ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NAUM - O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA


TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32).

INTRODUÇÃO

De pesquisas arqueológicas sabe-se que Nínive caiu em 612 A.C. A predição de Naum foi escrita provavelmente um pouco antes da destruição da cidade. Além disso, em 3:8 o profeta menciona o cativeiro de Nô (Nô-Amom ou Tebas, a capital do Egito Superior) como acontecimento histórico. Assurbanipal da Assíria (668-626 A.C.) efetuou a tomada da cidade egípcia no ano de 663 A.C. Portanto, o livro pode ser datado entre 663 A.C. e 612 A.C., provavelmente mais próximo desta última data.


Embora nada se saiba sobre a vida de Naum, além da declaração de que ele era um elcosita, nenhuma evidência válida tem sido apresentada para declarar que qualquer outro tenha sido o autor da profecia. Até mesmo o lugar de nascimento do profeta não é bem conhecido. 

Três sugestões principais quanto à sua identidade têm sido apresentadas. 1) Era uma cidade ao norte de Nínive. Este ponto de vista fundamenta-se em tradição que vem desde o século dezesseis. 2) Jerônimo, tradutor da afirmar com certeza que Cafarnaum tenha recebido o nome do profeta. 3) Um terceiro ponto de vista localiza Elcos no território ao sul de Judá. É bem possível que Naum tenha nascido na Galiléia e mais tarde exercido o seu ministério no sul.




MIQUEIAS - A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA

 INTRODUÇÃO

A profecia de Miquéias recebe o seu título do nome do próprio profeta. O nome Mîkâ (LXX, Micaías; Vulg., Miquéias) é uma abreviação de Mîkayâ. O profeta é chamado por este último nome completo em Jr. 26:18. A forma original e mais completa é Mîkayâhû, que significa, "Quem é Jeová?" Esta forma mais completa era o nome de um príncipe em II Cr. 17:7. É usado para homens e mulheres indistintamente e geralmente é abreviado. Yahu é uma forma antiga do nome do Deus de Israel, geralmente traduzido para "Jeová" (Êx. 6:3; Sl. 83:18; Is. 12:2; 26:4).


O nome do profeta, como ode outros profetas, Elias, Eliseu, Oséias, Joel, Obadias e outros, é detalhe importante. Tais nomes, junto com o nome de Deus ou de Jeová, indicavam a atitude de submissão do profeta para com o verdadeiro Deus e, no caso de Miquéias, era um desafio aos pecadores e falsos profetas.

A mensagem de Miquéias permanece tão atual quanto quando foi escrita. Atual porque vivemos um cristianismo com sérios problemas de identidade. Um cristianismo em crise, que se perde com ritos e movimentos espontâneos que extravasam emoções, porém, desprovidos da verdadeira adoração. Há, como bem frisou o Pastor Silas Malafaia uma supervalorização de capacidades e não de caráter. Para adorar a Deus é preciso ter caráter de adorador, justo, integro e sincero. Senão vejamos:

Israel com uma postura espiritual duvidosa interpela a Deus sobre a forma como viria a se apresentar diante de Sua majestade gloriosa:

1) Com sacrifícios de bezerros costumeiros? (v. 6).
2) Com uma quantidade extraordinária de sacrifícios, "milhares de carneiros" ou "dez mil ribeiros de azeite?" (v. 7).
3) Com sacrifícios tão extraordinários como a violação da lei de Moisés mediante o oferecimento dos primogênitos? (v. 7b; cons. Dt. 12:29-31; II Reis 3:27; Jz. 11:30-40).

Se a salvação pudesse ser assim comprada, por meio do oferecimento de bens materiais em propiciação pelo pecado, toda a humanidade estaria lutando pela salvação. Mas a verdadeira salvação é uma submissão de espírito. Israel se esquecera da lei da redenção dos primogênitos (Êx. 13:12,13) e da experiência de Abraão (Gn. 22).

Mas o versículo 8 dá uma síntese do que é que Deus exige de seus verdadeiros adoradores. O que Jeová exige aplica-se a todos os homens em todos os tempos, perpétua e imutavelmente.

1) Que pratiques a justiça. Isto é, que vivas corretamente em relação ao seu próximo na sociedade, na política e nos negócios.
2) Que ames a misericórdia. Isto é, que exibas aquela qualidade de benevolência incessante que se observa em Jeová e vem dEle.
3) Que andes humildemente com o teu Deus. Isto é, que tenhas humildade e devoção para com Deus através da fé. Tais sacrifícios – de atitudes corretas e caráter honesto – são aceitáveis a Jeová.


JONAS - A Misericórdia Divina

INTRODUÇÃO


O livro de Jonas conta a história da chamada do profeta para ir a Nínive, e de sua atitude quanto ao mandado divino. O cap. 1 descreve a desobediência inicial de Jonas, e o castigo divino subseqüente. Ao invés de rumar para nordeste, em direção a Nínive, Jonas embarca num navio que velejava para o oeste, cujo destino era Társis, na atual Espanha, o ponto mais distante possível da direção apontada por DEUS. O profeta, porém, não demorou a sentir o peso da impugnação divina: uma violenta tempestade no mar Mediterrâneo, que o levou a revelar-se aos marinheiros. Estes, por sua vez, são obrigados a jogá-lo ao mar. 

Providencialmente, DEUS prepara “um grande peixe” para salvar-lhe a vida. O cap. 2 revela a oração que Jonas fez em seu cômodo excepcional. Ele agradece a DEUS por ter-lhe poupado a vida, e promete obedecer à sua chamada. Então é vomitado pelo peixe em terra seca. O cap. 3 registra a segunda oportunidade que Jonas recebe de ir a Nínive, e ali pregar a mensagem divina àquela gente ímpia. 

Num dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, o rei conclama a todos ao jejum e à oração. E, assim, o juízo divino não recai sobre eles. O cap. 4 contém o ressentimento do profeta contra DEUS, por ter o Senhor poupado a cidade inimiga de Israel. Fazendo uso de uma planta, de um verme e do vento oriental, DEUS ensina ao profeta contrariado, que Ele se deleita em colocar sua graça à disposição de todos, e não apenas de Israel e Judá.

Características Especiais

Quatro aspectos básicos caracterizam o livro de Jonas. 

(1) É um dos dois únicos livros proféticos do AT escritos por um profeta nascido e criado no Reino do Norte (Oséias é o outro). 

(2) É uma obra-prima de narrativa concisa, em prosa; somente a oração em ação de graças está em forma poética (2.2-9). 

(3) Está repleto da atividade sobrenatural de DEUS. Além da cronometrada e providencial tempestade e do grande peixe, há a aboboreira, o verme, o vento oriental e a maior maravilha de todas: o arrependimento de toda a cidade de Nínive. 

(4) Contém, de forma mais clara que em qualquer outro livro do AT, a mensagem de que a graça salvífica de DEUS é tanto para os gentios como para os judeus.

OBADIAS - O Princípio da Retribuição


INTRODUÇÃO:


O tom emocional da profecia de Obadias é forte mas não suficientemente amargo para justificar a acusação de que é um hino de ódio. A intensidade do poema está cingida de um profundo senso de justiça. Parentes violaram os laços que mantinham as tribos unidas e cometeram crimes terríveis. Seus pecados trilham de ser castigados! 

Os israelitas não se encarregaram de punir os idumeus. Pelo contrário, reconheceram o seu Deus como Juiz de todas as nações e creram que Ele executada a justiça com base nos crimes cometidos (v. 15). Deus aqui é considerado como universal em Seu poder, de modo que nenhuma nação pode escapar ao Seu olho onipresente. 

Deus está preocupado com os oprimidos e os levantará, restaurando o que lhes foi tirado. Há uma forte nota de esperança e conforto na profecia. A soberania de Deus, entretanto, jamais se perde de vista. Ele é o Juiz no começo do livro e o Reino final.

Com apenas 21 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. Excetuando-se a introdução, o seu estilo é poético. O texto divide-se em três partes principais: a destruição de Edom (vv.1-9); a sua maldade (vv.10-14) e o dia do Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações (vv.15-21).

CONCLUSÃO

Assim como ninguém pode desafiar as leis naturais sem as devidas consequências, não é possível ignorar as leis espirituais e sair ileso. A retribuição é inevitável, pois “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Só o arrependimento e a fé em Jesus podem levar o homem a experimentar o amor e a misericórdia de Deus (2 Co 5.17).