ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A CONVERSÃO DE PAULO

Gostaria de, com a graça de Deus, poder avançar um pouco mais para além daquilo que já está bastante claro no texto de Atos 9 e esclarecer um ponto importante da vida do Apóstolo dos Gentios.

Em resumo, Saulo de Tarso, cidade não insignificante,província da Cilícia ERA SAULUS (Nome dado pelos pais fariseus em homenagem ao primeiro rei de Israel, AO MESMO TEMPO PAULUS (Nome registrado em seu título de cidadão romano). Sobre isto, o mesmo tribuno militar em Jerusalém a quem Paulo se apresentou como um judeu de Tarso, ficou surpreso, ao ser informado, mais tarde, que Paulo também era cidadão romano. “Dize-me”, ele perguntou a Paulo: “És tu [cidadão] romano?” Quando Paulo respondeu: “Sou”, o tribuno continuou: “A mim me custou grande soma de dinheiro este título de cidadão”. “Pois eu”, redargüiu Paulo, “o tenho por direito de nascimento” (At. 22.27s).

Com isto, quero reafirmar que não são duas pessoas, ou uma que se transformou noutra. Trata-se da mesma pessoa. Paulo, o Apóstolo. Há inúmeros cristãos que foram condicionados até por hino da Harpa Cristã que Saulo foi transformado em Paulo por obra do Espírito Santo, quando na verdade, Deus, por meio de Jesus, através do Espírito Santo transformou radicalmente o carater de Paulo, não o nome.

Nota geopolítica:

A Cilícia, território que margeava o Mediterrâneo no sudeste da Ásia Menor, abrangia duas regiões bem diferentes. Havia a planície fértil no leste chamada de Cilícia Pedias, entre as montanhas Tauro e o mar; a rota de comércio da Síria para a Ásia Menor passava por ela, atravessando o monte Amano pelas Portas Sírias e cruzando a cadeia de montanhas do Tauro, pelas Portas da Cilícia, para o centro da Ásia Menor. A oeste destas ficava a região costeira montanhosa da Cilícia Tracheia (Cilícia acidentada), onde a cadeia de Tauro desce para o mar.

A contribuição mais destacada de Paulo ao mundo, porém, foi sua apresentação das boas novas da graça gratuita – como ele mesmo teria dito (corretamente), sua re-apresentação das boas novas explícitas no ensino de Jesus e corporificadas em sua vida e obra. A graça de Deus que Paulo proclamou é livre e gratuita em mais de um sentido: livre, no sentido em que é soberana e desimpedida; gratuita, no sentido de que é oferecida às pessoas, para ser aceita apenas pela fé, e livre no sentido de que é fonte e princípio de libertação delas de todo tipo de servidão interior e espiritual, incluindo a servidão do legalismo e a servidão da anarquia moral.

O Deus cuja graça Paulo proclamou, é o único que faz milagres. Ele cria o universo do nada; chama mortos de volta à vida; justifica o ímpio. Este terceiro é o maior milagre de todos: criação e ressurreição correspondem ao poder do Deus vivo e vivificador, mas a justificação do ímpio é, à primeira vista, uma contradição do caráter justo de Deus, o juiz de toda a terra, que, em suas próprias palavras, “não justificarei o ímpio” (Ex 23.7). Porém a qualidade da graça divina é tal que, no próprio gesto de estendê-la aos que não a merecem, Deus demonstra que Ele mesmo é “justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26).

O conceito que Paulo tem de Deus, está completamente alinhado com o ensino de Jesus. O Deus que, em parábola após parábola, perdoa gratuitamente o pecador ou recebe o pródigo que retorna, não exerce a qualidade da misericórdia à custa da sua justiça: ele continua sendo o Deus coerente do qual a própria coerência é a razão de pecadores “não serem consumidos” (Ml 3.6); ou aquele que, nas palavras de outro profeta do Antigo Testamento, “não retém a sua ira par sempre, porque tem prazer na misericórdia” (Mq 7.18).

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

QUANDO A IGREJA DE DEUS É PERSEGUIDA

Lição 07
TEXTO ÁUREO: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." (Mateus 5.11)

VERDADE PRÁTICA
Apesar das perseguições contra a igreja de CRISTO, o evangelho torna-se, a cada dia, mais universal e influente. Nenhuma perseguição haverá de deter o avanço da igreja.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 8.1-8.

1 - E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersas pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. 2 - E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. 3 - E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os I encerrava na prisão. 4 - Mas os que andavam dispersas iam por toda parte anunciando a palavra. 5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, Ihes pregava a CRISTO. 6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, 7 - pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. 8 - E havia grande alegria naquela cidade.

Este breve parágrafo termina. a história de Estêvão ao mencionar o seu enterro, mas, sobretudo, prepara o caminho para o desenvolvimento da narrativa ao indicar como a morte de Estêvão levou à dispersão dos cristãos e à conseqüente divulgação do evangelho "(8:4-40; 11 :19-30); e, também, ao sublinhar o nome de Saulo, o perseguidor da igreja, prepara os leitores para a maravilha de sua reviravolta (9 :1-31). As várias lições vinculam-se de modo não muito estreito: os eventos no v. 2 provavelmente antecederam os do v. 1', e o v. 3 é realmente uma expansão do v. 1, talvez deliberadamente retido para fazer forte contraste com o v. 2.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA

Lição 6.

A lição CPAD deste domingo versa sobre a importância da disciplina na Igreja com base no texto de Atos dos Apóstolos, capítulo 5.1-11. O enunciado bíblico mostra um episódio acontecido no início da Igreja. Um homem que se tornou importante discípulo, por nome Barnabé, vendeu sua propriedade e trazendo o dinheiro, depositou-o aos pés dos apóstolos. Isso não foi, nem nunca será base doutrinária focada nos recursos das pessoas, como se Deus fosse um explorador de almas. Mas, pelo mover do Espírito Santo, as pessoas se desprendiam daquilo que era seu e dividiam entre eles, segundo as suas necessidades. "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns" (At 4.32).

No mesmo capítulo 4, versículos 36 e 37, há o registro de José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que traduzido quer dizer "filho da consolação". Ele, que era levita, morador da cidade de Chipre, vendeu sua propriedade, trouxe o dinheiro e depositou aos pés dos apóstolos. Esse ato deve ter sido impressionante a vista de todos. Barnabé, talvez já havia dado demonstrações generosas de seu espírito solidário a ponto de os apóstolos passarem a chamá-lo de "filho da consolação". O apóstolo Paulo, tempos mais tarde asseverou: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At. 20.35).

Logo, não demorou muito para que a atenção dos holofotes se voltasse para Barnabé. Não digo aqui que ele se tornou famoso ou que precisasse de holofotes para ser aceito. Mas quando alguém se levanta na Igreja sendo generoso demais, os olhos de todos se voltam para tal pessoa. Nesse caso, os olhos de Ananias. O texto do capítulo 5 inicia com um tom de estranheza ao referir-se a um "certo homem chamado Ananias". O que pode indicar que o tal não era alguém influente entre os apóstolos. Ele com sua mulher Safira, venderam uma propriedade.

Desse ponto em diante vemos claramente o espírito do secularismo já atuando na Igreja recém inaugurada por Jesus. O secularismo se preocupa com apresentações pomposas, é afeita as impressões pessoais, quer estar no centro das atenções. E os ingredientes do secularismo são conhecidos, a mentira, a simulação, o engano, tudo para alimentar as aparências.

Ele reteve parte do dinheiro e trouxe aos apóstolos com ares de quem estava entregando tudo que tinha, talvez para ter a mesma notoriedade que teve Barnabé.

"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram" (At. 5.3-5).

A esposa de Ananias, sentindo sua falta, tendo decorrido um espaço de quase três horas, veio com o mesmo argumento que seu marido. E teve o mesmo fim. Caiu morta diante de todos.