ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

segunda-feira, 22 de março de 2010

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS LIÇÃO 13


Lição de 28 de março de 2010

TEXTO BÍBLICO: 2 Coríntios 12.19-21;13.5,8-11

Texto Áureo:
"Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos." (2 Co 13.5a)

Verdade Prática:
Uma das responsabilidades pastorais é disciplinar a igreja com amor, a fim de que esta desenvolva-se espiritualmente sadia.


INTRODUÇÃO
Palavras chaves: autoexame, disciplina na igreja


Enfim, chegamos à última lição, onde estivemos discorrendo sobre os princípios de liderança cristã presentes na vida e obra do apostolo dos gentios.

Um dos aspectos mais difíceis da liderança cristã, da administração pastoral é a disciplina. Mas uma vez, é oportuno citar o que um dos brilhantes expositores da biografia paulina falou: "Uma das responsabilidades desagradáveis do dirigente cristão é a de exercer uma disciplina piedosa. Se os padrões bíblicos e um sadio tom moral e espiritual devem se mantidos numa igreja ou em qualquer organização cristã, às será necessario uma disciplina amoravel e restauradora. É este especialmente o caso em se tratando de erros doutrinários ou falhas morais. Em suas cartas, Paulo exorta quanto ao exercício da disciplina e ele mesmo dá o exemplo." (SANDER, J. Oswald. in Paulo, o lider. Uma visão para a liderança cristã hodierna. Ed. Vida, SP: 1992).

I. PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)

1.1 Defender seu apostolado em Cristo (v.19)
O versículo 19 é enfatico, direto e objetivo quando vem arguir, censurando a postura dos corintios como se a razão fundamental que ligara Paulo àquela igreja tivesse sido outra que não a edificação espiritual da mesma. "Falamos em Cristo, perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação." Que eles não esperassem outra postura de Paulo diante de tudo que estava patente na igreja. Esse é o desafio da ação pastoral: ser amavel e de entranhavel afeto, mas na hora da disciplina, ser - piedosamente - inflexível. "Mas se estás sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos e não filhos..." (Hb 12.8); "Eu [Jesus] repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso e arrepende-te." (Apocalipse 3.19).

1.2 O temor de Paulo em relação à igreja de Corinto (v.20)
"Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereriaeis, e que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos..."(v.20). Essas falhas presentes na igreja de Corinto, objeto da preocupação de Paulo, eram sintomáticas e crônicas a ponto de, sem disciplina, comprometer todo o rebanho. São os sintomas do ego inflado de alguns que "se afastaram da simplicidade que há em Cristo" (2 Co 11.3). Paulo, como um lider comprometido com a palavra de Deus não poderia negligenciar o momento decisivo para usar de sua autoridade de forma incisiva.

1.3 A situação da igreja de Continto (v.20,21)
CONTINUA...

sábado, 20 de março de 2010

SUBSIDIO LIÇÃO 12: VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR

A MINHA GRAÇA TE BASTA

É impressionante como as experiências espirituais de Paulo se fazem acompanhar por sofrimentos nas mais diversas ordens.

"E para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar. A cerca do qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça de basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte." (2 Coríntios 12. 7-10).

Primeiro do que tudo, gostaria de acalmar os ânimos dos psicologos e psicanalistas de plantão, dizendo que Paulo não era nenhum magalomaníaco masoquista, ou seja, alguém com mania patológica de grandeza, que sente prazer no próprio sofrimento. Não é o caso. Dito isto, podemos tentar nos aprofundar no texto supra citado, embora reconheçamos que não seja tarefa fácil como bem reconhecia o Apostolo Pedro ao dizer: "Falando disto, como em todas as epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender..." (2 Pedro 3.16).

Notadamente Paulo foi estranhamente reticente quanto a que tipo de espinho se referia, se era algo em nível mental, ou se era na área fisica, o fato é que as revelações teria sido tão profundas que Deus sabia que isso poderia insuflar o ego do Apóstolo e poria em risco sua missão. Então fez com que o espinho na carne surtisse um efeito de ponto de equilíbrio para que ele não se exaltasse ou se deixasse ser objeto de exaltação. Somos gratos a Deus por usar Paulo para nos ensinar um importante princípio: "a graça de Deus nos basta".

VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR PARTE II

Análise da Leitura Bíblica: 2 Coríntios 12.1-12

Versiculo 1: "Em verdade que não convém gloriar-me; mas passareis às visões e revelações do Senhor" (v.1).
Paulo demonstra controle do ego em não ufanar-se, como quem busca créditos exclusivos para si. Ele entende do assunto: "tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus... (Fil. 2.5). E se há algum motivo para se gloriar seria nos sofrimentos de Cristo.
Existem duas descrições do grego, segundo o dicionário VINE (2006) para visão e revelação. A primeira é "horama" para visão, aquilo que é visto ou se permite ver. A jumenta de Balaão viu o anjo com a espada desembainhada, o que foi negado a este, ter a mesma visão, pelo menos nas primeiras intervenções do anjo do Senhor (Números 22.27[...]). Este episódio agrega o sentido de visão e o de "apocalupsis", para revelação. É o desvelo de um segredo, algo que estava "sunkaluptõ", encoberto, oculto, não acessível ao sentido da visão. Pode se ler em Daniel (2.22) que "Ele [Deus], revela o profundo e escondido, conhece o que está em trevas e com Ele mora a luz".

Versiculo 2: "Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até ao terceiro céu"
Paulo lança mão de um recurso da linguagem, a silepse, para exprimir uma idéia no sentido próprio e figurado a um só tempo. Se fosse um dos "pop star" do mundo gospel atual, que sente prazer em ocupar a posição de estrelato, teria dito de cara que os créditos eram seus, e somente seus!
Mas o apóstolo evita qualquer insinuação de que tenha recebido crédito especial com essas revelações, ficando evidente que o tal "homem" que fora arrebatado foi, na verdade, ele mesmo.
Normalmente, a compreensão que temos sobre o ser arrebatado até o terceiro céu é a mesma difundida pela tradição judaica (Stern, D. in Comentário Judaico do Novo Testamento, 2008), a saber: Por primeiro céu, a atmosfera na qual vivemos. Já nos imaginamos pequeninos pontos vistos de uma altura considerável ainda na atmosfera. O segundo céu é o que podemos perceber do Universo. Para a Cosmologia, Universo é o conjunto de todos os corpos que existem no espaço celeste, sendo que este espaço é infinito. Por fim, o terceiro céu, é descrito como a habitação de Deus. E, neste particular, temos os modos e os níveis de permissão de se acessar essa habitação, haja vista a declaração imperativa de que "ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu (João 3.13). Porém, acreditamos que a menor das revelações sobre o esplendor dessa habitação de Deus é de uma grandeza tão inexprimivel que Paulo não encontra palavras para descrevê-la para nós outros: "E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe); foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis (sinônimo daquilo que não se pode dizer), de que ao homem não é lícito falar" (versículo 3 e 4).

Versiculo 3:"Se no corpo, se fora dele..." Esta doutrina parece está bem clara na 1º carta, no capítulo 15.50, quando afirma que "carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus nem a corrupção herdar a incorrupção", pelo que se conclui que Paulo não poderia ter sido arrebatado em corpo ou como ele mesmo diz, no corpo. Parece que esta revelação teria se dado de forma extracorpórea, como num extase, num arrebatamento de espírito. João, o discípulo amado, exilado na Ilha de Patmos afirmou: "...achei-me em espírito no dia do Senhor..." (Apocalipse 1.10).

Versiculo 4: "Fui arrebatado ao Paraíso..."
Lugar de descanso e comunhão com Deus, para onde vão os justos quando dormem no Senhor, ao contrário da sorte dos ímpios. A teologia desse lugar encontra explicação nas Escrituras tendo como fato central a morte e ressurreição de Jesus. Ele é a chave do mistério da ressurreição que Paulo ensinou em 1 Coríntios 15 e em 1 Tessalonicenses 4.14-18. É ponto basilar que os justos do Antigo e Novo Testamento aguardam o "toque do Shofar" para saírem dentre os mortos. É a ressureição dos justos, a "encontrarem com o Senhor nos ares". Outros textos que reforçam essa doutrina encontra-se em Lucas 16.19-31; 23.43 et al.

De uma coisa podemos ter certeza: se Paulo esteve em espírito no Paraíso e ouviu palavras inefáveis do proprio Deus, qual não será a grandeza da revelação que Deus está para fazer ao santos que o aguardam na segunda vinda de Jesus! Sim! Palavras de um velho que serviu durante toda a sua vida ao Senhor. Ele esteve pessoalmente com Jesus e agora estava na cidade de Éfeso, já cansado de seus dias. Ele disse: "Amados, somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar (gr: parousia), seremos semelhantes a ele, porque assim como Ele é O veremos" (1 João 3:2).

Recomendo aos diletos professores e professoras da EBD, que não esqueçam de explanar o conteúdo completo da lição, observando os objetivos propostos, os tópicos e subtópicos, mas, sobretudo a Leitura Bíblica em Classe. Essa parte da Lição Bíblica é essencial para que aprendamos a palavra de Deus de forma genuina e edificante.

BOA AULA!

segunda-feira, 15 de março de 2010

LIÇÃO 12 VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR


Esboço da Lição:
Texto áureo: "Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor" (2 Co 12.1)

Verdade Prática: As experiências espirituais são importantes, mas não devem ser o principal requisito para o reconhecimento ministerial de um obreiro.

Leitura Bíblica em Classe: 2 Co 12.1-4, 7-10, 12.

INTRODUÇÃO

I. A GLÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA (vv 11-33)
1.1 A glória maior de Paulo não está em sua biografia, e sim no sofrimento padecido por causa do Evangelho.
1.2 Paulo se opõe à arrogância dos judeus-cristãos.
1.3 Paulo responde contrastando os falsos mestres.

II. A GLÓRIA DAS REVELAÇÕES E VISÕES ESPIRITUAIS (12.1-4)
2.1 Visões e revelações do Senhor (12.1)
2.2 O "Paraíso" na teologia paulina (12.2-4)
2.3 A atualidade das experiências espirituais.

III. A GLÓRIA DOS SOFRIMENTOS POR CAUSA DE CRISTO (12.7-10).
3.1 O espinho na carne (12.7,8)
3.2 Paulo reafirma que se gloria na fraqueza (12.10)
3.3 A explicação do paradoxo do gloriar-se nas fraquezas (12.9,10)

CONCLUSÃO

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

Começarei com uma afirmativa preocupante: não poucos os ministérios (em alguns casos nem ministérios são, mas sim, movimentos) que fundamentam sua existência e a de seus seguidores em visões e revelações, colocando tais experiências espirituais acima da autoridade da Palavra deDeus. E ai temos incontáveis pastores precoces, inexperientes, imaturos, neófitos, que arrebanham muitas pessoas após si com essa mesma filosofia, essa mesma forma de encarar as coisas espirituais, abrindo as portas para as várias disporções teológicas.

Na igreja de Corinto haviam pessoas que supervalorizavam essas experiências. E isto até lhes servia como uma espécie de auferir créditos espirituais a uns em detrimento de outros.

Experiências espirituais são sempre enriquecedoras. Elas assumem um caráter pessoal singular, intransferível, desde que não estejam acima dos limites doutrinários. Nesta lição, fica claro que nem a igreja nem crente algum pode depender de experiências, como visões, revelações e outras manifestações para conhecer a vontade de Deus, essencialmente contida em Sua palavra. A palavra de Deus tem a primazia. Um exemplo disso temos nos Atos dos Apóstolos, capítulo 10, quando, não obstante ter visto e ouvido um anjo do Senhor, Cornélio - o Centurião, em obediência ao que lhe fora dito por meio do anjo, enviou mensageiros à Jope, e tranzendo Pedro até a sua casa onde estava reunido a familia e alguns amigos íntimos disse: "Estamos todos aqui e queremos ouvir o que tens a dizer". Pedro, começa lhes falando o que sobre Jesus diziam as Escrituras. Num dado momento, enquanto ele falava da palavra de Deus "caiu o Espírito Santo sobre todos eles e começaram a falar em outras línguas e foram cheios do Espírito Santo".


4º CONGRESSO ADJP CLICK NA IMAGEM

sábado, 13 de março de 2010

LIÇÃO 11 CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO

Uma das belíssimas exposições sobre a vida e ministério de Paulo encontra-se no livro de Oswald Sanders in Paulo, O Lider. Sanders afirmou que "a liderança de Paulo não era perfeita, mas nos proporciona um exemplo tremendamente estimulante e inspirador do que significa continuar avançando para a maturidade." (pag.40; 1992)
O conceito que Paulo tinha do líder na obra cristã reflete-se nas palavras que emprega nessa conexão. Paulo era despenseiro (1 Coríntios 4:2), o que significa mordomo ou gerente dos recursos da família. Paulo era administrador, isto é, governante (1 Coríntios 12:28), palavra que descreve o timoneiro do navio e, dessa maneira, aquele que dirige a tarefa. Ele é bispo, isto é, supervisor (Atos 20.28), palavra para guardador ou protetor. Paulo é presbítero (Atos 20:17), o que implica maturidade da experiência cristã. Ele é presidente (Romanos 12.8), palavra que significa alguém que se coloca diante das pessoas e as conduz. É claro, nem todos os líderes preenchem todos esses papéis, mas o uso que Paulo faz dessas palavras dá algum indício da complexidade da tarefa e do quanto é preciso haver flexibilidade e adaptabilidade no exercê-la.
A versatilidade que caracterizava sua própria liderança acha-se demonstrada na variedade de táticas que ele empregava na lida com os problemas de diferentes pessoas e igrejas.
Acho que esse é ponto crucial da lição deste domingo. A versatilidade, a resiliência, necessárias ao bom desempenho da atividade liderante, isto, misturado com humildade e inteira dependencia de Deus, traduz o perfil de um lider autentico.

segunda-feira, 1 de março de 2010