ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sábado, 26 de maio de 2012

A IGREJA DE LAODICÉIA



TEXTO: Apocalipse 3. 14-22.

I. INTRODUÇÃO:

Dentre as setes igrejas para as quais fora endereçada a mensagem de JESUS por intermédio de João (Ap. 1.1-2), Laudicéia se destaca negativamente como, para quem admite uma interpretação dispensacionista, o modelo de igreja dos tempos do fim. É o tipo de igreja marcada pelo intenso ativismo urbano do mundo moderno, o mundo do flash, da relação superficial e mercantil, da coisificação do ser, do distanciamento do Deus vivo e verdadeiro.

Não sem razão que Paulo trabalhou arduamente pela igreja Colossos, e principalmente pela de Laudicéia: "Porque quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia", Colossenses 2:1. O apóstolo se preocupou com ênfase especial na base doutrinária de Laidicéia, tendo escrito uma carta que deveria circular por aquela igreja, e o mesmo conteúdo deveria ser lido em Colossos também (Cl. 4.16). 

As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade vinha, via aquedutos, das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam.

II. CARACTERÍSTICAS DE LAODICÉIA

A igreja de Laodicéia absorveu o modelo do sistema mundano de viver. "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."
(1 João 2:15-17).

2.1 Falsa comunhão

Tem-se comunhão quando se cristaliza uma identidade comum aos membros de determinada grei (Atos 2.42; 1 João 1.7). A mensagem é Cristocentrica, direta, objetiva, sem rodeios, sem amarras: "Salvai-vos desta geração perversa." (Atos 2:40).

A verdadeira comunhão gera em nossos corações o sentimento de interdependência, não importando o status social ou outra qualquer diferenciação. "Eu preciso de você, você precisa de mim, nós precisamos de Cristo até o fim, sem parar, sem vacilar..."

Os crentes laodicenses se ufanavam atolados em seus próprios egocentrismos excentricos. "Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta", Apocalipse 3:17. É um sentimento materialista e egoísta. Autosuciencia foi a mentira mais bem elaborada de Satanás para nos distanciar de Deus. Às vezes ajudas substanciais de gente que pensa assim, são aceitas com louvores nas igrejas, porque no momento é mais fácil dobrar-se a valores do que ao tipo de pessoa que contribui. Isso tem feito calar a boca de muitos profetas que não podem mais pregar a genuína palavra de Deus nem tocar em determinados assuntos nos púlpitos!

2.2 Falsa adoração

Os crentes laodicenses se julgavam tão autosuficientes que a doração ao Senhor era sufocada pela conduta mundana claramente expressa. Eles não sabiam, mas estavam pobres, cegos e nus espiritualmente. Vidas ocas, sem conteúdo.

O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas. Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de auto-suficiência, perigosíssima num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).
 Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).

CONCLUSÃO

Jesus Cristo se apresenta nesta e nas outras cartas de Apocalipse como o modelo para qualquer pessoa que queira alcansar a vitória sobre o mal, a tentação e a apatia comum nesses últimos dias.

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono: Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas".
(Apocalipse 3:22).

terça-feira, 22 de maio de 2012

NÓS SOMOS CARTA DE CRISTO

TEXTO: 2 Coríntios 3.2
"Vós sóis a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens..."

INTRODUÇÃO

O apostólo Paulo, ao escrever à Igreja que estava na cidade de Corinto, declarou "vóis sóis a nossa carta". A primeira impressão é de que "eles", os integrantes daquela igreja eram portadores das credenciais legadas pelo apostólo. A figura bem empregada de uma 'carta' implica que esta tem como função primordial transmitir uma mensagem. Não há carta sem conteúdo. A regra básica que justifica a existência da carta implica na clareza e objetividade da mensagem, ou seja, o teor que ele se presta a transmitir. Uma carta permite ao leitor atento, ler o explícito ao mesmo tempo interpretar o implícito nas entrelinhas da mensagem. De uma forma ou de outra, Paulo queria que eles se conscientizassem de que, como carta, estariam abertas as várias possibilidades de leitura. Mas que eles não seriam cartas comuns. O versículo 3 diz que eles são "manifestos como carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo (...)".

Outra impressão interessante é que, nessa linha de pensamento o texto  deixa claro que o teor da carta é "conhecida e lida por todos os homens" (v. 2). Ora, a pregação do evangelho de Cristo pode se processar ou não, dependendo da disposição de quem sai a evagelizar. Mas a carta conhecida e lida por todos os homens certamente é algo que vai além do verbalizar, de pregar a palavra para quem quiser ouvir. A carta escrita e lida é a nossa própria vida expressa e ofuscante, sem margens para nebulosidades, nem dubiedade. É a vida transparente, testificante e, por isso mesmo, comunicante.

Ao frisar que o teor da carta não foi escrito com tinta em tábuas de pedra, mas sim, em tábuas de carne em nosso próprio coração, o apostólo deixa claro que essa leitura só é válida a partir do ponto zero. É possível zerar a vida mesmo tendo experienciado fatos, pessoas e situações desconcertantes? A bíblia afirmar que sim, mesmo em face de contestações! "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já se passaram, eis que tudo se fez novo" (2 Co. 5.17); "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito, por que a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus me livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.1-2); "Mas, se andarmos na luz, como Deus na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1.7).

O teor da carta parece ser mais impactante na vida do mais vil pecador, do que na vida do "certinho de mais" que nunca se deviou. Talvez seja por isso que há um ponto zero a partir do qual passamos a ser carta de Cristo e o mundo que ficou para trás é página rasgada de nossa história. Mas, é preciso cuidado: "Convém atentarmos diligentemente para as coisas que ouvimos para que em tempo algum nos desviemos dela" (Hebreus 2.1). O versículo seguinte de segundo capítulo aos Hebreus indaga: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?".

O rigor punitivo da palavra de Deus àqueles que brincam com as coisas espirituais se traduz no fato de que em Cristo temos liberdade, mas essa grande liberdade tras consigo grande responsabilidade. Este é o verdeiro teor contido na carta que somos nós, conhecida e lida por todos os homens.