ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

sábado, 11 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO














Texto Áureo: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto" (Salmos 51.10)

Verdade Prática: Um espírito quebrantado em oração é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.

Leitura Bíblica em Classe: Salmos 51.1-13.

Autoria. (Ano possível 992 a 991, há 1018 anos passados, ref. 2010) O texto do salmo 51 é atribuído a Davi, tendo-se como base o momento posterior ao encontro do Profeta Natã (1 Sm 11 e 12). Este, expôs todo o mal que Davi havia cometido. Num ato penitente, Davi evoca não a justiça de Deus, cabível ao ato, mas a misericórdia.

Gênero Literário. Esse tipo de salmo, comum no seu conjunto, pode ser classificado como um salmo penitencial. A penitência, compreendida como uma disposição mental que - em face de uma penalidade pré-anunciada - o infrator volve-se para seu Senhor com coração arrependido pela falta cometida, contrito e humilhado suplica pelo perdão.

Texto. (Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel) Versículo 1: "[Salmo de Davi para o músico-mor, quando o profeta Natã veio a ele, depois dele ter possuído a Bate-Seba] Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.

Observemos que Davi, evoca a misericórdia de Deus. Tal fato me faz lembrar um dos princípios bíblicos: A justiça de Deus é implacável (Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo-Poderoso a justiça? Jó 8:3); porém, cheia de misericórdia (Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias... 2 Coríntios 1.3).

A palavra hebraica 'Kapar', segundo nos mostra Wycliffe, encerra o sentido de cobrir o pecado da vista de Deus (Salmos 78.38; cf. Dt 21.8; Jr 18.23). E esta era a razão de existir dos sacrifícios oferecidos pela expiação da culpa (Levítico 14.13-14) e pela existência do Ministério Sacerdotal (Hebreus 5.1-3).

Mas Davi apela não para os rituais do ofício sacerdotal (como iremos ver amais adiante) e sim para a "multidão das misericórdias de Deus". Ele clama para que Deus APAGUE suas transgressões apontando para Aquele que viria espargir, um dia, seu próprio sangue em favor dos pecadores.

Versículo 2:"Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado".

Davi, nesse versículo, sente e expressa em seu clamor uma verdadeira necessidade de ver-se lavado completamente de sua iniquidade. A consciência, esse juízo que ora nos defende, ora nos condena está sempre no mesmo lugar de nossas almas para nos fazer sofrer com a repugnância de atos vergonhosos. Chegamos a enojar só em pensar nas consequências pessoal, social e espiritual dos atos que poderiam ser evitados pelo comando de nosso arbítrio. Ele conclui: "purifica-me!"

Davi evidenciou, através desse clamor, a possibilidade da alma purificada através de um sacrifício vicário, isto é, num futuro mais à frente de sua época, Jesus haveria de vir, o Verbo haveria de encarnar para então dar sua própria vida, derramar seu próprio sangue em nosso resgate. "e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:7).

Versículo 3:"Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim".

O perdão, só pode se processar em minha vida se eu me dispuser a buscá-lo, aniquilando toda a propensão de autojustificação. Davi foi no alvo da questão: "Conheço as minhas transgressões!".

Versículo 4: "Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares".

Um passo decisivo na vida de qualquer transgressor é reconhecer sua real condição: "pequei", "fiz o que é mal". E contra quem? "Contra ti", "à tua vista". Davi colocou a justiça de Deus acima das contradições humanas: "Para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares". Ou seja, no momento em que o Eterno Juíz, pronunciasse a sentença, Davi, na condição de réu já havia reconhecido a culpa e exatamente por isso, anuladas toda e qualquer possibilidade de defesa diante do pecado praticado ele apela para a misericórdia de Deus.

Versículo 5:"Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe".

Nesse versículo, Davi mostra a inerência do pecado na natureza humana, assim como Paulo a frisou em Carta aos crentes que estavam em Roma: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23).
De modo, que ninguém pode se justificar diante de Deus, senão através do Filho. Ele veio para nos salvar e justificar diante do Pai.

Versículo 6: "Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria".

Se a natureza essencial de Deus é constituída pela verdade, e na verdade de funda a verdadeira sabedoria, Ele se compraz em ensinar-nos a sabedoria para nos fazer entender e guardar a verdade no íntimo. A verdade deve se situar em nós traduzida pela pureza, santidade e justiça de Deus.

Versículo 7: "Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve".

No ritual sacerdotal, o Sumo Sacerdote, tendo imolado o cordeiro, embebe o sangue derramado numa espécie de esponja, de um arbusto chamado hissope, (Hb 9.19) e então asperge sobre o povo. Davi clama para o único que pode torná-lo puro, mais alvo que a neve, o Sumo Sacerdote de nossas almas, Jesus Cristo. "Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" (Isaías 1.18); "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hebreus 4.14-16).

Orientação Pedagógica. Quando estivermos diante da classe, eis aí o grande desafio educacional. Podemos simplesmente nos limitar a comentar superficialmente o tema da lição, levando o ensino para o lado emotivo; ou assumirmos a postura de um verdadeiro educador cristão, que sem rodeios, transmite habilmente o conteúdo não deixando para trás nenhum de seus múltiplos aspectos.

Por fim, lembremo-nos disso: a lição e o comentário são partes acessórias do livro principal que é a Bíblia. Logo, a lógica sugere que o texto bíblico em classe não seja relegado a um segundo plano, muito menos esquecido. Obrigado e boa aula.

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Lições Bíblicas/4º Trimestre de 2010/CPAD.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO NA VIDA DE JESUS
















A Bíblia Sagrada no Antigo Testamento mostra onde foi possível ir através da oração. Orar e ser respondido é a prova de que alguém tem, de fato, ligação com os céus. Elias, Josué, Daniel, Ana eram homens e mulheres de oração. Mas é no Novo Testamento que encontramos o exemplo mais fiel do grau de intimidade cultivado por meio da oração: Jesus.

Jesus viviam constantemente em contato com o Pai em oração. Noites e noites foram por Ele dedicas ao diálogo com Deus. Em Mateus 14.23, Jesus mostra que a solidão muitas vezes é necessária para nos encontrarmos com Deus em oração. "E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só". Porque existe assuntos em nossa vida que precisam ser tratados exclusivamente com Deus. São coisas que só Ele entende. Jesus, desde a sua mais tenra idade soube que não poderia contar com ninguém para dizer aquilo que afligia o mais profundo de sua alma. Mas a Deus, tudo podia ser dito. Ele nos conhece por dentro e por fora e é quem penetra no mais profundo do nosso ser.

Jesus foi quem disse que a oração não dependia de excessos de palavras gramaticalmente corretas. Preciosismos e latinismos não acrescentam nada a oração. Disso os hipócritas entendiam bem. A oração é uma conversa tão pessoal, singela e sincera que o procedimento é descrito pelo próprio Mestre a seus discípulos: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente" (Mateus 6.6).

Quando você for orar lembre-se disto. Deus quer lhe ouvir, sem rodeios, sem meias palavras... Com toda sinceridade do seu coração. Você irá se surpreender com as coisas em seu redor, com as pessoas, com as maravilhas advindas da parte de Deus por meio da oração.