ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A REBELDIA DOS FILHOS


Lição 08 


TEXTO ÁUREO
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). A Nova Versão Internacional diz "educa o menino". O ato de educar em si implica disciplina. Uma vida disciplinada, construída com amor certamente trilhará o caminho certo e mesmo na velhice, não se desviará desse caminho.

VERDADE PRÁTICA
Os pais que negligenciam a educação dos filhos, estão cometendo grave pecado diante de Deus. A rebeldia dos filhos encontra explicação, com raras exceções, na forma como eles são educados. A postura dos pais modelam o comportamento dos filhos para melhor ou para pior.

TEXTO BÍBLICO: 1 Samuel 2.12-14,17,22-25


Versículo 12: "Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial [são descritos como filhos da impiedade, inclinados à desordem e desumanidade]; não conheciam ao SENHOR [uma declaração tácita de que, embora atuassem como sacerdotes (Hb. 7.5) faziam questão de desonrarem a Deus com suas atitudes e corações obstinados]".  

Versículo 13-14: "Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo [retrata um contínuo de ações que envergonhavam a ordem sacerdotal, demonstrando abuso de autoridade e vida promíscua, irresponsável] era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão; E enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si [tiravam a primazia devida a Deus para usufruto próprio, dando expansão à toda sorte de carnalidade sob o véu da autoridade sacerdotal]; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.

Os versículos 15 e 16, respectivamente, denunciam um comportamento glutão, do tipo que se apropria dos manjares com avidez voraz

Versículo 17: "Era, pois, muito grande o pecado [na lista das abominações   se destacam a imoralidade sexual praticada por eles, cf. ver. 22, a violência, cf. ver. 16 e demais transgressões, pelo que o Senhor os queria matar, cf. 25] destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR [de tanto presenciarem a impiedade dos filhos de Eli, o povo, gradativamente, foi deixando de adorar a Deus em Siló]." 

INTRODUÇÃO


Criar filhos não é tarefa fácil. Mas, de uma coisa tenho certeza. É bem menos complicado entende-los hoje que nos antigos tempos. Com Philippe Ariès¹, aprendemos que a criança não é uma espécie de adulto miniaturizado como era vista até a Idade Média, a criança começa com a fase que se convencionou chamar de infância. Com Freud e Winnicott descobrimos algo mais ligado ao mundo interno da criança, Anna Freud² segue nessa mesma direção psicanalítica, o mundo psíquico que envolve os impulsos da sexualidade, com Pavlov aprendemos que o comportamento pode ser moldado. E o que dizer de Piaget e tantos outros? 

Qualquer educador cristão, consciente de sua responsabilidade, não pode ignorar a contribuição desses teóricos. Contudo, a Bíblia permanece atual e plenamente aplicável seja em que época for, à educação dos filhos.

I – A DISCIPLINA EVITA A REBELDIA


É provável que a rebeldia dos filhos de Eli seja produto de uma educação permissiva, aquela em que os pais não estabelecem limites. Por pertencer a uma ordem sacerdotal, uma posição especial, Eli como pai deveria desde cedo ter inculcado em suas mentes a Lei do Senhor (Cf. Dt. 6. 2; 7) e os testemunhos do Senhor (Sl. 78.4).

Disciplinar, implica muitas vezes na necessidade de corrigir uma eventual desobediência dos filhos com o castigo (Pv. 19.18; 29.17). Quando olhamos para o texto de Provérbios 13.24, parece não soar harmonicamente com os ideais da pós-modernidade. "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga." Como é? "fazer uso da vara"? Claro, quando a Bíblia fala em "vara", em "castigo" em relação a pais e filhos certamente não está se referindo a agressão desmedida, a atos desumanos e condenáveis pelo próprio Deus. Mas sim, a uma medida de correção dosada, cuidadosa.

Muito discutido o Projeto de Lei nº 7672/10, de autoria da Deputada Teresa Surita (PMDB-RR), que se tornou conhecida como a Lei da Palmada, trazia no texto original claro teor incriminatório a qualquer tipo de castigo dado à criança. Era na verdade uma emenda ao ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente que coloca em pé de igualdade todos os atos de castigo dos pais aos filhos, associando-os aos atos agressivos e desumanos como um todo. Dando caráter punível aos pais, estes não poderiam exemplar seus filhos, mesmo através de atos mais comuns como uma simples palmada.

Isso gerou uma avalanche de debates, mas por força das pressões representativas evangélicas das Igrejas mais do que pela Bancada na Câmara e no Senado como deveria, de fato, acontecer, esse PL, após percorrer as principais comissões e receber, inclusive parecer favorável pela aprovação, teve o texto modificado em sua essência no artigo 18, alínea A “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos res-ponsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los."

Sendo que no Parágrafo único, o legislador fez questão, sem rodeios, de dizer-nos que o é considerado castigo: "I – castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou ao adolescente.

O que a Bíblia chama de castigo que deve ser administrado ao filho desobediente, quando todas as chances de diálogo se esgotam, é fazê-lo sentir dor momentânea, sem quaisquer excessos, sem marcas, sem sofrimento. Nós adultos, como filhos de Deus somos tratados assim, quando necessário: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." (Ap. 3.19). Importante conferir Hebreus 12.5-6. De igual modo, devem os pais, disciplinar os filhos com amor e ternura para produzir cidadãos e cidadãs de bem em nossa sociedade.

II – FILHOS REBELDES


Todos pais devem partir da seguinte indagação: qual a causa da rebeldia? Toda rebeldia tem uma origem. Se os pais assumem comportamentos desajustados, os filhos provavelmente serão. Se os pais optam por criar os filhos de forma permissiva, sem educá-los quantos aos limites, obviamente eles terão sérias dificuldades em lidar com o mundo real, com os direitos individuas e coletivos.

Porém, onde está o erro, quando os pais buscam educar os filhos no temor do Senhor, conduzindo-os à igreja, dando o bom exemplo e mesmo assim eles assumem comportamentos inadequados? Quando acontece isso, a análise deve ser feita de maneira multifatorial, isto é, a raiz do problema pode estar numa única explicação, ou em várias. Por exemplo, determinado filho pode sofrer de hiperatividade e desencadear um comportamento típico do TDAH - Transtorno de Défict de Atenção. Ou, como frequentemente acontece, o filho ou filha pode ter sido vítima de abuso sexual e, dependendo do grau de comprometimento psicológico, pode desenvolver um quadro de rebeldia, dentro do conjunto de sintomas.  

E isso pode acontecer no lar genuinamente cristão? Claro que sim. Enquanto estivermos no mundo estaremos passiveis de sofrer tudo que acontece a qualquer pessoa. Alguém pode até negar esse fato, até lhe acontecer algo semelhante ou pior. O diferencial é estarmos firmados em Cristo para superar todas essas coisas (Rm. 8.37).

III – O QUE FAZER DIANTE DA REBELDIA DE UM FILHO


Achei importante o comentário da sessão 'Dinâmica do Reino' da Bíblia Plenitude (Provérbios 13.24) ao afirmar que "a disciplina é o outro lado do ensino. Uma criança com espírito de aprendizagem precisa de muitas explicações, muita paciência e oportunidades para tentar e experimentar, incluindo o direito de falhar e aprender através dos erros. Mas uma criança que é pega em desobediência voluntária (Pv. 29.15), rebeldia (1 Sm. 15.23) ou insensatez obstinada (Pv. 22.15), impede a eficácia do ensino e desfaz a harmonia da família. A resposta de Deus a isso é uma disciplina firma e amorosa".

A Bíblia faz clara distinção entre disciplina e abuso físico. A disciplina pode ser dolorosa, mas não é prejudicial. Nunca deveríamos causar dano a uma criança (Pv. 23.13), mas às vezes, a dor pode ser parte da correção eficaz. Deus descreve a si mesmo como um disciplinador severo. Embora ele nos discipline sempre por amor e para o nosso próprio benefício, a sua correção pode nos causar dor (Hb. 12.5-11). Da mesma forma, Deus requer que os pais corrijam adequadamente os seus filhos. Até mesmo o destino eterno de uma criança pode depender da disciplina piedosa estabelecida pelos pais.

Contudo, a regra áurea da qual não podemos fugir, na criação dos filhos é: 1) criá-los num ambiente de diálogos abertos e francos. Exercitá-los no jogo de exposição das razões, e estas devem ser verdadeiras. Não basta dizer ao filho ansioso com aquela caixa de brinquedo na mão que simplesmente não vai comprá-lo e pronto. É preciso explicar amorosamente, demonstrando atenção, o porquê não pode comprar, aproveitando para dar uma aula sobre economia doméstica. Conquiste pelo diálogo e nunca precisará recorrer às palmadas. A doutrina que filho só aprende apanhando é do diabo! 2) vencidas todas as tentativas de diálogo, diante da desobediência, e não de um simples erro, os pais, com toda a sensatez e amor, executa as palmadas dando ciência do porquê daquele castigo. 

CONCLUSÃO


Imagine uma reta seguida de três pontos. No primeiro ponto da extremidade está o tipo de criação permissiva, aquela que não impões limites. A outra ponta da extremidade representa o tipo de criação autocrática, na qual os pais são inflexíveis. E o ponto do meio, representa o tipo de criação equilibrada, aquela que conduz a criação na base do diálogo, da compreensão, da disciplina corretiva, como último recurso. Pitágoras, um pensador grego, afirmou certa vez: "educai as crianças para que não seja necessário punir adultos." 

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___________
¹Ariès, Philippe in História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981; ². Freud, Sigmund; Anna Freud, Winnicott, teóricos psicanalíticos. O primeiro é considerado o pai da psicanálise, a psicologia profunda que investiga os fenômenos do inconsciente. Pavlov, visiologia russo que estudou o comportamento numa perspectiva de estimulo e resposta, modelagem etc.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR

TEXTO ÁUREO: I Pe. 3.1  
"Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher." (Versão NVI)

LEITURA BÍBLICA: I Co. 7.12-16

I. INTRODUÇÃO

O ideal Bíblico é que o lar seja integralmente composto por membros comunicantes da mesma fé, da comunhão em Cristo Jesus. Como membro da Igreja, poderia suavizar essa exposição afirmando que o lar cristão é um céu aqui na terra; mas, como psicólogo, assumo o risco de fugir dessa tendência para destacar que tanto o lar do não-crente como o lar do crente, os problemas de relacionamento sempre existirão. Estresse, contas à pagar, filhos para educar, trabalhos para administrar, e a relação conjugal para se conduzir com muito cuidado.

É claro que, no transcurso de nossa trajetória, nós construímos o tipo de cama na qual vamos dormir e o tamanho do lençol com o qual iremos nos cobrir (Isaías 28.20). Isto me referindo as escolhas que fazemos. Se alguém resolve se envolver com uma pessoa incrédula, estreitam-se os laços e se casam ou vivem maritalmente, conhecendo a palavra de Deus, o resultado dessa relação tende a convergir para incompatibilidades penosas, duras de suportar muitas vezes; mas essa pessoa, achegando-se Deus para Serví-lo com integridade de coração, deve suporta toda essa situação. Não apenas isso, mas conquistar o (a) cônjuge pregando "sem palavras" (I Pedro 3.1), através de um procedimento fiel.

Posturas no lar não condizentes com a palavra de Deus: 1) contrariar o marido crente ou incrédulo sob pretexto de colocar Deus em primeiro lugar. É um engano recorrente. A Bíblia diz: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor..." (Efésios 5.22); 2) cultivar um ambiente de intensas discussões. A Bíblia põe a mulher cristã como exemplo para servir de modelo: "Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos" (Tito 2.4); 3) convém a mulher se conduzir com prudência num lar dividido entre crentes e não-crentes. "A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente." (Provérbios 19.14).

Observei num culto repleto de pessoas, um casal bastante jovem sentado num dos bancos próximos da área central da igreja; ele não cessava de beijar-lhe as mãos a cada minuto que passava. Uma conduta que, a vista dos menos experientes denotava amor. Puro engano. Amor é um sentimento profundo, terno, respeitável, de entranhável afeto, algo que não se traduz em - como diria um sertanejo - "pantim" e jogos de encenação. Já conheci casais que na Igreja se tratam por "môzim" e "filhinho", "filhinha", mas que fora daquele contexto se digladiam, agridem-se mutuamente. Deus abomina uma vida de encenação. Mas ama a sinceridade, a verdade.

A Bíblia nunca se preocupou em apresentar lares cristãos acima de qualquer suspeita, pelo contrário, ela pinta sem retoques lares de homens e mulheres de Deus marcados por conflitos familiares, mas que, na dependência de Deus essas imperfeições são combustíveis para manter acesa a chama do amor. 

Valorize sua família, não se permita jamais desprezá-la, conduza-a ao Senhor em demonstração de obediência a palavra de Deus e você descobrirá um tesouro inestimável.


CONCLUSÃO

O lar cristão, cheio de imperfeições representa o ambiente perfeito para exercitar o amor de Cristo derramado em nossos corações. Não podemos alimentar uma vida de fingimentos e encenações como se o nosso lar fosse o modelo de perfeição. Capa pessoa é um universo, cada mente é um poço profundo, precisamos administrar nossos sentimentos e emoções, desenvolver a misericórdia através da tolerância, da aceitação incondicional.