ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO


Lição 11 / Dia do Pastor - 13 de junho de 2010.
Leitura Bíblica: Jeremias 45.1-5

Texto Áureo: Que a nossa única preocupação seja buscar a glória de Deus...

INTRODUÇÃO

Bem vindos ao menor capítulo do livro do Profeta Jeremias. Ele trata do lamento de Baruque, este que era contemporâneo de Jeremias (600 a.C.) e seu secretário, escriba, porta-voz, companheiro e amigo. Foi Baruque quem escreveu a primeira e a segunda edição do livro que registrava tudo o que Deus havia dito a Jeremias a respeito de Judá, Israel e várias outras nações, desde o 13° ano de Josias (626 a.C.) até o 4° ano de Jeoaquim (609). Jeremias ditava e Baruque escrevia. Foi também ele que leu o livro duas vezes, primeiro para o povo reunido no templo em dia de jejum, e, depois, para um seleto grupo de líderes em lugar mais reservado.

Depois de ter escrito o livro, Baruque teve uma crise e desabafou: “Ai de mim! O Senhor acrescentou tristeza ao meu sofrimento. Estou exausto de tanto gemer, e não encontro descanso” , confira no Jr 45.3 (Fonte: Elben M. Lenz César, 2009).

Lenz realça-nos o fato de que, depois de um trabalho muito importante (colocar num livro tudo o que o Senhor tinha dito até então) e de uma oportunidade maravilhosa (ler o conteúdo do livro duas vezes, uma para o povo e outra, para um grupo selecionado de líderes), Baruque entra numa crise emocional séria, mostrando o lado humano inerente a todos os líderes que exercem ministério na Casa do Senhor. A verdade insofismável é que não somos super-crentes, pelo contrário, somos passíveis de exaustão, de esgotamento físico, mental e espiritual. São inúmeras as armadilhas que se constituem riscos sérios para a vida do que milita na obra ministerial. Dentre todas elas, estão as armadilhas do Ego. Vejamos o texto:

Jeremias 45.1,2 - "A PALAVRA que Jeremias, o profeta, falou a Baruque, filho de Nerias, quando este escrevia, num livro, estas palavras, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque" (...)
O próprio Baruque, na medida que ouvia as palavras do Senhor, sendo pronunciadas pelo profeta Jeremias, as escrevia e constatava que eram acerca dele mesmo. Às vezes, nós que rotineiramente usamos a palavra para ensinar, corrigir, redarguir conforme 2 Tm 3.16, somos pegos de surpresa quando esta mesma palavra se volta a nós, desnundando a nossa realidade e anseios mais profundos. Foi o caso de Baruque. "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12).

Jeremias 45.3 - "Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso".
Quando assumimos responsabilidades no ministério que nos foi confiado por Deus temos o dever de fazer as coisas com excelência, com qualidade. Isto implica em ser pontual, estar sempre preparado, ser constante, prestativo, resiliente e, em resumo, um bom dispenseiro do Reino. Consequentemente, há um desgaste emocional, físico e muitas vezes até espiritual. Enquanto os membros vem, cultuam a Deus e retornam para seus lares sem preocupação com a organização e andamento eficiente dos trabalhos da Igreja, ao líder recai todas essas e demais preocupações.
Era natural e compreensível que alguém como Baruque protestasse ao afirmar que o Senhor acrescentara tristeza a sua dor. Porque parece que havia uma expectativa em relação ao ministério do profeta Jeremias, quem sabe Judá se arrependeria de suas atos reprováveis, então viriam os louros da vitória. Mas não foi isso que aconteceu.

Jeremias 45.4 - "Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra".
A palavra de juízo permanecia e com ela a promessa de Deus. Ele iria destruir tudo o que havia construído e arrancar o que havia plantado. Aquele estado de coisas que já estava com fortes indícios de ruína, ficaria pior.

Jeremias 45.5 - "E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores".
Em face da destruição iminente que se abateria sobre o povo de Judá, ter a vida poupada por Deus, em si, já era a melhor recompensa. Ora, a lógica de Baruque parecia a mesma de Jeremias que fora privado de casar e ter filhos naquela terra. Era uma terra marcada pelo juízo de Deus. E se para Baruque, possíveis expectativas foram frustradas por falta de discernimento dos tempos, ter a vida preservada era o melhor presente, e a maior recompensa.

CONCLUSÃO

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (1 cO 15.58). Consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.18).

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