ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sábado, 27 de outubro de 2012

A SEPTUAGINTA


Após a morte de Alexandre Magno, o Império foi dividido entre os quatro generais. Ptolomeu, um dos tais, veio a ser o soberano do Egito. E a cidade de Alexandria congregou sábios e obras em sua grande biblioteca. De todos os tratados importantes que havia ali, restava uma, a que compunha as Sagradas Escrituras.

Aristeas, escritor da corte de Ptolomeu Filadelfo, que reinou de 285-246 a.C, escrevendo a seu irmão Filócrates, conta que o referido monarca, por proposta de seu bibliotecário, Demétrio de Falero, solicitou ao sumo sacerdote judaico, Eleazar, que lhe enviasse doutores versados nas Sagradas Escrituras para preparar-lhe uma versão delas, em grego. Ele muito ouvia falar das Escrituras e queria uma versão delas, para enriquecer sua vasta biblioteca, em Alexandria. O sumo sacerdote escolheu 72 eruditos (6 de cada tribo) e enviou-os a Alexandria, os quais completaram a versão em 72 dias. De 72 derivou-se o nome "Septuaginta."

A tradução foi feita na ilha de Faros, situada no porto da cidade. Essa Bíblia teve a mais ampla difusão entre as nações, especialmente naquelas onde estavam os judeus da dispersão oriunda do cativeiro. Os magos que visitaram o menino Jesus, sem dúvida, conheciam esta Bíblia no Oriente.

Foi a Septuaginta um dos meios que Deus usou na preparação dos povos e nações para o advento do Evangelho que seria proclamado por Jesus e seus discípulos, ao chegar a "plenitude dos tempos" (Gl 4.4). Ela, por onde quer que ia, disseminava as profecias que apontavam para o Messias. A língua grega foi outro veículo usado por Deus. Ela serviu para levar o Evangelho ao mundo de então.

Foi a Septuaginta a primeira tradução completa do AT, do original hebraico. Foi também ela que situou e dividiu os livros por assuntos como os temos hoje: Lei, História, Poesia, Profecia. Não há um só exemplar original da Versão dos Setenta; somente cópias, a mais antiga das quais data de 325 d.C.

A carta de Aristeas é tida por espúria por modernos estudiosos; sustentam estes que a Versão Septuaginta foi preparada aos poucos; que o Pentateuco foi traduzido em 250 a.C, e em seguida, os demais livros; terminando a versão em 150 a.C. Seja como for, é ela a mais antiga tradução da Bíblia hebraica.

Os outros grandes MSS da LXX são os já estudados códices: Vaticano, Sinaítico e Alexandrino. A Septuaginta é usada ainda hoje na Igreja Grega. Sua primeira aparição impressa é a constante da Complutensiana Poliglota publicada em Alcalá, província de Madri, em 1514-1517, e distribuída em 1522 pelo Cardeal Ximenes.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

JOEL - O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO


TEXTO ÁUREO: "De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis"(At. 2.33).

VERDADE PRÁTICA: Deus é infinitamente poderoso para hoje derramar sobre nós o seu Espírito como um rio transbordante, assim como fez no passado.

LEITURA BIBLICA: JOEL 1: 1; 2: 28-32.

INTRODUÇÃO:

O segundo livro do conjunto dos 12 profetas é o livro de Joel, embora, este tenha sido o primeiro desse grupo, notabilizou-se pelo conteúdo profético singular e - até então - , inédito para a visão e compreensão de seus contemporâneos: o derramamento do Espírito Santo.

(Capítulo 1, versículo 1) "Palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel." Quem foi Joel, cujo nome significa Jeová é Deus? Pouco ou quase nada sabemos. Alguém ligado ao templo, provavelmente. É bastante saber que era profeta e a "palavra do Senhor foi dirigida" a ele.

(Capítulo 2. 28,29).28. "Acontecerá depois" (Aqui Joel dá um mergulho num futuro que havia de vir) que "derramarei" (Verbo derramar empregado no sentido, tal como destacou Calvino, de 'grande abundância' de poder transformador) o meu "Espírito sobre" (Uma efusão jamais vista, em grande escala. Não limitada a pessoas e classes, não de forma  esporádica, mas permanente. Como bem destacou Moody: "Um poder invisível para o qual revertem todas as ações externas, e que concedeu aos heróis de Israel energia guerreira, cf. Jz. 3.10; 11.29; poder profético em sua forma mais elevada como também da forma mais simples, 1 Sm. 10.6; 10; 19.20; Is. 61.1") toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões (Joel foi extraordinariamente além do que se esperava, ele antevê o derramamento do Espírito na dispensação Messiânica, cf. Ez. 39.29; Zc. 12.10. Não apenas a Israel, nem somente em Jerusalém, mas num plano abrangente e universal, a terra se encheria da glória e do poder do Espírito Santo e isto começou a acontecer no século primeiro, Atos 2-4 e continuará até que essa profecia se cumpra plenamente);
29 "e também" (destaca-se a quebra de exclusividade, e distinção de ordem ritualística e de qualquer outra natureza, cf. Atos 2.38-39.)  sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

OSEIAS – A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS


TEXTO ÁUREO: “Porque estou zeloso (essa expressão pode ser mais bem traduzida assim: estou empenhado com intenso desejo), de vós com zelo de Deus (Êxodo 34.14: “pois o SENHOR, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso”); porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.” (2 Co. 11.2).

O Apostolo Paulo afirma nesse versículo que está dedicado com diligência no preparo dos crentes de Corinto para apresentá-los a Cristo com a pureza de uma virgem a um marido, Cristo. Fidelidade e pureza se constitui nas características da Igreja, a noiva do Cordeiro.

VERDADE PRÁTICA: O casamento de Oseias ilustra a infidelidade de Israel e mostra a sublimidade do amor de Deus. Oseias, o profeta do amor eterno, é usado por Deus como um canal transmissor dos sentimentos do Senhor em relação a Israel. Este, infiel e desviado, precisava ouvir uma mensagem do amor transformador de Deus através da vida submissa de Oseias.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Oseias 1.1,2;2.14-17,19,20.
(1.1,2) A palavra do Senhor, que veio a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel. Quando o Senhor falou no princípio por Oséias, disse o Senhor a Oséias: Vai, toma por esposa uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, apartando-se do Senhor.

Durante os 40 anos em que esteve exercendo o ministério profético, Oseias presenciou um dos momentos mais críticos da vida espiritual de Israel, prostituído e insensível a aliança do Senhor.

A mulher de prostituições com quem Oseias iria se casar por ordem de Deus era protagonista de um cenário familiar montado por Deus para ilustrar a situação exata em que Israel se encontrava seguindo outros deuses, uma situação de apostasia completa. Apesar disso, Deus não desistiu de Israel e mostra seu amor não correspondido através do casamento de Oseias.

(2.14-17) Portanto, eis que eu a atrairei (Deus atrai com laços de amor sincero e fiel, diferente da ilusão dos deuses do mundo que atrai pelo engano e mentira; Cf.: cap. 11.4), e a levarei para o deserto (Deus trata conosco de forma particular, dispensando plena atenção), e lhe falarei ao coração (Deus fala diretamente em nossa fonte do conhecimento e ternura, o coração). E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor por porta de esperança; e ali responderá, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A ATUALIDADE DOS PROFETAS MENORES


Lição 1
TEXTO ÁUREO: ROMANOS 16.26
VERDADE PRÁTICA
Por ser revelação de Deus, a mensagem dos profetas é perfeitamente válida para os nossos dias.

INTRODUÇÃO
Os profetas menores são doze: Oseias (caps 1-14), Joel (1-3), Amós (1-9), Obadias (capítulo único), Jonas (1-4), Miqueias (1-7), Naum (1-3), Habacuque (1-3), Sofonias (1-3), Ageu (1-2), Zacarias (1-14) e Malaquias (1-4).
Esse bloco de profetas, desde o século VIII a.C. tem produzido conteúdos divinamente inspirados pelo Espírito Santo trazendo a luz aquilo que outrora estava oculto seja de forma parcial, ou plena, ou além disso, apontaram para personagens e fatos relacionados ao futuro tanto de Israel como das demais nações do globo terrestre. O que estava “oculto” é percebido como mistério e o revelador é o próprio Deus, que escolheu homens para esse fim, os tais são os profetas. “(...) Há um Deus nos céus que revela mistérios.” (Dn. 2.28). 

Tudo que hoje sabemos ou que viremos a saber a respeito de Deus e do nosso relacionamento com Ele por meio do Filho Jesus é “conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos” (Rm. 16.25); e por isso temos sido considerados “despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co. 4.1).

O Apóstolo Paulo afirma que esse mistério “agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno” (Rm 16.26), colocando o ministério profético do Antigo Testamento como autoridade plenamente aceitável “para obediência da fé”.

Essa autoridade dos profetas é digna de toda aceitação e, por isso, Pedro argumentou que o evangelho não pode se comparar às fábulas engenhosamente fabricadas por homens como era costumes de gregos e romanas paroleiros que até lucravam com essas istórias. Pelo contrário, “Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade”; seguindo a isto, ele realça que também a fé foi confirmada pela “palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações.” (2 Pe. 1. 16-19).

Durante esse trimestre, estaremos estudando as principais características dos profetas menores e o que eles têm para nos revelar sobre o nosso dia-a-dia moderno a luz das expectativas de Deus a nosso respeito.