ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sábado, 27 de agosto de 2011

PRESERVANDO A IDENTIDADE DA IGREJA


Lição 09

"Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo." (2 Coríntios 11.3)

Para falar sobre a preservação da identidade da Igreja, o comentarista da Lição escolheu sabiamente o texto de 2 Coríntios 11.3 reavivando o que aconteceu no Eden e que tal fato deve servir como advertência para nós hoje.

Preservar a identidade, sem arrodeios, significa manter as características originais que definem a Igreja e pelas quais muitos homens e mulheres de Deus deram sua própria vida. Não podemos assumir, é claro, uma posição extremada a ponto de achar que temos que viver alheios as transformações sociais e tecnológicas do mundo, mas, como Igreja, não podemos absorver os valores mundanos como se isso fosse uma evolução do pensamento cristão. É por essa razão que a figura da serpente assume importancia nessa análise.

Primeiro, porque a serpente atua de forma sutil. Hábil, penetrante, envolvente, dissimulada, ela não ataca sem conhecer exatamente o terreno, sem ter estudado calma e meticulosamente a situação. Ela é astuta. Tem aparencia de piedade, negando, contudo, sua eficácia. Quando a Igreja começa a se envolver em coisas que não seja a pregação genuína da palavra de Deus e a prática do evangelho ela pode está na mira da serpente, quando não, já inoculado o veneno pelas suas artérias. O veneno da serpente, aqui representada pelo Diabo, é o pecado que se dilui produzindo vários efeitos entorpecedores: ciúmes, inveja, difamação, sexo fora do casamento, adultério, comércio da palavra de Deus, briga por cargos, escândalos etc.

Segundo, porque a serpente quando atua, sempre deixa marcas. No livro dos Provérbios 30.18-19, o autor diz não saber o caminho da serpente no rocha. Ao passo que, por similitude, o caminho da serpente na areia se sabe pelas marcas deixadas. Assim, a Igreja, quando firmada na Rocha que é Cristo, com seus membros alicerçados na palavra da fé, a serpente não tem como deixar marcas. A advertência do texto de 2 Coríntios 11.3 é, certamente, sobre a necessidade de vigilância constante para que o centro de nossa consciência, que comanda nossos sentidos, não venha de alguma forma ser corrompidos, isto é, sofrer o entorpecimento do veneno da serpente, e que isto, nos apartemos da simplicidade que há em Cristo.

Que Deus nos ajude a preservarmos essa identidade. Boa aula!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

NÃO OLHES PARA TRÁS E NÃO PARES


TEXTOS: Gênesis 19: 17/Lc 17.32.

1) "E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças."

2) "Lembrai-vos da mulher de Ló."

INTRODUÇÃO:

Existe uma verdade a qual não podemos fugir, é que Deus tem um plano específico para cada um de nós, e não importa o que aconteça não podemos negligenciar. O ideal de Deus é que rompamos com todas as amarras que nos prendem e nos limitam a visão, e apeguemo-nos a Ele como a Rocha da nossa salvação. Para isto, sabiamente Deus nos deixou exemplos na sua palavra. "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" (Rm 15.4).

I. UMA MULHER PRESA AO MATERIALISMO E AO MODELO DE VIDA DE SODOMA E GOMORRA

Ló, embora tenha um caráter fraco e patético, não comparável ao de Abraão, é descrito como justo: "E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas) 2 Pedro 2.7-8; Contudo, não fora fiel o bastante para influenciar aquela sociedade corrompida.

A esposa de Ló, não deixa de apresentar-se como alguém presa aos valores mundanos. O brilho ilusório, as práticas libertinas e execráveis daquela gente pareciam exercer algum tipo de influência sobre ela, a ponto de dominar aos poucos e por completo, seus sentimentos.

II. QUEM OLHA PARA TRÁS:

a) pode perder o ritmo da caminhada. "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, - Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3:13-14);

b) pode ter a falsa impressão de perda. A destruição iminente requereu passos apressados daquela família. Não havia tempo para arrumar as malas, nem fazer outro coisa senão fugir do fogo da destruição! O relato dos grandes desastres mostra que o extinto de escape sempre fala mais alto, e em fração de segundos dispara um gatilho no nosso cérebro que nos impele a tomar a decisão certa: salvar-se da destruição. Mas a esposa de Ló, demonstrando-se presa demais ao povo daquela cidade, presa a sentimentos contrários à palavra de Deus, optou por desobedecer.

III. A SENTENÇA DE DEUS NÃO SE REVOGA SOB DESOBEDIENCIA

Deus havia sido claro que eles não deveriam olhar para trás. Houve exemplos da bíblia que a sentença de Deus foi revogada para beneficiar o justo, o humilhado, o penitente que clamou misericórdia. Mas, a esposa de Ló abusando da benevolência de Deus, por desobediência volveu-se para trás.

Um pouco distante dalí, estava Abraão contemplando uma grande coluna de nuvem negra que o fogo e o enxofre poderam produzir da destruição de Sodoma e Gomorra. Tempos mais tarde, o lugar se tornou na maior concentração de sal do planeta. Via-se uma grande cratera exatamente onde se situavam as cidades da destruição! A violência do fogo destruidor fez com que o lugar viesse a ser a depressão mais expressa da Terra. Um lugar incapaz de produzir vida. Mesmo a bactéria mais resistente do mundo não pode sobreviver naquilo que veio a ser o Mar Morto. Esse fato foi tão impactante que, Jesus ao falar sobre o fim do mundo, recomendou: "lembrai-vos da mulher de Ló!"

A esposa de Ló, olhou para trás, e lá, naquela planície ficou convertida em estátua de sal. Enquanto isso, do alto do Hebron, Abraão assistia um misto de fogo, enxofre e fumaça negra destruir como um grande lençol as campinas de Sodoma e Gomorra, e toda a vida existente naquele lugar. Mas a estátua de sal, ficou parada em silêncio egoísta, como uma advertência severa.

CONCLUSÃO

Esta mensagem, depois de tanto tempo, ainda ecoa nos dias de hoje, clamando para que não olhemos para trás e não paremos, por que isso pode custar nossa própria vida. "PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta" (Hb.12.1).