ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

domingo, 22 de janeiro de 2012

ELE SERÁ COMO ÁRVORE JUNTO A RIBEIROS

"Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará" (Salmos 1.3).

Vejo-me refletindo sobre esse versículo do salmo primeiro. Uma oração condicionada a uma postura comportamental, que se traduz pelo ideal de uma vida plena de felicidade, simbolicamente descrita na figura de uma árvore. Há uma lei que rege o dinamismo que gera essa felicidade. É a lei da justa retribuição. Quando a gente se dispõe a buscar o conhecimento da palavra de Deus, debruçando-se com humildade e constância, um horizonte se abre diante de nós. Logo descobrimos que o prazer de Deus, nosso Criador é tornar-nos felizes, bem aventurados. E tudo começa pela ética cristã: 1) não andar segundo o conselho dos ímpios; 2) não se assentar na roda dos escarnecedores; e, 3) não se deter no caminho dos pecadores.

Se atentarmos para o que a palavra diz descobrimos que não precisamos absorver essas influências destacadas acima, como que para manter uma vida social fosse preciso nos submeter a pessoas e coisas que nos afastam de Deus e sua palavra. Pelo contrário! A pessoa que medita na palavra de Deus com prazer, como uma árvore plantada junto a ribeiros de água, uma fonte de vida brota do seu interior. O salmo 104, versículo 16 está escrito que as árvores que o Senhor plantou fartam-se de seiva. Assim é a pessoa que rege a sua vida pela palavra de Deus, é cheia de vida transbordante. Tem raízes. Sabe a que Deus pertence. Tem segredo com Deus e Deus com ele. É como a árvore, frondosa, abençoa a quem estiver por perto. O impio não tem esse dom. É por isso que deve ser preterido em benefício da palavra de Deus.

A pessoa que segue essa receita de vitória não se preocupa com dias maus, nem com crise econômica, nem com quaisquer outras coisas abaladoras, porque a seu tempo produzirá frutos. Suas folhas nunca cairão e tudo quanto fizer prosperará.

Enquanto os impios pela sua frivolidade, passam como a moinha que o vento espalha, as pessoas que observam os preceitos do Senhor e guardam seus mandamentos sempre permanecerão, frutíferos e prósperos. A palavra nos mostra quem é o impio: é aquele que embora diga ser amigo, no fundo... Trama contra você pelas costas: "O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes" (Salmos 37:12); Arma ciladas procurando acabar com sua vida: "O ímpio espreita ao justo, e procura matá-lo" (Salmos 37:32); Não tem ética, é corrupto e corruptor: "O ímpio toma presentes em secreto para perverter as veredas da justiça" (Provérbios 17:23); o fim do ímpio é conhecido pelo Senhor: "Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá" (Salmos 37:10).

Em dias exigentes como os nossos, nessa pós-modernidade fria, de relações sociais superficiais e desumanas, precisamos aprender com essa salmo e buscar assumir essa postura comportamental de sucesso e prosperidade a partir de uma relacionamento mais próximo com Deus e sua palavra. A vida realmente próspera e feliz só é possível através da adoção dessa e prática dessa postura.

Que a benção do Senhor e salvador Jesus Cristo esteja com você e sua família.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

VOCÊ NÃO É TEÓLOGO DA PROSPERIDADE?

"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim." (João 5.39).

O movimento conhecido como Teologia da Prosperidade é uma heresia. Heresia (do latim haerĕsis, por sua vez do grego αἵρεσις, "escolha" ou "opção") é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de crenças tidos como certos e/ou verdadeiros. Talvez Essek William Kenyon (nascido em 24 de abril de 1867, falecido em 19 de março de 1948) não tivesse ideia de quantos males traria à visão tradicional e por isso tenha lançado as bases do que hoje se identifica como confissão positiva.

A confissão positiva, como o próprio nome já o diz, consiste em pôr a fé para agir, de forma turbinada, através daquilo que eu evocar. Verbalizando de forma imperativa, estarei assumindo minha posição no Reino, a de filho de Deus e co-herdeiro de Cristo. Kenneth Erwin Hagin (McKinney, 20 de agosto de 1917 — Tulsa, 19 de setembro de 2003), considerado o pai do Movimento Palavra de Fé, conseguiu traduzir o pensamento de William Kenyon através de inúmeras obras publicadas e isso tem atingido ao longo de décadas centenas de países e tem chegado ao Brasil desde a década de 1980 revolucionando a maneira de agir e de pensar de milhares de piedosos cristãos, como a pastora Valnice Milhomes (Ministério Palavra da Fé/Igreja Nacional) e tantos outros.

O rescaldo desse verdadeiro incêndio teológico produziu o cenário perfeito para a instauração do Neopentecostalismo no Brasil. Primeiro, a meu ver, porque a mensagem é sedutora. Fala de bem-estar, de prosperidade, riquezas, libertação e curas. Quem não conhece a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R. Soares, a IURD-Igreja Universal do Reino de Deus do Bispo Edir Macedo, a mais recente, a Igreja Mundial do Poder de Deus do Apóstolo Valdomiro Santiago. Quando me refiro a essas denominações logo me vêm à mente as megas concentrações comuns a elas, que conseguem reunir facilmente centenas de milhares de pessoas, numa verdadeira demonstração de poder de mobilização.

Segundo, porque salvo exceções, a chamada que se faz é extensiva a todos os adeptos das demais crenças e linhas filosóficas, havendo espaço até para "ateus". Esse sincretismo religioso descomprometido tem se ligado apenas pelo que GUARESCHI identificou em seu estudo sociológico intitulado "Sem Dinheiro não Há Salvação". Dessa premissa tem originado os verdadeiro impérios neopentecostais em plena pós-modernidade, como quem diz, é Terceiro Milênio mais as demandas espirituais não conhecem limites nem espaços de tempo e o homem de hoje sempre terá referencia no de ontem.

Mas, chegando ao clímax da questão, pego-me folheando a revista da CPAD, 1º Trimestre/2012, discorrendo sobre o movimento da teologia da prosperidade. Muito bem. Vamos debater nas nossas escolas bíblicas sobre esse assunto. Contudo, não podemos nos esquecer que somos também teólogos da prosperidades. Uns defendem com unhas e dentes sem o saber. Esses são os obreiros despreparados teologicamente que abarrotam os púlpitos no domingo à noite. Outros, em menor número, são teólogos da prosperidade sim e sabem que são.

A maioria de nossos pregadores das Assembleias de Deus tem como ponto culminante de suas pregações o movimento de curas, distribuições de bençãos incluindo chaves de carro virtuais, mas é preciso a pessoa estender a mão em sinal de recebimento. Eles fazem verdadeiros shows que para ser completos precisavam incluir a pirotecnia. Mas a mensagem da cruz, a palavra de arrependimento e salvação pouco se vê. As mensagens são predominantemente de autoajuda. Expressões que são verdadeiros mantras noutras religiões ouvem-se em nossos cultos.

Nunca dantes de ouviu ou viu algo dessa natureza nas Assembleias de Deus, mas hoje tornou-se comum: campanha da libertação; campanha das sete semanas etc etc. Isso é teologia da prosperidade puríssima, mas veraz que aquela que criticamos em nossa lição. Pergunto: você não é teólogo da prosperidade? Coisas do tipo: vire-se para o seu irmão e diga... Não nasceu na Assembleia de Deus, é coisa importada.

O que nasceu na Assembleia de Deus foi a pregação genuína da palavra de Deus ("Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse", Jeremias 23.31/"Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo", 1 Coríntios 1.17/"prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina", 2 Timóteo 4.2/"Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus", 1 Coríntios 1.18).

A proeminência é a pregação da palavra de Deus. A mensagem deve ser integralmente salvacionista ("aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? — diz o SENHOR", Jeremias 23.28). Todas as demais coisas ou fenômenos são secundários. Primeiro Jesus ordenou: "Ide e pregai". O que vier após isto pode ser uma benção indescritível, mas é secundário, nunca primário! ("E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura; Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado; E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. ", Marcos 16.15-18).

Jesus não autorizou nenhum especialista em curas, nem incitadores do batismo com Espírito Santo, nem quaisquer outros tipos de sinais que vemos proliferar em nossas igrejas sob o rótulo de poder de Deus, desprovidos da mensagem salvadora. Se isso acontece com frequência e temos contribuído solenimente para que tal movimento cresça entre nós, é porque somos ou temos sido teólogos da prosperidade tanto quanto eles, os originais.


domingo, 15 de janeiro de 2012

ELE PARTIU PARA UMA TERRA LONGÍNQUA

TEXTO: "Qual ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando distante do seu lar." (Pv. 27.8); "E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente." (Lc. 15.13).

INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada parece insistir num fato importante: todos nós existimos em função de um lugar. No salmo 104, versículos 16 em diante está escrito que "as árvores do Senhor fartam-se com a seiva, os cedros do Líbano que ele plantou, onde as aves se aninham; quanto à cegonha, sua casa é nas faias. Os altos montes são para as cabras monteses, e os rochedos são refúgio para os coelhos... O lugar onde crescemos e nos desenvolvemos, onde temos o apoio necessário ao preparo para encarar o mundo como pessoas adultas e responsáveis, chama-se lar.

I. O ACONCHEGO DE UM LAR

O versículo 8, do capitulo 27 de Provérbios lança mão de um comparativo entre a ave distante do seu ninho e o homem distante do seu lar para deixar subtendido que tanto um como o outro padece de um mesmo mal, a falta de sossego, de paz, de tranquilidade.

A palavra ‘ninho’ transmite a ideia de aconchego. Quem está no conforto de seu lar, por mais simples que seja, sente-se seguro, ao lado de pessoas de sua convivência.

O filho da parábola narrada por Jesus, tinha tudo a seu dispor. Era rico, seu pai tinha trabalhadores a seu serviço. Ele tinha tudo, menos a percepção exata de sua felicidade, como muita gente que não poupa palavras para reclamar da vida, embora possuindo o bastante.

Certo dia, conta-nos a parábola, o filho disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que tenho direito. E o pai, repartiu entre eles seus haveres. Não passando muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo que tinha, partiu para uma terra longínqua. Parece ficar claro, que o jovem já tinha um roteiro em mente. Foi-se para além dos limites de sua família, de sua gente, de seu país.

A experiência mais comum demonstra que, enquanto temos dinheiro e bens não faltam "amigos", são exatamente os companheiros oportunistas, amantes da ocasião, das baladas, nas noitadas que nos acham o máximo. São capazes de, no calor das emoções, jurarem amizades eternas, numa relação de quase irmandade.

O rapaz, distante de seu lar, num outro país, passou a viver dissolutamente, era o típico jovem esbanjador. Gastando sem repor, sem medir consequências até que se viu totalmente sem dinheiro. Essa situação logo o transforma num andarilho. Sem dinheiro, sem amigos, sem lar, sem alimento, sem ter onde descansar. Vendo o tempo passar e sua situação piorar ao extremo. Ele sendo judeu, agregou-se a cidadãos daquele lugar e estes o enviaram para trabalhar em seus campos. E deram-lhe a cuidar de porcos. Ele estava tão vunerabilizado, reduzido ao nada, despessoalizado, uma vergonha encontrar-se com alguém conhecido. Talvez não. Quem o reconheceria daquele jeito?

Ele vendo os restos que os porcos sobejava, desejava comer, mas nem isso lhe fora dado.

Então, ele começou a pensar. Claro, para onde ir se já atingiu todos os limites inferiores. Com tempo para a reflexão, agora restava equacionar bem sua situação. Continuar naquela vida era o fim. (Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor - Rm. 6.23). Além do mais, a fome extremada o compelia a uma atitude do tipo "tudo ou nada". "Quantos dos trabalhadores do meu pai tem pão com abundância e eu aqui padeço de forme!" Ele reagiu decididamente: "Levantar-me-ei e irei ao encontro de meu pai!"

O texto é nítido e preciso ao mostrar que o pai foi quem o avistou ao longe. Dando-nos uma ideia de que possivelmente o pai nunca havia desistido dele e guardava bem no fundo de seu coração a esperança de vê-lo voltar algum dia, exatamente como sucedeu.

"Correndo o abraçou e o beijou. Mandou que trouxessem um anel e pôs em seu dedo, roupas e sandálias novas, e mandou matar um novilho cevado e disse: comamos e nos alegremos porque esse meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a se alegrar."

Quem sairia ao encontro de um derrotado? Um rico e dono de terras? Dificilmente sairia. Quem abraçaria um moribundo e beijaria não querendo nem ouvir seus argumentos de arrependido? Acho que dificilmente alguém se portaria dessa forma. A não ser que esta pessoa fosse movida por um sentimento chamado compaixão.

II. A FORÇA DA COMPAIXÃO

O pai sabia exatamente que poderia ignorar o filho desertor. Em vez disso, correu e o abraçou e beijou, recebendo-o não como um de seus empregados, mas como filho. Dando-lhe, de novo, a restituição de sua antiga posição como filho. A compaixão é um sentimento que nos move a agir assim. Para quem tem compaixão, não interessa as consequências dos atos e até danos que outros tenham causado. Esse é o verdadeiro sentido. A pessoa tem toda a condição de subjulgar, de reduzir o ofensor a pó, mas em vez disso, o abraça e beija, e se alegra por reavê-lo vivo.

Naturalmente, aquele jovem não fazia ideia de que iria ser recebido assim. Sem críticas acusativas, sem apontamentos ou cobranças. O mais provável seria um encontro frio e cheio de rancor, afinal, ele saiu de casa, deixando um coração ferido, o de seu pai. Mas o pai, cheio de termo amor aguardou aquele dia em que o veria novamente. Para quem ama e tem compaixão a volta, o retorno, o arrependimento, se reveste de uma motivação superior que envolve, reanima, dar novo sentido a vida.


CONCLUSÃO

HOW MUCH DO WE SEE?




"Having eyes, see ye not? and having ears, hear ye not? and do ye not remember?" (Mark, 8.18).

What the eye does not see the heart does not grieve over. We have quoted the old saw innumerable times. But how often have we realized its deep truth in relation to our work for God? Or how often have we faced up to the searching implication of the familiar proverb with regard to our task in this dark day?

A good deal is being said about the moral laxity which is haunting our times. If finds newspaper headlines. It rears its ugly head in our factores and camps. It impudently whips our face in the street. But how many of our hearts really grieve over it?

We suffer the pains and restraints caused by the wickedness and pride of men. Our lives are dominated on the physical plane by the conflict which has plunged the entire world into unrest and sorrow. We say that it is all because men have forgotten God.

But do our hearts really grieve over these major disasters that have thrown the world into chaos? We try to peer into the future for wich a multitude of plans and blue prints are being provided, and we say, for the hundredth time, that unless men build on a better foudation we shall soon slip back into the old round of sowing winds and reaping of sowing winds and reaping whirlwinds. But do our hearts really grieve over the lack of certainty in sense of direction?

Do we feel as keenly about these things as we should, for instance, about the plight of a child with its foot caught in a gate? Do we feel we must push and pull and struggle and contrive and go on doing somethings, the best we can do, until we achieve release?

While I maintain constant watch for signs of concern - the constructive concern which acts effectively - I must confess that I see more of the shrugged shoulder than grieved heart. How much do we see? Lord, that we may receive our sight!

We do not allow the Divine point of view that shines forth steadily from the Bible to determine our own point view. "For the Son of man is come to seek and to save that which was lost" (Luke 19.10).