ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

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sábado, 23 de julho de 2011

O COMITÊ DE LAUSANNE PARA A EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL


Lausanne, é a quarta maior cidade suíça, situada na parte francófona (fala predominamentemente françês) do país, às margens do lago Léman (também chamado lago de Genebra) . Capital do cantão de Vaud. Foi nessa importante cidade que se realizaram as edições I, II e III da Comissão de Lausanne para Evangelização Mundial.

A herança evangélica, missionária e de compromisso social legada pelo Avivamento Wesleyano, com as controvérsias ocorridas nos Estados Unidos no início do século passado: Liberalismo vs. Fundamentalismo, Evangelho Individual vs. Evangelho Social, Criacionismo vs. Evolucionismo, tinha conduzido aquele espaço religioso a uma polarização e a uma dicotomia, e ao que um sociólogo da religião denominou de A Grande Reversão, que foi o retraimento do Evangelicalismo dos aspectos sociais, culturais e políticos da missão. Somando-se a isso o dispensacionalismo e a escatologia pré-milenista pré-tribulacionista.

O Congresso de Lausanne foi um evento de evangélicos, descolados dos fundamentalistas, em discordância com os liberais, procurando responder aos desafios seculares da conjuntura, e, em unidade, reafirmar o imperativo missionário da Igreja. Uma retomada do evangelicalismo progressista anterior às controvérsias e polarizações geradoras da Grande Reversão.

Lausanne foi um momento de maioridade e de maturidade para o evangelicalismo mundial, impactou muitas vidas, teve um grande desdobramento e influência, mas não no Brasil. Aqui, as reações não foram entusiásticas. O Congresso foi considerado muito avançado para os conservadores e muito tímido para os teologicamente mais à esquerda. Os ecos foram, de certo modo, abafados. Surpreendentemente, o Pacto foi editado pela CPAD, por iniciativa do missionário Lawrence Olson. E o vazio deixado pela Confederação Evangélica dez anos antes, somente vem conhecer uma tentativa de resposta, com a AEvB, muito depois.

Resumindo, sob a influência do rescaldo do Congresso de Lausanne, a Assembléia de Deus lançou um pacote de desafios conhecidos como "Década da Colheita", visão para o ano 2000, discutidos em congressos nos Estados, estudo nas Lições da Escola Bíblica Dominical, e que se proponha a atingir alvos, objetivos multiplicadores com foco na evangelização do Brasil em 10 anos. Até agora, não se sabe exatamente até que ponto a AD atingiu esses objetivos do projeto Década da Colheira que previa, entre outros, a formação, capacitação e envio de centenas de obreiros para o campo missionário, abertura de milhares de igrejas em todo o território nacional.

O fato é que somos no Brasil, 54,7 milhões de evangélicos, somados os praticantes e nominais, espalhados por um sem número de denominações que a cada dia cresce, muitas vezes, de forma desordenada e sem o crivo da sá doutrina, fazendo emergir uma mistura de tribos para todos os gostos, correndo mesmo o risco de ser confundido com a expansão do evangelho no Brasil.

Acreditamos que Deus tem em sua agenda um grande avivamento espiritual de amplo espectro para tornar mais nítida a ação do sal e luz no mundo, onde se poderá distinguir, por fim, quem realmente entendeu e abraçou a mensagem salvadora do evangelho de Cristo Jesus.




sexta-feira, 4 de março de 2011

O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS


Lição 10. 06 de março de 2011.

TEXTO BÍBLICO: Atos dos Apóstolos 10.44-48/11.15-18.

Atos 10.44-48 - "E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias."

SUBSÍDIO ADICIONAL:
1. Cesaréia: sede do governo romano na Palestina; centurião era comandante de 100 soldados; corte era um regimento de 600 a 1000 soldados; (50 km de Jope, aproximadamente)

INTRODUÇÃO

JESUS se notabilizou em seu ministério por não permitir que seus pensamentos forem permeados por sentimentos mesquinhos de separatismos, ou separativismos, seja de natureza política, religiosa ou de gênero. Como prova disto, são comuns expressões narradas nos Evangelhos nas quais o Mestre do Amor é rotulado por estar "comendo" com publicanos e pecadores, "sendo recebido em casa de homens e mulheres" de reputação não condizente com os rigores sociais da época. Ele via além das aparências, conseguindo enxergar os recôndidos mais profundos da alma humana, por isso, que as pessoas, e não as convenções, estavam em primeiro lugar. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10).

Ainda tem muita gente hiperenganada com rótulos denominacionais, com avaliações superficiais, com egos inflados que se portam com ares de superioridade, que não tem nada com o verdadeiro evangelho do Reino, restaurador, valorativo e cheio de graça. "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens" (Tito 2.11).

I. QUEM ERAM OS GENTIOS?

‘Gentio’ – nome que designava todas as nações, afora a judaica (Is. 49:6; Romanos 2:14; 3:29). Os judeus eram o povo escolhido por Deus. Tinham religião sublime, cuja verdade contrastava com as falsidades das religiões dos gentios. Tinham leis que impediam a corrupção dos costumes e a alteração das práticas religiosas, em contacto com o paganismo, numa prova inconteste de que eles se achavam superiores. Tudo isto levou o povo judeu a desprezar injustamente os gentios.
A escolha do povo judeu tinha um fim, que era servir de luz para os gentios (Isaías 49.1-6). Os gentios também estavam incluídos na promessa (veja em Is 2.2-4; Amós 9.12; Zacarias 9:7).
Segundo comentário de John D. Davis (‘Dicionário da Bíblia’), a atitude dos hebreus faz lembrar a conduta dos brâmanes indianos que não queriam comer junto com os seus patrícios de classe inferior na sociedade, e ainda muito menos com aqueles que eram desclassificados, ou com os estrangeiros. O apóstolo S. Pedro, instruído pela visão que teve em Jope, rompeu com estas restrições, foi visitar Cornélio, que era gentio e comeu com ele, o que deu motivo a que os cristãos convertidos ao judaísmo se escandalizassem (Atos 10. 28; 11, a partir do versículo 1°).


II. PEDRO, UM XENÓFOBO CONVERTIDO

Xenofobia (do grego ξένος, translit. xénos: "estrangeiro"; e φόβος, translit. phóbos: "medo." é o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas estranhas ao meio daquele que as julga ou que vêm de fora do seu país.
A xenofobia pode manifestar-se de várias formas, envolvendo as relações e percepções do ingroup ou endogrupo em relação ao outgroup ou exogrupo, incluindo o medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades, agressão e desenho de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza.

Podemos identificar em Pedro, um sintoma forte de xenofobia. Talvez a experiência prática o tenha levado a trilhar por esse caminho paralelo ao evangelho de Cristo. Não importa o quantum de experiência tenhamos com dons do Espírito Santo, ou quanto tempo tenhamos de crentes em Cristo, podemos ser extremamente injustos em relação as pessoas que nos cercam, achando que estamos fazendo o correto. Precisamos nos autoavaliar e nos espelhar inteiramente em Jesus. Ele é o modelo!

Qual não foi a surpresa de Pedro na casa de Cornélio ao ver o Espírito Santo descer sobre todos os que estavam no recinto. "E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus."

O Espírito Santo já havia preparado o coração de Pedro para aquela momento! Quando Pedro declara "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas!" (At. 10.34) é porque a barreira transcultural, xenofóbica já havia sofrido um impacto profundo quando da visão recebida no momento em que ele orava em Jope. Confira: At.10.8-19.

III. A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO ENTRE OS GENTIOS.

Na epístola aos Efésios no capítulo 2 e versículos 12-18, o apóstolo Paulo diz: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegaste perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”.

A geopolítica do mundo de então, pode ser compreendida a partir das explicações de Aristóteles, avançadas com as descobertas de Alexandre Magno em seu expansionismo. Para simplificar, o Evangelho (Concebido por Jesus, At. 1.8) sai dos limites de Jerusalém (Ver diáspora dos Judeus), atingindo toda a Judéia e Samaria. Atos 10 e 11, sugerem a conquista do Evangelho no mundo Romano, atingindo o vasto império, compreendido na Ária Menor e redondezas. Áreas onde demarcavam o encontro de várias culturas dentre as quais as principais eram Judeus, Romanos e Gregos.

Isto equivale dizer que existiam a cultura judaica e cultura greco-romana, no mais imediato da análise, porque até aqui não falamos da cultura árabe que é outro mundo complexo. O Evangelho de Cristo é tão forte que vence as barreiras culturais e políticas alcançado o que Paulo considerou escrevendo à Igreja que estava em Colossos: "Que já chegou a vós [o Evangelho], como também está em todo o mundo " (Colossenses 1.6).

CONCLUSÃO

A experiência pessoa de Pedro, advinda dessa lição, é que Deus não faz acepção de pessoas, pelo contrário, "... Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (At.10.34,35).

Outrossim, o Evangelho de Cristo é poderoso para romper barreiras. Não importa o quanto pareça difícil ou até intransponível, Deus em Cristo, sempre nos mostrará estratégias de conquistas porque importa que "Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." (Mt.24.14). Mas, " todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (At.2.21).