O capítulo 12 da primeira carta de Paulo aos crentes que estavam em Corinto, uma das principais cidades do mundo grego, por isso, rica na variedade de demonstrações de credo, os ídolos dominavam a vida das pessoas. No século VI a. C. houve a primeira tentativa de rompimento com essas crendices através do surgimento das Escolas Filosóficas, que questionavam até mesmo a existência desses deuses a quem se atribuiam poderes fantásticos.
Filósofos como Tales e Anaximandro de Mileto, Platão, Aristóteles começaram a questionar muitos aspectos da vida dantes pertencentes aos deuses. Mas, eles e outros não conseguiram atingir mentes e corações, porque tratavam apenas de questionar sem apresentar algo forte e impactante o suficiente para fazer as pessoas abandonarem por completo a aliança com os ídolos. E por essa razão, todo aquele que se deixava levar e ser guiados por essas crendices, o apóstolo Paulo os chama de "ignorantes", isto, aquele ou aquela, falto do saber, do verdadeiro conhecimento.
Mesmo aqueles novos crentes que experimentaram o mover do Espírito Santo em suas vidas nos tempos de Paulo, careciam ainda aprofundar o assunto para livrarem-se das confusões do saber ou do não-saber. [1] "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. [2] Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados".
Paulo mostra que noutro tempo, os neoconversos se deixavam "levar" e ser "guiados" pelos ídolos mudos. E no versículo 3 desse mesmo capítulo é nos apresentado a noção clara daquele que hoje é guiado pelo Espírito Santo: é gerado convicção em seu interior! "Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo".
Não simplesmente um falar de boca, uma expressão apenas verbal. Mas a convicção gerada pelo Espírito Santo no interior do Homem, o faz declarar 'Jesus é Senhor' e jamais 'Jesus é anátema'. Porque essa convicção foi gerada por Aquele que é enviado por Deus, através do Filho para nos guiar em toda a verdade. "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" (João 16.13).
A diferença é que, quem é guiado pelo Espírito Santo de Deus não tem atitudes dúbias, fraquejar de palavras, inseguro. Pelo contrário, é ousado: "E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus" (Atos 4.31). É seguro e sabe a que veio, e disso não abre mão: "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2 Timóteo 1.12).
Nenhum comentário:
Postar um comentário