as bases da fé cristã, o culto se reveste de profundo significado para os crentes em Jesus. É um ato de reverente e fervorosa adoração a Deus, por meio do Filho Jesus. Sendo assim, a palavra-chave é: disciplina. A disciplina no culto diz respeito a ordem estabelecida. Todos temos liberdade de adorar a Deus das mais variadas formas possíveis, porém, com ordem e decência, buscando promover a edificação.

ANALISE DO TEXTO BÍBLICO 1 CORÍNTIOS 14. 26-33/39-40.

Se estudarmos o capítulo 14 da carta de Paulo aos crentes que residiam em Corinto, com base na divisão por seções, diríamos que os versículos 26-40 formam a mais importante de todo o capítulo, por expressar o que há de mais genuíno, o mais conceitual possível, sobre a natureza, singularidade e pureza do culto cristão.

O evangelista Moody ao comentar sobre esta porção das escrituras neotestamentária contrapôs duas palavras para as quais devemos atentar: liberdade espiritual e informalidade espiritual.

Na igreja de Corinto parecia haver muita liberdade no espírito, porém, pouca ou nenhuma ordem estabelecida. É como se todos os que estavam alí, nos cultos diários, estivessem apenas para dar, sem que estivessem dispostos a também receber. Imaginem a confusão de se ouvir inúmeras pessoas falando em línguas estranhas ao mesmo tempo, outras, profetizando, e tantas outras salmodiando e cantando, e tantas outras falando sobre as revelações obtidas. Simplesmente, não havia ordem que coordenasse as oportunidades.

Não podemos usar de nossa liberdade espiritual para dar ocasião a carne. Toda essa confusão tira o caráter e a finalidade do culto, reduzindo o ajuntamento cristão à informalidade. Não que Deus se sinta à vontade no formalismo tradicional, afinal, "aonde está o Espírito de Deus aí há liberdade", mas se esta estiver fora da ordem, não há como promover a edificação.

(I Corintios 14:26) - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais (no ajuntamento dos cristãos [eglésia] qual deve ser o comportamento adequado à ocasião?) , cada um de vós tem (reconhece-se que o Espírito Santo dotou a Igreja em sua individualidade para beneficiar a coletividade, cf.: 1 Co. 12.6-7; 11), salmo (Recitar ou cantar os salmos foi um excelente recurso de adoração a D'us (Deus) legado das comunidades judaicas), tem doutrina (uma explanação instrutiva dada ao crentes das comunidades locais; poderia ser uma exposição textual da autoridade apostólica, ou idéias fundamentadas nos Escritos sagrados que regiam o comportamento cristão, era o ethos cristão), tem revelação (uma φανέρωσις phanerosis, uma manifestação extraordinário do Espírito Santo mostrando o que estava oculto, trazendo à luz), tem língua (glossalalia, falar noutras línguas, línguas estranhas, falar movidos, inspirado pelo Espírito Santo, tem interpretação (Uma tradução movida, inspirada pelo mesmo Espírito, do falar em línguas, daquilo que é dito em línguas estranhas). Faça-se tudo para edificação (Figura de realce que mostra inúmeros elementos ou componentes envolvido num só processo, algo que converge para um só lugar, uma construção da coletividade para atingir o uno.

(I Corintios 14:27) - E, se alguém falar em língua desconhecida (Não se impõe aqui nenhuma proibição do falar em línguas no culto, cf. 1 Co. 14.39, mas se estabelece um marco delimitador até que ponto posso falar em línguas), faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete (Quem fala em língua deve orar para que a possa interpretar (1 Co. 14.6).

(I Corintios 14:28) - Mas, se não houver intérprete (De fato, a ausência ou até mesma a inexistência dum interprete é algo lamentável no culto, imagino quantas maravilhas poderíamos ouvir da parte de Deus por meio das línguas estranhas), esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.

(I Corintios 14:29) - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

(I Corintios 14:30) - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro (Até como forma de educação e principalmente pelo fato de Deus não ser de confusão, cf.: versículo 33 deste capítulo).



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Fontes Pesquisadas:
Moody - Comentário VT/NV.
Thayer and Smith. "Greek Lexicon entry for Phanerosis". "The New Testament Greek Lexicon".

sábado, 14 de maio de 2011

OS DONS DE PODER


Lição 7

Texto Bíblico: Atos 8.5-8; 1Coríntios 12.4-10.

Verdade Prática:

Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, o Senhor JESUS confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.

Introdução:

Neste domingo, a grande maioria das Igrejas Assembléias de Deus e demais denominações que utilizam as Lições Bíblicas CPAD estarão discorrendo nas classes de jovens e adultos sobre a segunda etapa do estudo das classificações dos dons, e nesta oportunidade o tema será dons de poder.

Devo admitir que fiquei particularmente surpreso ao assistir uma entrevista com um certo advogado, jovem, aparentando ser bastante devoto do romanismo, que tornou-se destaque no Brasil ao afirmar que tem o dom da palavra da sabedoria e do conhecimento, e que ele não apenas ouve como fala com Nossa Senhora, a Peregrina, a qual lhe transmite várias instruções aos fiéis, do mesmo modus operandi com que as igrejas pentecostais o fazem, tendo a evocação exclusiva do Espírito Santo por meio de Jesus, o único mediador entre Deus e os homens "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Tm 2.5).

Surpreso, por constatar que o conhecimento técnico dos textos bíblicos utilizados por ele são precisos e pontuais do ponto de vista da exegese bíblica, coisa de envergonhar a muitos pregadores de nossos púlpitos que não se esforçam para mergulhar no profundo da palavra de Deus, então, eis a pergunta: Podem os Dons do Espírito Santo atuar na vida de alguém ou de uma instituição que se denomine igreja com a evocação de outro nome senão o nome de Jesus?

A bíblia não nos deixa a menor dúvida. Primeiro, porque o nome de Jesus está acima de quaisquer outros nomes: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre [que está acima de] todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.9-11). Segundo, porque foi Jesus quem conquistou a nossa eterna salvação na Cruz do Calvário: "E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem" (Hebreus 5.9). Terceiro, porque foi Jesus quem enviou o Espírito Santo para habitar apenas e exclusivamente na vida dos que obedecem a palavra de Deus: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós" (João 14. 16-17); "E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem"(Atos 5.32).

A fora isto, a experiência pentecostal mostra que só é possível receber os dons do Espírito Santo se passar pela experiência do novo nascimento e do batismo com o Espírito, isto é, a experiência do falar em línguas (Atos 2). É claro que nenhuma dessas experiências podem ser validadas pela Bíblia se a pessoa não receber a Cristo como único e suficiente salvador: "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação (Romanos 10.9-10); "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador. Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna (Tito 3. 5-7).

Então, o que realmente ocorre alí, no meio romanista: Além das estratégias nascidas no Período da Contra-Reforma, e do fracasso total e escandaloso da Santa Inquisição que perseguiu, prendeu, torturou e matou milhares dos verdadeiros cristãos nos séculos XVI-XVIII, descobriu-se que a melhor investida para se conter o avanço da Igreja seria abraçar os fenômenos espirituais que tanto combateram por centenas de anos.

E qual a origem desses fenômenos que eles, ancorados na Bíblia, afirmam ser dons espirituais? São fenômenos mentais naturais que encontram explicação tanto na psicologia e psicanálise quanto na psiquiatria. Os que dizem ser portadores de tais dons muitas vezes são pessoas de idoneidade moral exemplar, pessoas das comunidades, profissionais liberais etc. , e que foram instruídas por uma instância maior clerical, levadas a pensarem e agir como que possuídas do poder sobrenatural do Espírito Santo. Mentes predispostas.

É claro que, naquele meio, como no nosso, há indivíduos hábeis na arte da manipulação, que dizendo-se ou fazendo-se entender como "profetas e profetizas exclusivas" atraem para si os holofotes da grande massa que vê num Deus imediatista a solução de seus problemas urgentes, sem que para isso, tenhamos que nos apresentar perante Ele em santidade e retidão, e lhe Prestar obediência à Sua Palavra.