ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

HABACUQUE - A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES


Do próprio Habacuque nada se sabe, exceto o que se pode deduzir deste livro que leva o seu nome. Ele é chamado de "o profeta", sendo possível, portanto, que além de possuir o dom da profecia fosse também membro do grupo de profetas profissionais. Algumas observações musicais feitas ao salmo contido no capítulo dão a idéia de que ele tenha profetizado no Templo, como os homens que foram mencionados em I Cr. 25:1.

Coisa precária é dizermos algo sobre o caráter do profeta com base na sua obra. Seu nome parece derivar de uma raiz hebraica que significa "abraçar". Jerônimo (quinto século d.C.) declarou que o profeta era chamado "O Abraçador", por causa do seu amor a Deus ou porque lutou com Deus.

Muitos pronunciamentos proféticos são descritos como "sentença", particularmente quando há denúncia de caráter sinistro ou ameaçador. Aqui o profeta deplora a iminente subjugação e devastação do seu próprio povo, de modo que há um aspecto agourento no que se lhe refere. Ao mesmo tempo a sentença é contra os orgulhosos caldeus, cuja força está no seu deus (1:11).

Revelada. A palavra hazâ, "ver", um termo mais ou menos técnico, indica que esta é uma revelação. O Espírito de Deus imprime a mensagem no âmago da consciência dos profetas com tanta força e clareza como se tivessem visto algo com os olhos físicos. Em I Reis 22:17 Micaías diz: "Eu vi todo Israel disperso..."
II. O Profeta se Queixa de Violência Incontrolada em Judá. 1:2-4.

2. Até quando. Ao que parece, o profeta se angustiava por causa da situação reinante em Judá. Pela experiência constatara que o povo parecia não ter consciência e sem dúvida já tinha pedido a Deus que corrigisse tal impiedade, pois ele declara que clamou ao Senhor. Tu não me escutarás. 

Não devemos presumir que o profeta duvidasse de que o Senhor não tivesse ouvido o seu clamor (no sentido de tomar conhecimento). Ele tinha por certo que se Deus ouvisse, também responderia. Como se a sua oração fosse infrutífera (cons. Sl. 22:1, 2). Violência. A referência é à perversidade violenta e cruel. A pergunta é: Quem é o responsável? Presume-se aqui que seja a dolência dos judeus. 

Há os que crêem que, tendo sido usada a mesma palavra em 2:8 e 2:17 para descrever os caldeus, a violência da qual o profeta se queixa era a dos caldeus. Contudo, considerando que seriam o instrumento do castigo que logo seria suscitado, não podiam ser considerados os perpetradores da violência. 

Ela também não pode se referir ao senhor assírio que já controlava Judá há algum tempo, uma vez que parte da queixa do profeta se prende ao fato da lei ter sido afrouxada e a justiça pervertida (v. 4). Estas duas palavras costumam se referir no V.T. ao código mosaico, e parece, portanto, que a dolência consistia nos atos de crueldade e injustiça que permeavam a vida pública e privada de Judá.

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