ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

"EREIS GUIADOS PELOS ÍDOLOS MUDOS"

O capítulo 12 da primeira carta de Paulo aos crentes que estavam em Corinto, uma das principais cidades do mundo grego, por isso, rica na variedade de demonstrações de credo, os ídolos dominavam a vida das pessoas. No século VI a. C. houve a primeira tentativa de rompimento com essas crendices através do surgimento das Escolas Filosóficas, que questionavam até mesmo a existência desses deuses a quem se atribuiam poderes fantásticos.

Filósofos como Tales e Anaximandro de Mileto, Platão, Aristóteles começaram a questionar muitos aspectos da vida dantes pertencentes aos deuses. Mas, eles e outros não conseguiram atingir mentes e corações, porque tratavam apenas de questionar sem apresentar algo forte e impactante o suficiente para fazer as pessoas abandonarem por completo a aliança com os ídolos. E por essa razão, todo aquele que se deixava levar e ser guiados por essas crendices, o apóstolo Paulo os chama de "ignorantes", isto, aquele ou aquela, falto do saber, do verdadeiro conhecimento.

Mesmo aqueles novos crentes que experimentaram o mover do Espírito Santo em suas vidas nos tempos de Paulo, careciam ainda aprofundar o assunto para livrarem-se das confusões do saber ou do não-saber. [1] "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. [2] Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados".

Paulo mostra que noutro tempo, os neoconversos se deixavam "levar" e ser "guiados" pelos ídolos mudos. E no versículo 3 desse mesmo capítulo é nos apresentado a noção clara daquele que hoje é guiado pelo Espírito Santo: é gerado convicção em seu interior! "Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo".

Não simplesmente um falar de boca, uma expressão apenas verbal. Mas a convicção gerada pelo Espírito Santo no interior do Homem, o faz declarar 'Jesus é Senhor' e jamais 'Jesus é anátema'. Porque essa convicção foi gerada por Aquele que é enviado por Deus, através do Filho para nos guiar em toda a verdade. "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" (João 16.13).

A diferença é que, quem é guiado pelo Espírito Santo de Deus não tem atitudes dúbias, fraquejar de palavras, inseguro. Pelo contrário, é ousado: "E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus" (Atos 4.31). É seguro e sabe a que veio, e disso não abre mão: "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2 Timóteo 1.12).


OS DONS DO ESPÍRITO SANTO


TEXTO: 1 CORÍNTIOS 12,1, 4-11, 28; ROMANOS 12. 6-8.

VERDADE PRÁTICA
Dons espirituais são dotações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO sobre o crente, capacitando-o para glorificar a CRISTO e realizar a obra de DEUS.

INTRODUÇÃO

O que a Bíblia chama de 'dom'? É possível distinguirmos no grego algumas variantes importantes a compreensão da palavra dom. Primeiro, dõron, cognato de didõmi (cf. Dic. VINE, pag.576), sentido de "dar", é usado acerca de presentes como expressão de honra (Mt. 2.11); "doações" para sustento do templo e de pobres (Mt. 15.5); e, salvação pela graça como "dom" de Deus (Ef. 2.8).

Já a palavra dõrea denota "presentes grátis", acentuando o caráter gratuito daquilo que é dado, sempre usado no Novo Testamento acerca de um dom espiritual ou sobrenatural (Jo 4.10; At. 8.20; 11.17). Há ocorrências no NT em que o "dom" é o próprio Espírito Santo (At. 10.45; 11.17).

Por fim, charisma, "dom da graça", dom envolvendo a graça (vem de charis) por parte de Deus como Doador ocorrendo em dois momentos: a) ao pecador para remissão (Rm 5.15, 16; 6.23) e como dotações especiais aos crentes mediante a operação da Pessoa do Espírito Santo.

Logo, quando falo de Dons Espirituais devo estar me referindo a dotação sobrenatural com a qual o crente é investido, ornado, para glorificar a Deus, em primeiro lugar, e realizar a obra de Deus cada um segundo o dom que recebeu do Senhor. “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1Pe 4.10).

I. TERMOS BÍBLICOS DESIGNADORES DOS DONS:

a) Dons espirituais (pneumatikos).
b) Dons da graça (charismata).
c) Ministérios 'Dons Ministeriais' (diakoniai).
d) Operações (energemata).
e) Manifestação (phanerosis).

1.1 - Quanto a classificação dos dons espirituais, podem ser como:
a) Manifestações do ESPÍRITO.
b) Dons de ministério prático.
1.2 - Alvo e resultado dos dons (1 Co 12.7b). São propósitos dos dons espirituais:
a) A glorificação do Senhor JESUS (Jo 16.14).
b) A confirmação da Palavra de DEUS (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
c) O crescimento em quantidade e qualidade da obra de DEUS (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19).
d) A edificação espiritual da Igreja (1 Co 12.12-27).
e) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11, 12).

1.3 - O exercício dicisplinador dos dons espirituais (1 Co 14.26, 32, 33, 40). Toda energia e poder sem controle são desastrosos.

II. OS DONS ESPIRITUAIS NO MINISTÉRIO CRISTÃO

- PALAVRA DE SABEDORIA: (pequena parte da sabedoria de DEUS a respeito do futuro) At 27.22 Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perder] a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.

- PALAVRA DE CONHECIMENTO: (pequena parte do conhecimento de DEUS a respeito de algo conhecido em outra parte, porém não no local revelado) At 27.10 Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas.

- DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: At 16.18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.

- FÉ: (Dom necessário para ressurreição de mortos - crer no impossível) At 20.10 Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.

– MILAGRES ou Maravilhas (Agindo sobrenaturalmente na natureza) At 28. 5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal.

– DONS DE CURAR: At 28. 8 E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.

- PROFECIA (Edificação, Exortação e Consolação) Ts 4.13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
– DOM VARIEDADE DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 18 Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos.
– DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: 1 Co 14. 13 Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar (Este não está claro, porém por dedução, como estava ensinando, muito provavelmente era o que acontecia com ele próprio).

III. RESPONSABILIDADE QUANTO AOS DONS

1. Conhecer os dons. "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1 Co 12.1).
2. Buscar os dons. "Procurai com zelo os melhores dons" (1 Co 12.31).
3. Zelar pelos dons. "Procurai com zelo os dons espirituais" (1 Co 14.1).
4. Ser abundante nos dons. "Procurai sobejar neles, para a edificação da igreja" (1 Co 14.12).
5. Ter autodisciplina nos dons. "E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas" (1 Co 14.32).
6. Ter decência e ordem no exercício dos dons. "Mas faça-se tudo decentemente e com ordem" (1 Co 14.40).

CONCLUSÃO

Em 1 Coríntios 12.4~6, Paulo ensina que há dons (gr. charismatõn) diferentes, ministérios (gr. diakoniõn) diferentes e resultados (gr. energêmatõn) diferentes. Isto é, cada dom pode ser exercido através de ministérios diferentes e produzir resultados diferentes, sendo que todos honrarão a Deus. Paulo, usando a analogia dos diferentes membros do corpo, diz que Deus distribui os membros no Corpo conforme Ele deseja, dando~nos ministérios diferentes com resultados variados. O esboço em 1 Coríntios 14 trata da função prática. Incrível diversidade, incrível praticabilidade!

1. Devemos exercer o nosso ministério proporcionalmente à nossa fé.
2. Devemos concentrar a nossa atenção nos ministérios
que sabemos possuir, e aprimorá-los.
3. Devemos manter as atitudes certas: contribuir com generosidade, orientar com diligência e ter alegria em demonstrar misericórdia.
4. Todos temos funções diferentes no corpo de Cristo, e devemos compreender o relacionamento com o corpo inteiro
5. Os dons devem edificar a todos, e não somente ao indivíduo.
6. A ninguém cabe o senso de superioridade ou inferioridade, pois cada membro é igualmente importante.
7. Os dons são dados a nós, mas não os alcançamos por nossos méritos. A vontade e a soberania de Deus determinam essa distribuição. Sua ação específica de distribuir os dons na Igreja é demonstrada pelos seguintes verbos: "dar" (Rm 12.6; Ef4.11) e "por" (1 Co 12.28). Paulo afirma ainda, em 1 Coríntios 12.28~31, que devemos concentrar nossos esforços nos ministérios que sabemos que Deus nos tem dado.