ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Lição 2: O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO


Texto Áureo:

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação” (2 Co 1.3)

Texto Bíblico: 2 Co. 1-7.

Podemos considerar a existência da aflição sob duas óticas: na perspectiva intrapessoal e na interpessoal. A aflição intrapessoal (intra=posição interior, de dentro) indica que o mal estar gerado pode ter sua origem na própria pessoa, voltada para si própria. É o caso de alguma doença que se instalou no corpo, por exemplo, e não tem relação direta com as pessoas que nos cercam. A causa pode ser simplesmente física ou pode ser espiritual.
Já na ótica interpessoal (inter=interação, reciprocidade), a aflição é acarretada como resultado das relações pessoais, pois vivemos numa dinâmica de interatividade com o outro e isto, em determinado nível, pode nos incomodar, nos aborrecer e até mesmo nos fazer adoecer, quando consideramos a possibilidade de psicossomatizar emoções destrutivas.
Paulo, em suas cartas, principalmente em 1 e 2 Coríntios, demonstra alta capacidade para lidar com a aflição, deixando sua contribuição literária a cerca da teologia do sofrimento cristão em contraposição ao argumento do movimento da Prosperidade que advoga a idéia de que o crente fiel não sofre.

Não podemos nos situar, em hipótese alguma, sob pretexto algum, nos extremos. Há pessoas piedosas, freqüentes na igreja, nas reuniões de oração que vivem e se alimenta do próprio sofrimento, achando que quanto mais sofrerem estarão pertos de Deus. É a posição do crente “coitadinho”. Eles deliberadamente se esquecem do que Jó afirmou: o mesmo Deus que fere é o Deus que sara (Jó 5.18); ou o que Jesus disse: “Tenho vos dito isto, para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16.33), o Salmista afirmou: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas” (Sl 34.19), “Por causa da opressão do pobre e do gemido dos necessitados Me levantarei agora, diz o Senhor e porei a salvo aqueles para quem eles assopram” (Sl. 12.5).

No outro extremo estão as pessoas que não aceitam a realidade da aflição, das angústias da vida por tomarem como certa a extinção de todo e qualquer sofrimento. Elas afirmam que Cristo já conquistou na cruz nossa vida plena conforme Isaías 53. Como “Ele levou sobre si todas as nossas dores” não devemos aceitar infortúnios em nossa vida. Quando isto ocorre é porque não aprendemos a declarar a palavra de Deus, ou porque estamos em pecado.
São pessoas igualmente piedosas e que buscam a Deus, como nós. Porém vêem a revelação da Palavra como outros olhos. Ou seja, vivem no extremo da questão.

O correto é procurarmos viver de forma equilibrada. Para isto, precisamos sair dos extremos, e aprender com Paulo que a vida do cristão é repleta de lutas e tribulações e é exatamente por esta razão que Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mateus 28.20) e, ainda mais, Ele enviaria o outro Consolador, que é o Espírito Santo para nunca nos sentirmos sós, nem desamparados (João 14.16).

Orientações Aditivas

Como na primeira lição, os elementos introdutórios de 2 Coríntios estiveram presentes, é pouco producente continuarmos batendo nessa mesma tecla, quando o tempo da aula pode ser preenchido de várias formas criativas. Por exemplo, podemos fazer uma síntese da visão de Paulo sobre a aflição, mostrando o que ele sofreu por amor ao evangelho de Cristo, a árdua posição de um ministro enviado por Deus e focarmos o consolo que vem de Deus e nós como despenseiros desse consolo na comunidade cristã.


Esboço da Lição:

INTRODUÇÃO
I. UMA SAUDAÇÃO ESPECIL E INSPIRADORA
1. Sua identificação pessoal e os destinatários
2. O apostolado Paulino e a vontade de Deus
3. Sua saudação especial
II. AFLIÇÃO E CONSOLO
1. Paulo, sua fé e gratidão.
2. O consolo divino e o consolo comunitário
3. A aflição na experiência cristã.
III. AMARGURA E LIBERTAÇÃO
1. Paulo enfrenta uma terrível tribulação.
2. Paulo confia em Deus para sua libertação.
3. Paulo confiou em Deus e foi liberto.
CONCLUSÃO

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