ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

ELE VENCEU COMO HOMEM



TEXTO: JOÃO 1.14

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." 

INTRODUÇÃO

A minha motivação para seguir a Cristo não está fundamentada em shows dos que, mercadejando a palavra de Deus, mobilizam multidões, arrastando após si verdadeiros fãs clubes de seguidores fanatizados pelas manobras psicológicas e frases de efeito como se Deus, para manifestar seu Poder, precisasse de "ajudinhas de auditórios". A razão da minha fé é outra. "Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (1 Pedro 3:15).

Olhando um pouco mais atentamente para a Bíblia Sagrada, por entre os evangelhos que descrevem a trajetória e ministério de Jesus, descubro algo, para mim, edificante e realmente motivador: Ele venceu como homem! Sim, a maior vitória de todos os tempos foi realizada na cruz do Calvário por alguém que precisou abrir mão de todo seu poderio para conquistar a nossa salvação eterna.

É por isso que o Apóstolo dos Gentios o classificou: "Jesus Cristo, homem": "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Timóteo 2.5). Isto implica dizer que, para se tornar homem, ele se vestiu da humanidade. Três bases bíblicas me dizem claramente a natureza desse fato: 1) "o verbo se fez carne" - Foi concebido pelo Espírito Santo ("Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.", Mateus 1.18; "Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens", Filipenses 2.7); 2) Como homem, teve o ciclo de desenvolvimento psicossocial comum a seres humanos. Nasceu, desenvolveu-se na infância, pré-adolescência, adolescência e idade adulta, não exatamente seguindo esses conceitos modernos de desenvolvimento, mas essas fases, naturalmente ele as vivenciou. ("E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.", Lucas 2.21). Desenvolveu plenamente a capacidade intelectual ("E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa." Lucas 2:42); o raciocínio lógico ("E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. Lucas 2:46). Ademais, o cotidiano de Nazaré, uma cidade sem expressão em relação às outras da redondeza, era de bastante trabalho para o jovem Jesus, como não poderia ser diferente para o judeu mediano da época; e 3) Como homem ele desenvolveu a capacidade de analisar e interpretar o que é a natureza humana. Ele foi fiel cumpridor da lei (“ Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.", Mateus 5:17; "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" Gálatas 4:4); Ele estava sujeito as mesmas exigências orgânicas e limitações fisiológicas e motoras comuns a seres humanos: sentiu cansaço e fadiga ("E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta." João 4:6; "E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo." Mateus 8:24); fome: ("E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.", Marcos 11:12); ele foi tentado em todos os aspectos: ("Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo". Mateus 4.1; “... um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.", Hebreus 4.15); Tinha sentimentos e emoções fortemente ligados à sua espinhosa missão: ("O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. "  Hebreus 5:7-8. 

Qual a razão de tudo isso? Ele precisava vencer como homem... ("E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.", Hebreus 2:14-15)... Para que a justiça de Deus pudesse ser estendida a cada um de nós ("Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos". Romanos 5:15; "Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante". 1 Coríntios 15:45); "Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos." Romanos 5:19).

CONCLUSÃO

Cristo Jesus, homem, tendo consumado a obra redentora na cruz, nos motiva a perseverarmos na fé ("Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.", Hebreus 12:2). Ele conhece a natureza humana e sabe qual é a nossa estrutura. Ele pode se compadecer dos fracos e convalescentes, dos oprimidos, dos pecadores, porque ele os conheceu e conhece. Ele é capaz de interceder por cada um de nós ("Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.", Hebreus 7.25).

Essa é minha motivação.

João Nunes
Psicólogo e Teólogo




sexta-feira, 6 de abril de 2012

A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO




Lição 2 EBD


[9] Eu, João [Yoshanan, filho de Zebedeu, discípulo amado de Jesus], que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino [Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará. 2 Timóteo 2:12], e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos [A ilha ficava fora da costa da Turquia, prisão para onde eram degredados os considerados inimigos políticos de Roma do Primeiro Século e início do Segundo], por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo [Num período turbulento em que se pregar a palavra de Deus em Roma, sob o domínio de Domiciano* era se expor frontalmente à morte, por essa causa, João havia sido desterrado para uma prisão onde deveria ficar incomunicável].

[10] Eu fui arrebatado [O corpo permaneceu no mesmo lugar em que estava, mas seu espírito elevou-se em visões (1ª Coríntios 15.50)] no Espírito no dia do Senhor [Do grego: en tê kuriakê êmera, Dia singular, dia do Juízo, O julgamento final. Em termos simples, o que os profetas do Antigo Testamento como Ezequiel e Daniel não tiveram viram em sua completude, João teve o privilégio de ver com uma cortina descerrada no céu, clara e objetivamente nesta revelação], e ouvi detrás de mim uma grande voz ["A voz do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de majestade. , como de trombeta, Salmos 29.4; Trovejou desde os céus o SENHOR; e o Altíssimo fez soar a sua voz, 2 Samuel 22.14],

[11] Que dizia: Eu sou o Alfa e o Omega [a voz que João ouviu era o próprio Verbo de Deus, glorificado], o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro [Voz que incumbe a João a missão de escrever descrevendo tudo que ele vê nessa visão], e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia [A revelação tinha endereço certo, às sete igrejas da Ásia, numa primeira perspectiva. Biblistas há que associam aos sete períodos dispensacionais da Igreja de Cristo na Terra, numa segunda perspectiva, esta, por sua vez, é espiritual]: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia [Um tipo ou fase de Igreja preocupante presente nos tempos do fim].

[12] E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro ["Menorot", Candelabros 'de Ouro', Êxodo 25.31-40, que ficavam fora da segunda cortina do Tabernáculo eram peças únicas, feitas de ouro puro, sem mistura nem remendo entre suas ligações];

[13] E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro [A visão real do Cristo glorificado. Suas vestes são a um só tempo de sacerdote (Êxodo 28), Rei e Juíz].

[14] E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca [O ancião de dias, Daniel 7.9-10], como a neve [Realce de linguagem que evoca a pureza do branco, do que habita em santidade], e os seus olhos como chama de fogo;

[15] E os seus pés, semelhantes a latão reluzente [As igrejas da Ásia ficavam dentro dos limites da Próvincia de Roma, portanto, a visão que se tem do Cristo glorificado é mais forte do que o resplendor fugaz, passageiro, com que os imperadores costumavam aparecer. Jesus, aparece como o Grande Conquistador, cheio de glória, força e poder irresistíveis] , como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.

[16] E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios [O Verbo de Deus pronto para julgar]; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

[17] E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último [Um título do próprio Deus, Isaías 48.12];

[18] E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

[19] Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer [Mood destaca que este versículo tem sido tradicionalmente dividido triplamente: "as coisas que viste" (passado), "as que são" (presente referente às sete igrejas do capítulo 2) "e as que depois destas devem acontecer" (restante do livro, ao espectro mais amplo), se bem, pondera: "tal interpretação é inexata já que a mesma palavra meta tauta = depois destas, aparecem nove vezes, cf: 4.1; 7.1; 7.9; 9.12; 15.5; 18.1; 19.1; 20.1];

[20] O mistério das sete estrelas [Assim como as estrelas não possuem luz própria, essas necessitam da luz do Sol da Justiça para brilharem, Malaquias 4.2], que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.
Apocalipse 1:9-20
______________
*Imperador Domiciano: Tito Flávio Domiciano (em latim Titus Flavius Domitianus) imperador romano de 14 de setembro de 81 d.C. até a sua morte a 18 de setembro de 96. As fontes clássicas descrevem-no como um tirano cruel e paranoico, localizando entre os imperadores mais odiados ao comparar a sua vileza com as de Calígula ou Nero. Domiciano acreditava firmemente na religião romana tradicional e dirigiu uma intensa política com o objeto de ressuscitar os antigos costumes e restabelecer a moral romana. A fim de justificar a divina posição da dinastia Flaviana, enfatizou as fictícias conexões com a deidade romana mais importante, Júpiter. Era o ressurgimento do Culto Imperial, razão pela qual, mais uma vez inúmeros cristãos foram mortos das formas mais cruéis possíveis. Uma tradição baseada nos escritos de Eusébio de Cesareia defende que cristãos e judeus foram implacavelmente perseguidos em finais do seu reinado. Os conterrâneos eruditos acreditavam que o livro do Apocalipse foi escrito durante o reinado de Domiciano como reação à intolerância religiosa do imperador.