ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

quarta-feira, 23 de março de 2011

PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA


Lição 13
27 de março de 2011

TEXTO ÁUREO
"E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim, importa que testifiques também em Roma" (Atos 23.11)

VERDADE PRÁTICA

A principal e a mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.

TEXTO BÍBLICO: Atos 27.18-25.

INTRODUÇÃO

O texto bíblico em estudo reporta os percalços da última viagem de Paulo a capital do Império Romano, cujo precedente da história se encontra no versículo 32 do capítulo anterior, onde o Apóstolo apela para Cesar. Ou seja, essa apelação indicaria que ele deveria ser julgado pela instância maior do Império.

No ínicio do capítulo 27, o navio Adramitino no qual Paulo foi embarcado ruma à Itália, foi-se costeando os lugares da Ásia, passando por Chipre onde os ventos começaram a ser contrários, Cilícia, Panfília e Alexandria, rumaram com grande dificuldade até chegar num lugar chamado Bons Portos. Paulo vendo a situação falou: "Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas" (At 27.10).

Parece evidente que o Centurião, encarregado dos presos que estavam naquela tripulação daria ouvidos ao piloto e ao mestre do navio. A experiência depunha contra prisioneiros de toda sorte e o conselho de Paulo parecia está fora de cogitação.

Eis que, não muito longe de Creta, aparece para atormentá-los o Euroaquilão! A bíblia fala de ventos na experiência dos homens e mulheres de Deus, mas o tal de Euroaquilão é "o vento". Tão forte e violento que pôs a embarcação a deriva, desestabilizada, vagando em pleno mar ao sabor das ondas (Versos 14 e 15).

Nesse compasso, já estamos no versículo 18 da lição: "E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio". Uma tormenta persistente fê-los, antes de abandonarem a esperança, livrar-se da carga do navio. Após três dias, desfizeram-se também da armação do navio (v.19), por fim, depois de vários dias sem verem os raios reanimadores do sol e as estrelas sempre pontuais, foi-se a esperança de salvação.

Desânimo, cansaço, frustração, desespero. Perderam a vontade de comer. Quando "Paulo pondo-se em pé no meio deles disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda" (V. 21).

Agora, dada as circunstâncias, não somente o piloto e o mestre do navio, mas todas as 276 vidas, prestavam a atenção no que Paulo dizia. E isto representou a salvação de toda a tripulação. O fato é que importava que Paulo fosse para Roma, ali seria sua estada final. Em Roma, dentre as várias cartas que encaminhou para as igrejas e líderes em particular, numa delas, a 2ª Epístola a Timóteo, ele diz: "Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" (2ª Tm 4.6-8).

Mais ou menos no ano 68 D.C, Paulo é decapitado numa rua estreita de Roma, chamada Via Óstea, mas graças ao Deus de Paulo, que por meio do Filho Jesus, utilizou-se de um grande instrumento que levou o evangelho aos gentios, e este chegou até nós.





segunda-feira, 21 de março de 2011

AFINAL, QUEM ERA JESUS?

TEXTO: MATEUS 21.10

"E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?"

INTRODUÇÃO

Primeiro, gostaria de quebrar um paradigma do pensamento cristão responsável por colocar no inconsciente coletivo que o homem de Nazaré era aquela figura trancada em si mesmo, sempre introspectivo, quase intocável. Imaginar um Jesus com essas feições é de espantar em vez de atrair multidões. Se assim fosse, as criancinhas jamais desejariam vê-lo! No entanto, vemo-lo ficar indignado com seus discípulos só porque eles estavam tentando impedir essa aproximação: "Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Mc. 10.14).

Espero que você não fique escandalizado com o que vou lhe dizer: Jesus era homem de festa e via na comida um item importantíssimo de aproximação das pessoas. No evangelho de João, capítulo 4º, Ele é convidado a uma festa de casamento; em Marcos 14.3, Ele está à mesa em casa de Simão, na cidade de Betânia, em Lucas 7.37, Ele lê o pensamento hipócrita dos Fariseus: "Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores."

Logo, Jesus era homem de festa, e no lugar que faltassem comida Ele fazia aparecer! (João 6.9-12).

Mas, a personalidade dEle, o caráter de sua missão eram por demais incompreensíveis, até mesmo por quem de perto o seguia!

I. JESUS VEIO COMO OBJETO DE COLISÃO ENTRE DOIS MUNDOS!

Claro! Quando analisamos o Novo Testamento, precisamente, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, descobrimos que todas as ações de Jesus, sem excessão, mostram um conflito entre dois mundo, o Reino de Deus, de natureza espiritual e o reino dos homens.

Os valores do reino dos homens são finitos, contraditórios, injustos sob todos os aspectos, pois refletem a natureza própria do Homem gênero.

Os valores do Reino de Deus são eternos, retos e justos por refletirem a natureza do próprio Deus. Foi isto que Jesus veio revelar.

A religião oficial havia perdido o sentido espiritual, absorvida no pragmatismo vazio, iludida no mundo das aparências a ponto de Jesus diagnosticá-la no capítulo 23 de Mateus, versículos do 1º ao 5º.

II. JESUS VEIO MOSTRAR COMO VENCER SEM A IMPOSIÇÃO DE ARMAS!

Qualquer imperador romano entraria na cidade com toda a pompa e honrarias distintas, a frente de seu exército. Mas Ele, entrou em Jerusalém montado numa jumenta, sendo aclamado pela multidão que o acompanhava: "Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!" Isto foi suficiente para causar um enorme alvoroço na cidade!

O que muita gente não sabia é que existe, de fato, uma guerra maior sendo travada e a razão de tudo gira em torno da salvação eterna que representa o livramento definitivo do banimento da presença de Deus. Era um preço de sangue e Jesus entrou pelas portas de Jerusalém triunfantemente não para avançar contra os Romanos como era aspiração de muitos, mas para enfrentar a cruz do Calvário, pois alí, estava a maior de todas as vitórias! Era o cumprimento de Gêneses 3.15: "da semente da mulher nascerá um que esmagará a cabeça da serpente".

III. JESUS NÃO FOI UM REVOLUCIONÁRIO POLÍTICO, MAS UM CONQUISTADOR DE VIDAS!

Alvo de inúmeras investidas mesquinhas por parte dos líderes religiosos da época, que tomados de temor pela longínqua hipótese de perderem o poder de domínio sobre o povo, Jesus não poderia falhar em nenhuma etapa de sua missão. Primeiro, fê-los entender que não veio para destroná-los de suas posições, o tempo haveria de fazê-lo! Não encontramos nenhum discurso de Jesus incitando quaisquer pessoas a irem de encontro a Lei, aos Mandamentos de Moisés, ou até mesmo a insurreição romana. Pelo contrário, ele ensinou a Pedro, "dai a Cesar o que é de Cesar...", até nos impostos ele asseverou que não poderíamos falhar, não como filhos de Deus!

CONCLUSÃO.

É certo que ninguém poderia sondar o gesto de Jesus entrando em Jerusalém para se cumprir o dito dos profetas. Ele sabia exatamente o peso que representava aquele ato. Era a fase final de sua trajetória como o Cordeiro de Deus cuja missão abriria definitivamente a porta de acesso ao Pai, e com isso, legaria para todos nós a salvação eterna por meio de seu sacrifício na cruz.

sábado, 19 de março de 2011

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO

SUBSÍDIO DO PROFESSOR: O PLANO DE AULA.

Este é um recurso pedagógico indispensável. O Plano de Aula consiste no preparo da lição bíblica a partir de suas partes constituintes para formar o todo, harmonizado com o tema ou assunto. Para elaborar o plano é preciso levantar os seguintes questionamentos: quanto tempo terei para explanar toda a lição. Desta forma, poderei dividir os tópicos levando em consideração o tempo. Devo me lembrar que a aprendizagem sadia não se dará pelo acúmulo do que se diz, mas sim, com a forma, a maneira como é dito; que recursos usarei para um melhor aproveitamento. Os recursos didáticos devem ser utilizados de acordo com a faixa etária da classe. A apreensão do conhecimento sofre variação dependendo de quem está sendo transmitido o ensino. Recursos de multimídia, por exemplo, talvez não tenha tanta eficácia para se trabalhar com idosos, dadas as suas limitações perceptivas, quanto se tem com o ensino de outras faixas etárias um aproveitamento de 100%. Mostrar um mapa do AT ou NT para um ancião mediano é praticamente contraproducente. A utilização dos recursos didáticos tem haver com o tipo de classe que se irá ensinar. A metodologia é o ponto crucial, afinal, as aulas se tornam enfadonhas quando o professor se torna previsível. Mesmos gestos, mesma postura, nada surpreendente. Tente inovar, claro, dentro dos limites compatíveis com o assunto, com as normas da Igreja. Uma idéia para se fugir da rotina é aplicar dinâmicas de grupo. Mas, cuidado para não extravasar o tempo da aula.


sexta-feira, 18 de março de 2011

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO


Lição 12 / 20 de março de 2011

Texto Áureo

"E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At. 13.2).

Prestando um pouco mais a atenção no verbo "servindo" que vem do grego originário do vocábulo DULIA é derivado de DOULÉUO que trás como equivalente, servir, ser escravo, subserviente. Este verbo é usado para expressar o nosso dever de servir a Deus aparecendo em passagens como Mateus 6:24 - Atos 20:19 – Romanos 12:11;14:18 e outras mais. Indicando dedicação submissa do DOULOS (Servo) a seu Senhor. Tal fato se reveste de três verdades insofismável:

1º. Deixa claro que é possessão absoluta de Cristo. Jesus o amou e o comprou mediante um alto preço (1 Co. 6.20). Por isso, não pode pertencer a mais ninguém além de Jesus Cristo.

2º. Deixa claro que deve a Cristo obediência absoluta. O escravo não tem vontade própria; sua vontade é fazer a vontade do seu senhor. As decisões do seu senhor são as que regem a sua vida. Paulo não tem outra vontade senão a de Cristo. Seu projecto de vida é obedecer a Ele. Por fim;

3º. Deixa claro que ser servo de Cristo é a maior honra. Esse é o mais elevado dos títulos. A escravidão cristã não é uma sujeição humilhante e degradante; pelo contrário, como disse Agostinho, quando mais servos de Cristo somos, mais livres nos sentimos. Ser escravo de Cristo é ser rei. Ser escravo de Cristo é o caminho para a liberdade perfeita. Porque somos escravos de Cristo, somos livres da penalidade, da escravidão e da degradação do pecado.

Daí o Espírito Santo dizer "Separai-me a Barnabé e a Saulo para uma obra a que os tenho chamado".

É claro que, para uma compreensão razoavelmente aproximada do texto de Atos 13, necessitaríamos de um mapa geográfico e histórico. Porque é a partir de onde iremos identificar e pontuar os vários níveis de embates próprios das viagens missionárias paulinas.

Verdade Prática

A expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a obediência irrestrita do crente ao mandato evangelístico de Jesus.

Texto Bíblico

Atos 13.1-5; 46-49.

1. E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores*, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.

2.E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

4. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

5. E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
___________________
profetas e doutores* A respeito desses dois elementos ministeriais presentes na Igreja, o Pr. Estevão Ângelo de Souza (In memória) tratou de descrevê-los em livro de sua autoria Títulos e Dons do Ministério Cristão. Editado pela CPAD.

O subsídio CPAD destaca de forma simplificada o seguinte:

Na primeira viagem missinária as igrejas na Galácia são estabelecidas (At 13 – 14). As cartas de Paulo aos Gálatas foram enviadas para estas igrejas.

Na segunda viagem, o evangelho foi levado até a Macedônia, e fundaram-se igrejas em Filipos e em Tessalônica (At 15.36 –18.22). Na Acaia, Paulo fundou a igreja em Corinto, e apresentou seus ensinos na mais alta instância filosófica do mundo ocidental: o Areópago em Atenas (At 17.19-34).

Na terceira viagem, Paulo permaneceu mais de dois anos em Éfeso, formando ali uma importante comunidade cristã (At 19). O evangelho se espalhou pela Ásia Menor, chegando a Colossos e a Laodiceia.

Quando lemos sobre as viagens missionárias do apóstolo Paulo nos capítulos 13,14,16–20 de Atos dos Apóstolos, verificamos a estratégia missionária de Paulo em torno do seguinte tripé: estabelecimento da igreja local; estabelecimento de obreiros; confirmação da Igreja.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS


Lição 10. 06 de março de 2011.

TEXTO BÍBLICO: Atos dos Apóstolos 10.44-48/11.15-18.

Atos 10.44-48 - "E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias."

SUBSÍDIO ADICIONAL:
1. Cesaréia: sede do governo romano na Palestina; centurião era comandante de 100 soldados; corte era um regimento de 600 a 1000 soldados; (50 km de Jope, aproximadamente)

INTRODUÇÃO

JESUS se notabilizou em seu ministério por não permitir que seus pensamentos forem permeados por sentimentos mesquinhos de separatismos, ou separativismos, seja de natureza política, religiosa ou de gênero. Como prova disto, são comuns expressões narradas nos Evangelhos nas quais o Mestre do Amor é rotulado por estar "comendo" com publicanos e pecadores, "sendo recebido em casa de homens e mulheres" de reputação não condizente com os rigores sociais da época. Ele via além das aparências, conseguindo enxergar os recôndidos mais profundos da alma humana, por isso, que as pessoas, e não as convenções, estavam em primeiro lugar. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10).

Ainda tem muita gente hiperenganada com rótulos denominacionais, com avaliações superficiais, com egos inflados que se portam com ares de superioridade, que não tem nada com o verdadeiro evangelho do Reino, restaurador, valorativo e cheio de graça. "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens" (Tito 2.11).

I. QUEM ERAM OS GENTIOS?

‘Gentio’ – nome que designava todas as nações, afora a judaica (Is. 49:6; Romanos 2:14; 3:29). Os judeus eram o povo escolhido por Deus. Tinham religião sublime, cuja verdade contrastava com as falsidades das religiões dos gentios. Tinham leis que impediam a corrupção dos costumes e a alteração das práticas religiosas, em contacto com o paganismo, numa prova inconteste de que eles se achavam superiores. Tudo isto levou o povo judeu a desprezar injustamente os gentios.
A escolha do povo judeu tinha um fim, que era servir de luz para os gentios (Isaías 49.1-6). Os gentios também estavam incluídos na promessa (veja em Is 2.2-4; Amós 9.12; Zacarias 9:7).
Segundo comentário de John D. Davis (‘Dicionário da Bíblia’), a atitude dos hebreus faz lembrar a conduta dos brâmanes indianos que não queriam comer junto com os seus patrícios de classe inferior na sociedade, e ainda muito menos com aqueles que eram desclassificados, ou com os estrangeiros. O apóstolo S. Pedro, instruído pela visão que teve em Jope, rompeu com estas restrições, foi visitar Cornélio, que era gentio e comeu com ele, o que deu motivo a que os cristãos convertidos ao judaísmo se escandalizassem (Atos 10. 28; 11, a partir do versículo 1°).


II. PEDRO, UM XENÓFOBO CONVERTIDO

Xenofobia (do grego ξένος, translit. xénos: "estrangeiro"; e φόβος, translit. phóbos: "medo." é o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas estranhas ao meio daquele que as julga ou que vêm de fora do seu país.
A xenofobia pode manifestar-se de várias formas, envolvendo as relações e percepções do ingroup ou endogrupo em relação ao outgroup ou exogrupo, incluindo o medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades, agressão e desenho de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza.

Podemos identificar em Pedro, um sintoma forte de xenofobia. Talvez a experiência prática o tenha levado a trilhar por esse caminho paralelo ao evangelho de Cristo. Não importa o quantum de experiência tenhamos com dons do Espírito Santo, ou quanto tempo tenhamos de crentes em Cristo, podemos ser extremamente injustos em relação as pessoas que nos cercam, achando que estamos fazendo o correto. Precisamos nos autoavaliar e nos espelhar inteiramente em Jesus. Ele é o modelo!

Qual não foi a surpresa de Pedro na casa de Cornélio ao ver o Espírito Santo descer sobre todos os que estavam no recinto. "E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus."

O Espírito Santo já havia preparado o coração de Pedro para aquela momento! Quando Pedro declara "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas!" (At. 10.34) é porque a barreira transcultural, xenofóbica já havia sofrido um impacto profundo quando da visão recebida no momento em que ele orava em Jope. Confira: At.10.8-19.

III. A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO ENTRE OS GENTIOS.

Na epístola aos Efésios no capítulo 2 e versículos 12-18, o apóstolo Paulo diz: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegaste perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”.

A geopolítica do mundo de então, pode ser compreendida a partir das explicações de Aristóteles, avançadas com as descobertas de Alexandre Magno em seu expansionismo. Para simplificar, o Evangelho (Concebido por Jesus, At. 1.8) sai dos limites de Jerusalém (Ver diáspora dos Judeus), atingindo toda a Judéia e Samaria. Atos 10 e 11, sugerem a conquista do Evangelho no mundo Romano, atingindo o vasto império, compreendido na Ária Menor e redondezas. Áreas onde demarcavam o encontro de várias culturas dentre as quais as principais eram Judeus, Romanos e Gregos.

Isto equivale dizer que existiam a cultura judaica e cultura greco-romana, no mais imediato da análise, porque até aqui não falamos da cultura árabe que é outro mundo complexo. O Evangelho de Cristo é tão forte que vence as barreiras culturais e políticas alcançado o que Paulo considerou escrevendo à Igreja que estava em Colossos: "Que já chegou a vós [o Evangelho], como também está em todo o mundo " (Colossenses 1.6).

CONCLUSÃO

A experiência pessoa de Pedro, advinda dessa lição, é que Deus não faz acepção de pessoas, pelo contrário, "... Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (At.10.34,35).

Outrossim, o Evangelho de Cristo é poderoso para romper barreiras. Não importa o quanto pareça difícil ou até intransponível, Deus em Cristo, sempre nos mostrará estratégias de conquistas porque importa que "Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." (Mt.24.14). Mas, " todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (At.2.21).