ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

Mostrando postagens com marcador Arrependimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Arrependimento. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

JONAS - A Misericórdia Divina

INTRODUÇÃO


O livro de Jonas conta a história da chamada do profeta para ir a Nínive, e de sua atitude quanto ao mandado divino. O cap. 1 descreve a desobediência inicial de Jonas, e o castigo divino subseqüente. Ao invés de rumar para nordeste, em direção a Nínive, Jonas embarca num navio que velejava para o oeste, cujo destino era Társis, na atual Espanha, o ponto mais distante possível da direção apontada por DEUS. O profeta, porém, não demorou a sentir o peso da impugnação divina: uma violenta tempestade no mar Mediterrâneo, que o levou a revelar-se aos marinheiros. Estes, por sua vez, são obrigados a jogá-lo ao mar. 

Providencialmente, DEUS prepara “um grande peixe” para salvar-lhe a vida. O cap. 2 revela a oração que Jonas fez em seu cômodo excepcional. Ele agradece a DEUS por ter-lhe poupado a vida, e promete obedecer à sua chamada. Então é vomitado pelo peixe em terra seca. O cap. 3 registra a segunda oportunidade que Jonas recebe de ir a Nínive, e ali pregar a mensagem divina àquela gente ímpia. 

Num dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, o rei conclama a todos ao jejum e à oração. E, assim, o juízo divino não recai sobre eles. O cap. 4 contém o ressentimento do profeta contra DEUS, por ter o Senhor poupado a cidade inimiga de Israel. Fazendo uso de uma planta, de um verme e do vento oriental, DEUS ensina ao profeta contrariado, que Ele se deleita em colocar sua graça à disposição de todos, e não apenas de Israel e Judá.

Características Especiais

Quatro aspectos básicos caracterizam o livro de Jonas. 

(1) É um dos dois únicos livros proféticos do AT escritos por um profeta nascido e criado no Reino do Norte (Oséias é o outro). 

(2) É uma obra-prima de narrativa concisa, em prosa; somente a oração em ação de graças está em forma poética (2.2-9). 

(3) Está repleto da atividade sobrenatural de DEUS. Além da cronometrada e providencial tempestade e do grande peixe, há a aboboreira, o verme, o vento oriental e a maior maravilha de todas: o arrependimento de toda a cidade de Nínive. 

(4) Contém, de forma mais clara que em qualquer outro livro do AT, a mensagem de que a graça salvífica de DEUS é tanto para os gentios como para os judeus.

domingo, 13 de novembro de 2011

ARREPENDIMENTO E FÉ

Por Daniel B. Pecota

O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma “virada contra” (o arrependimento) e uma “virada para” (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (“virar para trás”, “voltar”) e nicham (“arrepender-se”, “consolar”). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus (Jr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez 18.24,26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; 3.19), isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas palavras transmitem a ideia do arrependimento.

O Novo Testamento emprega epistrephô no sentido de “voltar-se” para Deus (At 15.19); 2 Co 3.16) e metanoeô/metanoia para a ideia de “arrependimento” (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeô para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.

Embora o arrependimento por si só não possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus “anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era “Arrependei-vos!” Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23).

Embora o arrependimento envolva as emoções e o intelecto, é a vontade que está profundamente envolvida. Quanto a isso, basta citarmos como exemplos os dois Herodes. O evangelho de Marcos apresenta o enigma de Herodes Antipas, um déspota imoral que encarcerou João Batista por ter este denunciado o casamento com a esposa de seu irmão Filipe, mas ao mesmo tempo “Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo” (Mc 6.20). Segundo parece, Herodes acreditava em algum tipo de ressurreição (6.16). Portanto, possuía algum entendimento teológico. Dificilmente poderíamos imaginar que João Batista não lhe tenha proporcionado uma oportunidade de se arrepender.

Paulo confrontou Herodes Agripa II com a própria crença do rei nas declarações proféticas a respeito do Messias, mas o rei não quis ser persuadido a tornar-se cristão (At 26.28). Não quis arrepender-se, embora não negasse a veracidade do que Paulo lhe dizia a respeito de Cristo. Todos nós precisamos dizer, assim como o filho pródigo: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai” (Lc 15.18). A conversão subentende “voltar-se contra” o pecado, mas igualmente “voltar-se para” Deus. Embora não devamos sugerir uma dicotomia absoluta entre duas ações (pois só quem confia em Deus dá o passo do arrependimento), não está fora de propósito uma distinção. Quando cremos em Deus e confiamos totalmente nEle, voltamo-nos para Ele.
_______________
Fonte: sitio da CPAD Escola Dominical: Texto extraído da obra: “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD.