ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

domingo, 26 de agosto de 2012

A PERDA DOS BENS TERRENOS


Lição 10

TEXTO ÁUREO
 “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).

VERDADE PRÁTICA
 Ainda que percamos todos os nossos bens, continuaremos a desfrutar de nosso bem maior: Cristo Jesus nosso Senhor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 
Livro de Jó 1.13-21.

13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova.
16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 - Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.
18 - Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
20 - Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,
21 - e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.

INTRODUÇÃO


Sem dúvida alguma, a consciência da perda é uma experiência que todos nós passamos desde os primórdios da humanidade e o próprio Jesus preparou o espírito de seus discípulos para eventos duros, de pesar, de dor, que eles haveriam de passar.
Mas o que é a perda? Como podemos nos preparar para esse evento devastador? A Bíblia Sagrada tem todas as respostas de que precisamos para lidar com essa realidade.

A PERDA NA PERSPECTIVA PSICOLÓGICA. As perdas estão presentes na natureza desde o momento em que nossos primeiros pais transgrediram a lei de Deus no Éden (Gênesis 3. 22-24). Mas, especificamente, as perdas humanas, revestem-se de uma importância impar. Toda e qualquer perda humana representa uma ruptura, um rompimento (Eclesiastes 12.6).


Nesse sentido, alguém poderia emocionalmente adoecer diante da perda de bens materiais, ou posição social de destaque, ou até em face de uma aposentadoria, representado a quebra do elo entre a pessoa e o trabalho, como se costuma dizer: “ele começou a morrer quando parou de trabalhar...” Ou a quebra de um relacionamento, uma amizade traída, um fim de casamento, um afastamento do pai em relação a filhos, são exemplos de perda. Há pessoas que são mais vulneráveis que outras diante de situações como essas.

Mas, o tema da morte sempre representou a ruptura mais dolorosa para a maioria esmagadora das pessoas, por ser uma quebra de vínculo irremediável a que todos havemos de passar, exceto os que estiverem vivos no momento do arrebatamento da Igreja (I Tessalonicenses 4. 16-17).

A morte causa dor, comoção, sentimento de impotência diante do que não se pode fazer por quem está às portas da morte, sendo este um ente querido. Ela pode vir sem aviso prévio, violenta como num ataque cardíaco; ou num processo doloroso como numa doença crônica, saber que aquela pessoa vai morrer em breve aumenta o sofrimento de quem acompanha o processo, principalmente se levada em consideração o grau de importância que a pessoa enferma ocupa na vida.

Mesmo com a experiência e o conforto que a pessoa tem na palavra de Deus e na experiência como Cristão, é preciso desenvolver um processo mental conhecido como elaboração do luto, antes da pessoa querida morrer, como forma de criar as condições mentais de manutenção do equilíbrio emocional. Do contrário, a pessoa susceptível pode desenvolver um quadro de depressão, ou outros tipos próprios do “morrer psicológico”.

Quando a pessoa, orientada por um psicólogo, terapeuta, ou um pastor experiente e capaz, desenvolve a elaboração do luto os resultados da experiência da perda são traduzidos pelo alívio ou supressão dos sintomas dolorosos de pesar; mudanças em relação a perturbações próprias da situação; melhor desempenho na adaptação à nova situação.

Nesse processo existe a recuperação, elevação ou regulação da auto-estima e atualização da consciência no sentido de que se percebe que a perda do ente querido de processou, mas que é necessário dar continuidade a vida e se cercar mais afetivamente das pessoas que nos amam e, também, precisam de nossa atenção, carinho e afeto. 

CONCLUSÃO




domingo, 19 de agosto de 2012

A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS



Lição 09
TEXTO ÁUREO: "Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comeras do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem" (SI 128.1,2). O salmista situa a condição do perfeito equilíbrio daquele que tema ao Senhor e o pleno gozo do usufruto do que resulta essa condição:"feliz serás e tudo ti irá bem".

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 6.7-1 2


7 - Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Jó (1.21) tinha essa mesma visão: "nú saí do ventre de minha mãe e para lá voltarei..." Embora tendo sido o mais rico do oriente, sabia que a riqueza material é um juntar constante não eternamente para si. Jesus disse que mais importante do que ser rico materialmente é sê-lo para Deus (Lc. 12.21).
8 - Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Por esse versículo observamos como a vida dos tempos apostólicos era descrita em termos extremamente simples, a ponto de apenas o mantimento e a roupa representarem o essencial para se viver. A palavra que deve ser destacada aqui é: contentamento. Contentar-se com o que Deus deu, e Ele dá em boa medida para ser feliz.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína, [observe a expressão "os que querem ser" uma noção clara da cobiça condenada por Tiago 4.2: "Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes".]
10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Quem ama o dinheiro se dá a usura, a avareza a mesquinhez. Mas, nada é mais grave do que o falso sentimento de onipotência que o dinheiro produz na pessoa. Esse sentimento é laço do Diabo para afastar da fé e fazer caminhar para uma terrível destruição.
11 - Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Contudo, ao homem de Deus não convém essas coisas.
12 - Milita a boa milícia da fé [os vícios desta vida são verdadeiros estímulos que atraem para o erro, é por isso que o texto fala de milícia, de luta, de confronto. Esses estímulos são anulados pela fé], toma posse da vida eterna [Eis aqui a verdadeira riqueza], para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.

I. INTRODUÇÃO

A angústia pode ter origem em vários fatores internos e externos. Quando sentimos aquele aperto no coração, insônia, pertubação, dificuldade de concentração e outros tipos de sintomas, isso é angústia. A própria vida em sociedade é uma fonte constante de angústia. As relações pessoais nos fazem sofrer constantemente. Porém, a lição da Escola deste domingo nos faz refletir sobre o problema clássico da vida moderna: as dívidas.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou a recente pesquisa que aponta o seguinte quadro: uma em cada três famílias está com as contas atrasadas. O valor médio das dívidas gira em torno de R$ 4,5 mil. Menor do que em junho, mas 7% acima do registrado em julho de 2011. O Jornal Correio do Estado (Edição digital) aponta que as dívidas do brasileiro comprometem 42% da renda e o valor médio era de R$ 4,5 mil. Menor do que em junho, mas 7% acima do registrado em julho de 2011.

Por que é importante tratar desse assunto na Igreja? Porque as dívidas tiram a paz, geram angústia e sofrimento. O âmago desse assunto não se aplica apenas aos que "querem ser ricos" como que essa fosse a razão do endividamento. 

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. A Administração financeira nos fornece uma visão clara e objetiva dos recursos que podemos dispor para adquirir, saldar, financiar, investir, economizar. E o passo inicial da administração financeira começa com uma palavra básica: análise. "Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?" Lucas 14.28. Esse texto mostra que Jesus ensinou o valor de analisar as condições e o limite das possibilidades.

Analisar, segundo o Aurélio (2011) é decompor os elementos constituintes do todo em partes. Uma dona de casa faz isso constantemente. Ela sabe a quantidade de ingredientes do jantar para cinco, seis, oito pessoas. Quanto vamos atravessar uma avenida movimentada, temos a noção precisa de quando atravessar com segurança levando em consideração o deslocamento do veículo mais próximo, a extensão da rua e a velocidade que deve imprimir para chegar do outro lado. No âmbito financeiro, temos o salário do mês, e ele deve ser objeto de análise segura, se quisermos viver uma vida livre do tormento das dívidas.

Atualmente, dada a importância da administração financeira em todos os níveis, grandes empresas e corporações prestam consultorias nessa área, algumas gratuitas, por entenderem que a economia de uma nação está ligada ao que fazemos com nosso dinheiro a começar pelos gastos rotineiros em nossos lares. Essas consultorias convergem para a seguinte conclusão: compras devem ser racionalizadas de modo a considerar todos os aspectos envolventes: compras no cartão a longo prazo, juros, prestações, financiamento, etc., priorizando a compra à vista como regra básica para o equilíbrio. Considerado o conjunto desses fatores, aí podemos abraçar o texto no qual o salmista diz: "Quem faz isto nunca será abalado", Salmos 15.5.

CONCLUSÃO

Para a nossa felicidade a Igreja Assembléia de Deus no Brasil hoje aborda uma temática que durante muito tempo negligenciou: a administração financeira. No mundo moderno a dona de casa, o pai de família precisa se apropriar desses conceitos. São bíblicos e infalíveis na prevenção e defesa da harmonia no lar, na igreja, no trabalho e por extensão na sociedade.

Dinheiro é bom, mas perigoso. Deve ser domado e domesticado como um leão feroz que quer nos destruir. De parabéns a Escola Bíblia Dominical pela abordagem madura e precisa desse assunto.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A REBELDIA DOS FILHOS


Lição 08 


TEXTO ÁUREO
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). A Nova Versão Internacional diz "educa o menino". O ato de educar em si implica disciplina. Uma vida disciplinada, construída com amor certamente trilhará o caminho certo e mesmo na velhice, não se desviará desse caminho.

VERDADE PRÁTICA
Os pais que negligenciam a educação dos filhos, estão cometendo grave pecado diante de Deus. A rebeldia dos filhos encontra explicação, com raras exceções, na forma como eles são educados. A postura dos pais modelam o comportamento dos filhos para melhor ou para pior.

TEXTO BÍBLICO: 1 Samuel 2.12-14,17,22-25


Versículo 12: "Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial [são descritos como filhos da impiedade, inclinados à desordem e desumanidade]; não conheciam ao SENHOR [uma declaração tácita de que, embora atuassem como sacerdotes (Hb. 7.5) faziam questão de desonrarem a Deus com suas atitudes e corações obstinados]".  

Versículo 13-14: "Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo [retrata um contínuo de ações que envergonhavam a ordem sacerdotal, demonstrando abuso de autoridade e vida promíscua, irresponsável] era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão; E enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si [tiravam a primazia devida a Deus para usufruto próprio, dando expansão à toda sorte de carnalidade sob o véu da autoridade sacerdotal]; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.

Os versículos 15 e 16, respectivamente, denunciam um comportamento glutão, do tipo que se apropria dos manjares com avidez voraz

Versículo 17: "Era, pois, muito grande o pecado [na lista das abominações   se destacam a imoralidade sexual praticada por eles, cf. ver. 22, a violência, cf. ver. 16 e demais transgressões, pelo que o Senhor os queria matar, cf. 25] destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR [de tanto presenciarem a impiedade dos filhos de Eli, o povo, gradativamente, foi deixando de adorar a Deus em Siló]." 

INTRODUÇÃO


Criar filhos não é tarefa fácil. Mas, de uma coisa tenho certeza. É bem menos complicado entende-los hoje que nos antigos tempos. Com Philippe Ariès¹, aprendemos que a criança não é uma espécie de adulto miniaturizado como era vista até a Idade Média, a criança começa com a fase que se convencionou chamar de infância. Com Freud e Winnicott descobrimos algo mais ligado ao mundo interno da criança, Anna Freud² segue nessa mesma direção psicanalítica, o mundo psíquico que envolve os impulsos da sexualidade, com Pavlov aprendemos que o comportamento pode ser moldado. E o que dizer de Piaget e tantos outros? 

Qualquer educador cristão, consciente de sua responsabilidade, não pode ignorar a contribuição desses teóricos. Contudo, a Bíblia permanece atual e plenamente aplicável seja em que época for, à educação dos filhos.

I – A DISCIPLINA EVITA A REBELDIA


É provável que a rebeldia dos filhos de Eli seja produto de uma educação permissiva, aquela em que os pais não estabelecem limites. Por pertencer a uma ordem sacerdotal, uma posição especial, Eli como pai deveria desde cedo ter inculcado em suas mentes a Lei do Senhor (Cf. Dt. 6. 2; 7) e os testemunhos do Senhor (Sl. 78.4).

Disciplinar, implica muitas vezes na necessidade de corrigir uma eventual desobediência dos filhos com o castigo (Pv. 19.18; 29.17). Quando olhamos para o texto de Provérbios 13.24, parece não soar harmonicamente com os ideais da pós-modernidade. "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga." Como é? "fazer uso da vara"? Claro, quando a Bíblia fala em "vara", em "castigo" em relação a pais e filhos certamente não está se referindo a agressão desmedida, a atos desumanos e condenáveis pelo próprio Deus. Mas sim, a uma medida de correção dosada, cuidadosa.

Muito discutido o Projeto de Lei nº 7672/10, de autoria da Deputada Teresa Surita (PMDB-RR), que se tornou conhecida como a Lei da Palmada, trazia no texto original claro teor incriminatório a qualquer tipo de castigo dado à criança. Era na verdade uma emenda ao ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente que coloca em pé de igualdade todos os atos de castigo dos pais aos filhos, associando-os aos atos agressivos e desumanos como um todo. Dando caráter punível aos pais, estes não poderiam exemplar seus filhos, mesmo através de atos mais comuns como uma simples palmada.

Isso gerou uma avalanche de debates, mas por força das pressões representativas evangélicas das Igrejas mais do que pela Bancada na Câmara e no Senado como deveria, de fato, acontecer, esse PL, após percorrer as principais comissões e receber, inclusive parecer favorável pela aprovação, teve o texto modificado em sua essência no artigo 18, alínea A “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos res-ponsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los."

Sendo que no Parágrafo único, o legislador fez questão, sem rodeios, de dizer-nos que o é considerado castigo: "I – castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou ao adolescente.

O que a Bíblia chama de castigo que deve ser administrado ao filho desobediente, quando todas as chances de diálogo se esgotam, é fazê-lo sentir dor momentânea, sem quaisquer excessos, sem marcas, sem sofrimento. Nós adultos, como filhos de Deus somos tratados assim, quando necessário: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." (Ap. 3.19). Importante conferir Hebreus 12.5-6. De igual modo, devem os pais, disciplinar os filhos com amor e ternura para produzir cidadãos e cidadãs de bem em nossa sociedade.

II – FILHOS REBELDES


Todos pais devem partir da seguinte indagação: qual a causa da rebeldia? Toda rebeldia tem uma origem. Se os pais assumem comportamentos desajustados, os filhos provavelmente serão. Se os pais optam por criar os filhos de forma permissiva, sem educá-los quantos aos limites, obviamente eles terão sérias dificuldades em lidar com o mundo real, com os direitos individuas e coletivos.

Porém, onde está o erro, quando os pais buscam educar os filhos no temor do Senhor, conduzindo-os à igreja, dando o bom exemplo e mesmo assim eles assumem comportamentos inadequados? Quando acontece isso, a análise deve ser feita de maneira multifatorial, isto é, a raiz do problema pode estar numa única explicação, ou em várias. Por exemplo, determinado filho pode sofrer de hiperatividade e desencadear um comportamento típico do TDAH - Transtorno de Défict de Atenção. Ou, como frequentemente acontece, o filho ou filha pode ter sido vítima de abuso sexual e, dependendo do grau de comprometimento psicológico, pode desenvolver um quadro de rebeldia, dentro do conjunto de sintomas.  

E isso pode acontecer no lar genuinamente cristão? Claro que sim. Enquanto estivermos no mundo estaremos passiveis de sofrer tudo que acontece a qualquer pessoa. Alguém pode até negar esse fato, até lhe acontecer algo semelhante ou pior. O diferencial é estarmos firmados em Cristo para superar todas essas coisas (Rm. 8.37).

III – O QUE FAZER DIANTE DA REBELDIA DE UM FILHO


Achei importante o comentário da sessão 'Dinâmica do Reino' da Bíblia Plenitude (Provérbios 13.24) ao afirmar que "a disciplina é o outro lado do ensino. Uma criança com espírito de aprendizagem precisa de muitas explicações, muita paciência e oportunidades para tentar e experimentar, incluindo o direito de falhar e aprender através dos erros. Mas uma criança que é pega em desobediência voluntária (Pv. 29.15), rebeldia (1 Sm. 15.23) ou insensatez obstinada (Pv. 22.15), impede a eficácia do ensino e desfaz a harmonia da família. A resposta de Deus a isso é uma disciplina firma e amorosa".

A Bíblia faz clara distinção entre disciplina e abuso físico. A disciplina pode ser dolorosa, mas não é prejudicial. Nunca deveríamos causar dano a uma criança (Pv. 23.13), mas às vezes, a dor pode ser parte da correção eficaz. Deus descreve a si mesmo como um disciplinador severo. Embora ele nos discipline sempre por amor e para o nosso próprio benefício, a sua correção pode nos causar dor (Hb. 12.5-11). Da mesma forma, Deus requer que os pais corrijam adequadamente os seus filhos. Até mesmo o destino eterno de uma criança pode depender da disciplina piedosa estabelecida pelos pais.

Contudo, a regra áurea da qual não podemos fugir, na criação dos filhos é: 1) criá-los num ambiente de diálogos abertos e francos. Exercitá-los no jogo de exposição das razões, e estas devem ser verdadeiras. Não basta dizer ao filho ansioso com aquela caixa de brinquedo na mão que simplesmente não vai comprá-lo e pronto. É preciso explicar amorosamente, demonstrando atenção, o porquê não pode comprar, aproveitando para dar uma aula sobre economia doméstica. Conquiste pelo diálogo e nunca precisará recorrer às palmadas. A doutrina que filho só aprende apanhando é do diabo! 2) vencidas todas as tentativas de diálogo, diante da desobediência, e não de um simples erro, os pais, com toda a sensatez e amor, executa as palmadas dando ciência do porquê daquele castigo. 

CONCLUSÃO


Imagine uma reta seguida de três pontos. No primeiro ponto da extremidade está o tipo de criação permissiva, aquela que não impões limites. A outra ponta da extremidade representa o tipo de criação autocrática, na qual os pais são inflexíveis. E o ponto do meio, representa o tipo de criação equilibrada, aquela que conduz a criação na base do diálogo, da compreensão, da disciplina corretiva, como último recurso. Pitágoras, um pensador grego, afirmou certa vez: "educai as crianças para que não seja necessário punir adultos." 

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___________
¹Ariès, Philippe in História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981; ². Freud, Sigmund; Anna Freud, Winnicott, teóricos psicanalíticos. O primeiro é considerado o pai da psicanálise, a psicologia profunda que investiga os fenômenos do inconsciente. Pavlov, visiologia russo que estudou o comportamento numa perspectiva de estimulo e resposta, modelagem etc.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR

TEXTO ÁUREO: I Pe. 3.1  
"Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher." (Versão NVI)

LEITURA BÍBLICA: I Co. 7.12-16

I. INTRODUÇÃO

O ideal Bíblico é que o lar seja integralmente composto por membros comunicantes da mesma fé, da comunhão em Cristo Jesus. Como membro da Igreja, poderia suavizar essa exposição afirmando que o lar cristão é um céu aqui na terra; mas, como psicólogo, assumo o risco de fugir dessa tendência para destacar que tanto o lar do não-crente como o lar do crente, os problemas de relacionamento sempre existirão. Estresse, contas à pagar, filhos para educar, trabalhos para administrar, e a relação conjugal para se conduzir com muito cuidado.

É claro que, no transcurso de nossa trajetória, nós construímos o tipo de cama na qual vamos dormir e o tamanho do lençol com o qual iremos nos cobrir (Isaías 28.20). Isto me referindo as escolhas que fazemos. Se alguém resolve se envolver com uma pessoa incrédula, estreitam-se os laços e se casam ou vivem maritalmente, conhecendo a palavra de Deus, o resultado dessa relação tende a convergir para incompatibilidades penosas, duras de suportar muitas vezes; mas essa pessoa, achegando-se Deus para Serví-lo com integridade de coração, deve suporta toda essa situação. Não apenas isso, mas conquistar o (a) cônjuge pregando "sem palavras" (I Pedro 3.1), através de um procedimento fiel.

Posturas no lar não condizentes com a palavra de Deus: 1) contrariar o marido crente ou incrédulo sob pretexto de colocar Deus em primeiro lugar. É um engano recorrente. A Bíblia diz: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor..." (Efésios 5.22); 2) cultivar um ambiente de intensas discussões. A Bíblia põe a mulher cristã como exemplo para servir de modelo: "Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos" (Tito 2.4); 3) convém a mulher se conduzir com prudência num lar dividido entre crentes e não-crentes. "A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente." (Provérbios 19.14).

Observei num culto repleto de pessoas, um casal bastante jovem sentado num dos bancos próximos da área central da igreja; ele não cessava de beijar-lhe as mãos a cada minuto que passava. Uma conduta que, a vista dos menos experientes denotava amor. Puro engano. Amor é um sentimento profundo, terno, respeitável, de entranhável afeto, algo que não se traduz em - como diria um sertanejo - "pantim" e jogos de encenação. Já conheci casais que na Igreja se tratam por "môzim" e "filhinho", "filhinha", mas que fora daquele contexto se digladiam, agridem-se mutuamente. Deus abomina uma vida de encenação. Mas ama a sinceridade, a verdade.

A Bíblia nunca se preocupou em apresentar lares cristãos acima de qualquer suspeita, pelo contrário, ela pinta sem retoques lares de homens e mulheres de Deus marcados por conflitos familiares, mas que, na dependência de Deus essas imperfeições são combustíveis para manter acesa a chama do amor. 

Valorize sua família, não se permita jamais desprezá-la, conduza-a ao Senhor em demonstração de obediência a palavra de Deus e você descobrirá um tesouro inestimável.


CONCLUSÃO

O lar cristão, cheio de imperfeições representa o ambiente perfeito para exercitar o amor de Cristo derramado em nossos corações. Não podemos alimentar uma vida de fingimentos e encenações como se o nosso lar fosse o modelo de perfeição. Capa pessoa é um universo, cada mente é um poço profundo, precisamos administrar nossos sentimentos e emoções, desenvolver a misericórdia através da tolerância, da aceitação incondicional.

sábado, 4 de agosto de 2012

DESPENSA VAZIA

Lição 06
TEXTO ÁUREO: "Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão." Salmos 37:25.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Rs 4.1-7.

INTRODUÇÃO: 

O mundo da Pós-Modernidade chegou anunciando um tempo de profundas mudanças no pensamento e comportamento humanos. Nesse, particular, temos que admitir que o pensamento teológico também mudou de tal forma que se torna difícil, mesmo para as denominações tradicionais, barrar certas tendências. Antes era comum identificar algum pensamento associando-o à denominação, hoje, já é mais complicado. 

Para ser mais claro, pensar o cristão fiel, cumpridor de seus deveres, ativo na obra de Deus passando necessidades é assunto inaceitável para a teologia da prosperidade. Isto porque, justificam, o crente fiel não passa por esses tipos de situações próprias do infiel.

Quando se analisa a Bíblia se descobre um Deus da provisão (Jeová Jiré), mas como descobrir a essência dessa provisão senão pela experiência das necessidades? "E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (Salmos 50.15).

O psicólogo comportamental Abraham Maslow (1908-1970) teorizou sobre a hierarquia das necessidades humanas idealizando uma pirâmide na qual a base representa as necessidades fisiológicas como alimentação, reprodução, abrigo, entre outras; em seguida, as necessidades de segurança. Estas podendo ser segurança física, segurança financeira, saúde, bem-estar etc. Destaca-se também as necessidades de associação, por exemplo, criar vínculos de amizade é uma necessidade; as necessidades de estima representada pelo desejo humano de ser aceito e valorizado. E, por último, no topo da pirâmide, as necessidades de auto-realização, ou seja, o sentido que representa o potencial máximo do ser. Para chegar aqui, é necessário ter satisfeitas todas as demais necessidades. Esse seria o ideal de pessoa plena, realizada. 

No entanto, a Bíblia diz mostra através de inúmeros textos que a alma do homem nunca se farta, quanto mais tem, mas aquilo que se constituía numa ausência de prazer passa a perder o significado para uma nova necessidade e a pessoa muitas vezes perde a visão do que realmente pode lhe fazer feliz. Foi nesse contexto que Jesus repreendeu o rico insensato: "E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" Lucas 12:18-20.

Psicologicamente a natureza humana persegue um alvo com simbolo máximo de seu desejo, quando adquire-o, novas necessidades tornam a reproduzir o mesmo vazio anterior. Por que? A nossa plenitude, o sentimento de completude de todas as lacunas só pode vir de Deus que é a fonte da eterna felicidade.

O salmista Davi, aquele mesmo que precisou comer o pão da proposição (1 Samuel 21.6) que não lhe era devido, mas a necessidade imperava, cantou a Deus respaldado por toda sua experiência: "Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi um justo desamparado!", porque Deus cuida de cada um dos seus. A existência de um necessidade servirá apenas para glorificar o Seu santo nome e contemplar que Deus é Deus de milagres. 

Recomendo a leitura da postagem: NADA ALÉM DE UMA BOTIJA DE AZEITE